Com 17 anos apenas, numa altura em que já trabalhava nas oficinas da empresa, Manuel Vasques subiria à equipa principal de futebol da CUF. Mesmo afastado das disputas primodivisionárias, o jovem praticante, pelo virtuosismo com a bola nos pés, começaria a despertar a cobiça de outros emblemas. Após a estreia com as cores do conjunto barreirense na temporada de 1943/44, bastariam outras duas campanhas para que o cerco tomasse contornos de efectividade. Da margem norte do Rio Tejo surgiriam ecos do interesse do Atlético e também do Benfica. Chegaria a treinar com as “Águias” e a receber da agremiação “encarnada” uma proposta de contrato. No entanto, a conselho de Soeiro, antiga estrela leonina e o seu tio, o avançado rejeitaria a oferta e pouco tempo depois seria apresentado como atleta do Sporting Clube de Portugal.
Entraria no emblema lisboeta em paralelo com Travassos. Os dois novos elementos passariam a fazer companhia a Peyroteo, Jesus Correia e Albano, com quem viriam a compor a linha atacante que ficaria conhecida como os “Cinco Violinos”. Mesmo sem grande experiência competitiva, o avançado natural do Barreiro rapidamente conseguiria convencer o treinador Robert Kelly a dar-lhe um lugar no “onze”. Integrado no plantel edificado para a campanha de 1946/47, a sua entrada serviria para alimentar a hegemonia dos “Leões” no panorama futebolístico português. A provar o poderio do Sporting, os títulos chegariam em catadupa e o palmarés pessoal de Vasques depressa começaria a encher-se de glórias. Nesse sentido, o atacante seria peça fulcral na estratégia leonina e que encaminharia os de “verde e brancos” à conquista de 8 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal, 1 Campeonato de Lisboa e 1 Taça de Honra da AFL.
Surpreendentemente, nem só de louvores viveria a sua carreira. Muitas vezes acusado de inconstância exibicional, apontado por ficar aleado do jogo por largos períodos de tempo e de evitar grandes choques físicos, ainda assim, os números alcançados em 13 temporadas como atleta do Sporting, serviriam para vincá-lo como um dos maiores nomes do desporto português. Nesse somatório de algarismos, destacar-se-ia a sua habilidade finalizadora. Ao posicionar-se preferencialmente como interior-direito e, por essa razão, maior parte das vezes longe das zonas de conclusão, Vasques, que podia jogar em todas as posições da linha ofensiva, conseguiria colorir a caminhada de “Leão” ao peito com 226 remates certeiros, em 349 partidas oficiais*. Desse brilhante rol, que faz do avançado o 3º maior goleador da história sportinguista, há que destacar os 28 golos marcados durante o Campeonato Nacional de 1950/51 e que levariam o atacante a vencer a corrida para Melhor Marcador da prova.
Também por Portugal, Vasques desenharia o seu caminho. Com a partida inicial pela selecção a surgir no dia 21 de Março de 1948, o “particular” frente à Espanha serviria de arranque para um honroso trajecto feito com as cores lusas. Escolhido por Virgílio Paula para o “onze” a entrar em Chamartín, a peleja disputada em Madrid, numa altura em que os desafios entre equipas nacionais não eram assim tão frequentes, transformar-se-ia no primeiro de 26 jogos feitos pelo seu país. Curiosamente, do trajecto internacional do avançado emergiria outra peculiaridade. Incontornavelmente marcado pelo rumo cumprido enquanto parte integrante dos já referidos “Cinco Violinos”, a verdade é que apenas em 2 ocasiões a famosa linha atacante do Sporting surgiria em simultâneo a envergar a “camisola das quinas”.
Por falar em singularidades, existem mais umas quantas associadas à senda desportiva de Vasques. Uma delas, numa altura em que o avançado atravessava uma situação financeira algo apertada, prender-se-ia com mais uma tentativa do Benfica em desviar o atleta. Porém, como resposta ao “namoro” das “Águias”, o Presidente Ribeiro Ferreira duplicaria o ordenado ao jogador e ajudá-lo-ia a custear o arranque de um negócio de electrodomésticos, aberto em parceria com Travassos.
