225 - MIELCARSKI

Também Mielcarski, para além da passagem por um clube em Portugal, tem em comum com os dois jogadores a precedê-lo neste "blog", Juskowiak e Adamczuk, a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1992. Tal como eles, o evento disputado em Barcelona, talvez de forma não tão efectiva quanto para o referido colega de ataque, serviu para o avançado conseguir alguma projecção no estrangeiro e, de certo modo, alavancar a sua carreira. Nesse sentido, a primeira oportunidade fora da Polónia e do Olimpia Poznan surgiu através dos suíços do Servette. No entanto, a aposta saiu-lhe gorada e, alguns meses após a partida, o regresso ao país natal emergiu como algo inevitável.
Mielcarski, apesar do desaire helvético, recusou-se a encarar tal episódio como uma contrariedade irreversível. A experiência helvética acabou mesmo por dar novo fôlego à sua carreira. Já depois de chegar ao Widzew Lodz, as portas do estrangeiro voltaram a abrir-se. Com o FC Porto à procura de alguém para, em conjunto com Domingos e Rui Barros, dar mais força ao ataque “azul e branco”, o ponta-de-lança, com o poder físico e habilidade concretizadora, afigurou-se como o homem certo para reforçar o plantel de 1995/96.
Não fosse uma terrível lesão no joelho, e consequentes recaídas, e o avançado, com certeza, não acabaria aferido como uma escolha medíocre. Todavia, a verdade é que o problema físico, quase desde a sua entrada nas Antas, manteve o jogador, por demasiadas vezes, afastado das opções dos diferentes corpos técnicos. Infelizmente para o atleta, o saldo das 4 épocas passadas com os “Dragões” jamais foi visto como animador. Com os golos a contarem-se pelos dedos e o parco número de partidas disputadas durante o referido, nada acabou por favorecer o atacante.
Mesmo depois da saída do FC Porto, sem ainda ter chegado aos 30 anos de idade, Mielcarski, de forma legítima, recusou-se a dar por terminada a sua vida nos relvados. Tentou o Salamanca, o Pogon Szczecin e o AEK de Atenas. Contudo, nem sempre a vontade conseguiu fazê-lo triunfar. Já no Amica Wronki, colectividade da Polónia, por razão das mazelas que carregava e que não o deixavam mostrar tudo o que acreditava valer, acabou por “pendurar as chuteiras”.

2 comentários:

João Brandão disse...

Lembro-me tb de um jogo que perdemos com o Tirsense, com um penalty claro sobre ele k não foi assinalado, k roubo.

(Através do Facebook, a 17 de Março de 2012)

Czarli DSousa disse...

Um dos maiores azarados que por la passaram! Curtia bue dele

(Através do Facebook, a 17 de Março de 2012)