391 - PETER HINDS

Seria em 1966, ano do seu 4º aniversário, que os Barbados sairiam debaixo da soberania britânica. No entanto, o crescente fluxo migratório em direcção à antiga metrópole, habitual nos tempos a seguir à independência da pequena nação situada na zona mais oriental das Caraíbas, fariam com que a sua família deixasse o país natal para procurar nova vida em Inglaterra.
Já no que diz respeito à sua carreira futebolística sénior, os primeiros registos de Peter Hinds apareceriam depois de deixar a Armada Britânica. Nesse sentido, arrumada a farda militar, o avançado começaria por disputar os escalões amadores do país de acolhimento. Após representar colectividades como o Enfield ou os Bishop Auckland, ao atleta seria dada a oportunidade de uma aventura no estrangeiro. Ao aceitar o repto, o atacante viajaria para a Ásia. No Japão, a sua caminhada competitiva sofreria profundas mudanças e ao rubricar o primeiro contrato profissional do seu trajecto desportivo, começaria a representar os Fujita Kogyo e a disputar o escalão maior do futebol nipónico.
No “País do Sol Nascente”, Peter Hinds rapidamente passaria de um perfeito desconhecido para uma das maiores estrelas do emblema japonês. Esse crescimento levaria o Dundee United a ver em si um bom reforço para a temporada de 1989/90. No entanto, de regresso às Ilhas Britânicas, o avançado demonstraria algumas dificuldades em adaptar-se ao novo contexto competitivo e a ligação aos “The Terrors”, resultado das poucas oportunidades conseguidas na Scottish Premiership, findaria com o termo da referida campanha.
Terá sido com o intuito de contrariar o desaire vivido na Escócia que o ponta-de-lança aceitaria um novo desafio vindo do estrangeiro. Em Portugal a partir da campanha de 1990/91, Peter Hinds teria uma belíssima primeira temporada ao serviço do Marítimo, durante a qual haveria de tornar-se no principal artilheiro dos “Verde-Rubro”. Todavia, apesar do poderio físico e da capacidade finalizadora reveladas inicialmente, a verdade é que as épocas seguintes, a de 1991/92 ainda nos “Leões do Almirante Reis e a de 1992/93 já ao serviço do Gil Vicente, mostrariam um praticante mais apagado e perdulário, ou seja, bem distante das expectativas criadas em seu redor.
Já na segunda metade do seu trajecto como futebolista, depois de, em Portugal, ter ainda envergado as camisolas do Varzim, do Ribeirão e do Maria da Fonte, Peter Hinds abraçaria a Liga da Irlanda do Norte. Com o Ards FC, o PSNI, o Brantwood e Knockbreda a colorirem essa fase da sua carreira, o avançado, “penduradas as chuteiras”, não abandonaria a modalidade e, igualmente em contexto amador, escreveria os primeiros capítulos nas funções de treinador.

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