392 - KIROVSKI

É fácil lembramo-nos de um punhado de jogadores que, apesar da sua inquestionável qualidade, nunca lograram de grande sorte no caminho que traçaram. Já outros, apesar de mais discretos a "jogar à bola", tiveram a habilidade de conseguir estar no “local certo, à hora certa”. Um desses casos foi Jovan Kirovski.
Desde muito novo considerado como um dos intérpretes mais promissores a nível planetário, ainda em idade adolescente, o avançado ver-se-ia a caminho de Inglaterra, como uma das apostas do Manchester United. Ao acabar a formação sob o olhar atento de Sir Alex Ferguson, a sua passagem para a equipa principal, de forma concreta, nunca viria a acontecer, com o jogador a entrar somente no plantel de 1995/96 das “reservas”. Ainda assim, o jovem atacante conseguiria tornar-se numa das figuras habituais nas convocatórias da principal selecção norte-americana. Nessa senda, depois da estreia em 1994, Kirovski, em 1996, acabaria chamado aos Jogos Olímpicos de Atlanta.
Apesar da estadia em Inglaterra ter ficado bem aquém do esperado, o Borussia Dortmund, uma das equipas mais fortes no panorama futebolístico em meados da década de 1990, decidiria apostar no seu potencial. Com a chegada à Alemanha a acontecer na temporada de 1996/97, Kirovski, mais uma vez, revelaria sérias dificuldades para sair da sombra de outros craques como Karl-Heinz Riedle, Stéphane Chapuisat, ou Heiko Herrlich. No entanto, como já referido, o avançado acabaria por estar no sítio correcto e no momento exacto para, logo na campanha de estreia pelo emblema germânico, vencer a Liga dos Campeões.
Depois da inglória passagem pela Alemanha, onde ainda vestiria as cores do Fortuna Köln, Kirovski veria o Sporting, consagrado como campeão nacional, a olhar para si como um bom reforço para o sector mais ofensivo do plantel. Novamente sem grande relevância desportiva, o atleta americano acabaria, de novo, a ver abençoada a sua escolha e naquela que viria a tornar-se na única temporada cumprida em Alvalade, o ponta-de-lança, mesmo ao jogar pouquíssimas partidas, veria o seu nome no rol de atletas vencedores da Supertaça Cândido de Oliveira de 2000/01.
Os anos seguintes pouco trariam de relevante à sua vida profissional. Depois de regressar a Inglaterra, onde envergaria as cores do Cristal Palace e do Birmingham, Kirovski voltaria ao país natal. Curiosamente, seria a partir do regresso aos Estados Unidos da América que o avançado, finalmente, conseguiria mostrar as suas tão propagandeadas capacidades. Nessa segunda metade da carreira, representaria os Colorado Rapids, os San José Earthquakes e os L.A. Galaxy, para, depois de “pendurar as chuteiras”, entrar para os corpos técnicos do último emblema referido.

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