Por certo, os responsáveis do Belenenses, ao vê-lo jogar pelo Rio Ave, depressa deverão ter mostrado algum arrependimento por, uns tempos antes, terem-no aferido como inapto para vestir a camisola da "Cruz de Cristo".
É verdade, depois de ter treinado no Restelo e de ter sido recusado pelo emblema lisboeta, Isaías finalmente conseguiria um clube em Portugal. A proposta de contrato chegaria de Vila do Conde, onde rapidamente mostraria dotes de craque. Com uma enorme resistência, força, capacidade lutadora e um fortíssimo remate, bastaria um ano após a sua chegada do Brasil para que outros emblemas começassem a acenar-lhe com propostas bem mais tentadoras. Seguir-se-ia, em 1988/89, o Boavista. No Bessa habituar-se-ia a jogar ao mais alto nível, a não ficar impressionado com os maiores palcos do futebol europeu e a lutar pelos lugares cimeiros das provas lusas. Nesse contexto competitivo, Sven-Göran Eriksson aferiria em si um praticante competente e seria por conselho do técnico sueco que o Benfica haveria de prosseguir para a contratação do atacante.
Na temporada de 1990/91, muito para além do primeiro título conquistado em Portugal, ou seja, o Campeonato Nacional, Isaías encetaria uma relação com os adeptos “Encarnados” alimentada por uma mútua admiração. Para tal, muito contribuiria a maneira corajosa como encarava os desafios ou como, sem qualquer temor, tomava para si a responsabilidade de atentar contra as balizas adversárias. Muitos desses remates acabariam no “terceiro anel”. No entanto, seria nesse sector do Estádio da Luz que a sua atitude arrojada viria a ser mais apreciada. É certo também que muitas dessas tentativas dariam golos tremendos, golos de levantar multidões e de calar as plateias adversárias. Seria exactamente isso que aconteceria em Highbury Park, a 6 de Novembro de 1991, na partida entre o Arsenal e o Benfica, a contar para a ronda de acesso à fase de grupos da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Depois de na 1ª mão, realizada em Lisboa, os "Gunners" terem conseguido um empate a uma bola, o jogo de Londres parecia bem mais favorável aos da casa. Contudo, Isaías não estava de acordo com as previsões da maioria dos apostadores e ao rubricar uma exibição memorável, onde marcaria dois portentosos tentos, acabaria com as pretensões do Arsenal em chegar à etapa seguinte da competição. De Inglaterra, após o prolongamento, o Benfica sairia com uma vitória por 1-3, com a massa adepta a ganhar um novo herói. Porém, não só no Reino Unido o avançado soube mostrar-se ao mais alto nível. Também em Alvalade, no inolvidável 3-6 de 1993/94, o atacante marcaria dois golos que ajudariam à vitória das “Águias” e que, principalmente, empurrariam os “Encarnados” para a conquista de mais um Campeonato Nacional. Nesse desafio frente ao Sporting, o jogador decidiria celebrar aos saltinhos e com as mãos a imitar uns chifres. O que quis dizer com tal momice, provavelmente poucos saberão. Já para os adeptos, o gesto festivo significaria apenas uma coisa: que o “Verão Quente”, onde seria especulada a sua mudança para o plantel leonino, estava para sempre esquecido.
Seria com enorme estranheza que o público receberia a notícia da sua dispensa por parte do treinador Artur Jorge. Curiosamente, na mesma temporada em que tinha sido o melhor marcador da equipa, Isaías, finda a temporada de 1994/95, veria o seu nome na lista de atletas excedentários. Com a "limpeza" perpetrada pelo técnico português, o avançado abandonaria o futebol luso para, durante duas épocas, experimentar a Liga Inglesa. O sucesso conseguido ao serviço do Coventry, com uma utilização pouco regular, acabaria por ser relativo. Tendo em conta essa aferição, o jogador decidiria regressar a Portugal. Com as cores do Campomaiorense a partir da campanha de 1997/98, o atleta viveria o melhor momento na edição de 1998/99 da Taça de Portugal e com a chegada à final da “Prova Rainha”, ajudaria a escrever a página mais notável na existência da agremiação alentejana.
Após voltar vestir as cores do Cabofriense, o seu primeiro clube no Brasil, de envergar a camisola do Friburguense e de dar por terminada a sua carreira no "futebol dos relvados", Isaías retornaria a Portugal. Dessa feita, o contexto acabaria por ser um pouco diferente daquele em que estávamos habituados a vê-lo. É que, por razão da sua naturalização, o jogador passaria a representar a "selecção das quinas", mas na variante de praia.