Antes de terminar a carreira, após deixar o Sporting no final da temporada de 1958/59, Vasques ainda vestiria a camisola do Atlético. Já mais tarde, voltaria a ligar-se ao emblema leonino, não na área desportiva, mas como responsável pelo quiosque do Estádio de Alvalade.
*números obtidos em https://www.sporting.pt, no artigo publicado a 29/07/2016
Entraria no emblema lisboeta em paralelo com Travassos. Os dois novos elementos passariam a fazer companhia a Peyroteo, Jesus Correia e Albano, com quem viriam a compor a linha atacante que ficaria conhecida como os “Cinco Violinos”. Mesmo sem grande experiência competitiva, o avançado natural do Barreiro rapidamente conseguiria convencer o treinador Robert Kelly a dar-lhe um lugar no “onze”. Integrado no plantel edificado para a campanha de 1946/47, a sua entrada serviria para alimentar a hegemonia dos “Leões” no panorama futebolístico português. A provar o poderio do Sporting, os títulos chegariam em catadupa e o palmarés pessoal de Vasques depressa começaria a encher-se de glórias. Nesse sentido, o atacante seria peça fulcral na estratégia leonina e que encaminharia os de “verde e brancos” à conquista de 8 Campeonatos Nacionais, 2 Taças de Portugal, 1 Campeonato de Lisboa e 1 Taça de Honra da AFL.
Surpreendentemente, nem só de louvores viveria a sua carreira. Muitas vezes acusado de inconstância exibicional, apontado por ficar aleado do jogo por largos períodos de tempo e de evitar grandes choques físicos, ainda assim, os números alcançados em 13 temporadas como atleta do Sporting, serviriam para vincá-lo como um dos maiores nomes do desporto português. Nesse somatório de algarismos, destacar-se-ia a sua habilidade finalizadora. Ao posicionar-se preferencialmente como interior-direito e, por essa razão, maior parte das vezes longe das zonas de conclusão, Vasques, que podia jogar em todas as posições da linha ofensiva, conseguiria colorir a caminhada de “Leão” ao peito com 226 remates certeiros, em 349 partidas oficiais*. Desse brilhante rol, que faz do avançado o 3º maior goleador da história sportinguista, há que destacar os 28 golos marcados durante o Campeonato Nacional de 1950/51 e que levariam o atacante a vencer a corrida para Melhor Marcador da prova.
Também por Portugal, Vasques desenharia o seu caminho. Com a partida inicial pela selecção a surgir no dia 21 de Março de 1948, o “particular” frente à Espanha serviria de arranque para um honroso trajecto feito com as cores lusas. Escolhido por Virgílio Paula para o “onze” a entrar em Chamartín, a peleja disputada em Madrid, numa altura em que os desafios entre equipas nacionais não eram assim tão frequentes, transformar-se-ia no primeiro de 26 jogos feitos pelo seu país. Curiosamente, do trajecto internacional do avançado emergiria outra peculiaridade. Incontornavelmente marcado pelo rumo cumprido enquanto parte integrante dos já referidos “Cinco Violinos”, a verdade é que apenas em 2 ocasiões a famosa linha atacante do Sporting surgiria em simultâneo a envergar a “camisola das quinas”.
Por falar em singularidades, existem mais umas quantas associadas à senda desportiva de Vasques. Uma delas, numa altura em que o avançado atravessava uma situação financeira algo apertada, prender-se-ia com mais uma tentativa do Benfica em desviar o atleta. Porém, como resposta ao “namoro” das “Águias”, o Presidente Ribeiro Ferreira duplicaria o ordenado ao jogador e ajudá-lo-ia a custear o arranque de um negócio de electrodomésticos, aberto em parceria com Travassos.
Antes de terminar a carreira, após deixar o Sporting no final da temporada de 1958/59, Vasques ainda vestiria a camisola do Atlético. Já mais tarde, voltaria a ligar-se ao emblema leonino, não na área desportiva, mas como responsável pelo quiosque do Estádio de Alvalade.
*números obtidos em https://www.sporting.pt, no artigo publicado a 29/07/2016
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