375 - TAUMENT

Tendo terminado a formação no Feyenoord, haveria de ser no clube de Roterdão que o extremo começaria a carreira como profissional. Ao prometer ser uma das futuras estrelas do futebol neerlandês, Gaston Taument, pouco tempo após a promoção aos seniores, seria também chamado por Rinus Michels para representar a principal selecção da Holanda. Nessa estreia, frente a Portugal, num amigável disputado em Faro, a 12 de Fevereiro de 1992, o jogador iniciaria a um percurso que, para além de 15 internacionalizações, daria ao atleta a presença no Mundial de 1994 e no Euro 96.
Por altura do jogo particular referido no parágrafo anterior, Taument não sabia, ou sequer desconfiaria, que o país contra o qual cumpria a primeira internacionalização iria marcar um ponto de viragem, deveras importante, na sua vida como futebolista. Muito antes, surgiriam ainda uma série de épocas, talhadas de sucessos, no emblema que o havia formado. Durante essas 8 temporadas de ligação contratual – adicione-se a de 1990/91, em que, por empréstimo, esteve cedido ao Excelcior – o atacante conseguiria construir uma carreira desportiva sólida, ao ponto de ser considerado, não uma estrela de calibre mundial, mas um praticante com um nome bem reconhecido pelos amantes da modalidade.
Na sua evolução, seria uma época após a participação no Europeu organizado em Inglaterra, numa altura em que, pelo Feyenoord, já tinha conquistado 1 Campeonato, 4 Taças da Holanda e 1 Supertaça, que a ligação de Taument com Portugal começaria. Com a temporada de 1997/98 a dar os primeiros passos para os lados da Luz, Manuel José, a preparar uma campanha para fazer esquecer os desaires acumulados ao longo dos anos anteriores, passaria a contar como uma série de reforços, como o extremo dos Países Baixos, o brasileiro Paulo Nunes ou o defesa-central Carlos Gamarra. No entanto, apesar de uma equipa bem apetrechada, o sonho das “Águias”, como vinha sendo apanágio para aqueles lado da 2ª circular, cedo começaria a desmoronar-se e, num um ano de mais insucesso, o técnico português acabaria despedido e uma série de jogadores, incluindo os acima referidos, seriam surpreendentemente transferidos.
Taument sairia do Benfica, sem nunca conseguir mostrar a razão da sua fama. Acusado por alguns de revelar pouca disponibilidade e bem longe dos números conseguidos na Holanda, a janela de transferências no Inverno de 1998 serviria para que o jogador fizesse a mudança de Portugal para a Bélgica. Porém, a ida para o Anderlecht não serviria para relançar a sua carreira, mas apenas para continuar a alimentar a imagem de um atleta a viver uma fase menos boa.
Depois do clube de Bruxelas, seguir-se-iam passagens pela Grécia e pela Áustria, onde representaria, respectivamente, o OFI Creta e o Rapid Viena. Com o fim da sua carreira como futebolista a acontecer em 2002, no país dos Alpes, Taument, praticamente de seguida, passaria a abraçar as funções de treinador e regressaria, para desempenhar tais tarefas, ao Feyenoord.

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