É verdade, depois de ter treinado no Restelo e de ter sido recusado pelo emblema lisboeta, Isaías finalmente conseguiria um clube em Portugal. A proposta de contrato chegaria de Vila do Conde, onde rapidamente mostraria dotes de craque. Com uma enorme resistência, força, capacidade lutadora e um fortíssimo remate, bastaria um ano após a sua chegada do Brasil para que outros emblemas começassem a acenar-lhe com propostas bem mais tentadoras. Seguir-se-ia, em 1988/89, o Boavista. No Bessa habituar-se-ia a jogar ao mais alto nível, a não ficar impressionado com os maiores palcos do futebol europeu e a lutar pelos lugares cimeiros das provas lusas. Nesse contexto competitivo, Sven-Göran Eriksson aferiria em si um praticante competente e seria por conselho do técnico sueco que o Benfica haveria de prosseguir para a contratação do atacante.
Na temporada de 1990/91, muito para além do primeiro título conquistado em Portugal, ou seja, o Campeonato Nacional, Isaías encetaria uma relação com os adeptos “Encarnados” alimentada por uma mútua admiração. Para tal, muito contribuiria a maneira corajosa como encarava os desafios ou como, sem qualquer temor, tomava para si a responsabilidade de atentar contra as balizas adversárias. Muitos desses remates acabariam no “terceiro anel”. No entanto, seria nesse sector do Estádio da Luz que a sua atitude arrojada viria a ser mais apreciada. É certo também que muitas dessas tentativas dariam golos tremendos, golos de levantar multidões e de calar as plateias adversárias. Seria exactamente isso que aconteceria em Highbury Park, a 6 de Novembro de 1991, na partida entre o Arsenal e o Benfica, a contar para a ronda de acesso à fase de grupos da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Depois de na 1ª mão, realizada em Lisboa, os "Gunners" terem conseguido um empate a uma bola, o jogo de Londres parecia bem mais favorável aos da casa. Contudo, Isaías não estava de acordo com as previsões da maioria dos apostadores e ao rubricar uma exibição memorável, onde marcaria dois portentosos tentos, acabaria com as pretensões do Arsenal em chegar à etapa seguinte da competição. De Inglaterra, após o prolongamento, o Benfica sairia com uma vitória por 1-3, com a massa adepta a ganhar um novo herói. Porém, não só no Reino Unido o avançado soube mostrar-se ao mais alto nível. Também em Alvalade, no inolvidável 3-6 de 1993/94, o atacante marcaria dois golos que ajudariam à vitória das “Águias” e que, principalmente, empurrariam os “Encarnados” para a conquista de mais um Campeonato Nacional. Nesse desafio frente ao Sporting, o jogador decidiria celebrar aos saltinhos e com as mãos a imitar uns chifres. O que quis dizer com tal momice, provavelmente poucos saberão. Já para os adeptos, o gesto festivo significaria apenas uma coisa: que o “Verão Quente”, onde seria especulada a sua mudança para o plantel leonino, estava para sempre esquecido.
Seria com enorme estranheza que o público receberia a notícia da sua dispensa por parte do treinador Artur Jorge. Curiosamente, na mesma temporada em que tinha sido o melhor marcador da equipa, Isaías, finda a temporada de 1994/95, veria o seu nome na lista de atletas excedentários. Com a "limpeza" perpetrada pelo técnico português, o avançado abandonaria o futebol luso para, durante duas épocas, experimentar a Liga Inglesa. O sucesso conseguido ao serviço do Coventry, com uma utilização pouco regular, acabaria por ser relativo. Tendo em conta essa aferição, o jogador decidiria regressar a Portugal. Com as cores do Campomaiorense a partir da campanha de 1997/98, o atleta viveria o melhor momento na edição de 1998/99 da Taça de Portugal e com a chegada à final da “Prova Rainha”, ajudaria a escrever a página mais notável na existência da agremiação alentejana.
Após voltar vestir as cores do Cabofriense, o seu primeiro clube no Brasil, de envergar a camisola do Friburguense e de dar por terminada a sua carreira no "futebol dos relvados", Isaías retornaria a Portugal. Dessa feita, o contexto acabaria por ser um pouco diferente daquele em que estávamos habituados a vê-lo. É que, por razão da sua naturalização, o jogador passaria a representar a "selecção das quinas", mas na variante de praia.
Sem comentários:
Enviar um comentário