A boa temporada pela equipa “B”, a juntar à falta de soluções credíveis dentro do plantel "encarnado" – a saber, Rojas e Escalona – levaria José Mourinho a convocá-lo para junto da equipa principal. Tal como o referido treinador, hoje um dos mais conceituados técnicos mundiais, Diogo Luís, à altura, procurava também demonstrar o seu valor futebolístico. A oportunidade e o voto de confiança dado pelo técnico do Benfica permitiriam que o lateral-esquerdo, nessa época de 2000/01, conseguisse tomar conta da posição canhota da defesa. Nessa campanha, o jogador de 20 anos, entre o Campeonato Nacional e a Taça de Portugal, acabaria a participar em 25 partidas e veria o seu nome a ser exaltado pelo Presidente João Vale e Azevedo como um dos activos futuros mais valiosos do clube.
Infelizmente para o atleta, ao mesmo tempo que muitos aguardavam pela sua evolução, o defesa, logo na campanha a seguir à sua estreia na equipa principal das “Águias”, começaria a eclipsar-se. Apesar da estranheza dessa perda de fulgor, alguns factores viriam a contribuir para o seu afastamento do “onze”. Por um lado, a lesão sofrida por essa altura em nada contribuiria para a afirmação do lateral-esquerdo. Por outro, a sua juventude faria com que, mais facilmente, a ele fossem apontados os erros a imputar ao colectivo. Já no que diz respeito aos colegas a disputar o mesmo lugar, Cabral e Pesaresi, os seus nomes pouco serviriam como justificação para o desaire competitivo a afectar, na primeira metade da época de 2001/02, as aferições feitas aos desempenhos de Diogo Luís.
Sem espaço no Benfica, a meio da sua segunda temporada na categoria principal da "Luz", o atleta acabaria emprestado ao Alverca. A ida para o emblema ribatejano, teria como principal propósito tentar convencer o treinador Jesualdo Ferreira, entretanto à frente das “Águias”, que o lugar de Diogo Luís era de volta ao emblema onde tinha terminado a formação. Tal nunca viria a acontecer e aquele que havia sido visto como uma das maiores promessas do Benfica acabaria, em 2002/03, por assinar contrato com o Beira-Mar.
A partir desse momento a carreira de Diogo Luís tomaria um rumo discreto que, após a modesta passagem por Aveiro, levaria o defesa a vogar pelas divisões secundárias dos nossos campeonatos - " Tive uma carreira boa, bons momentos, mas claro que podia ter ido mais longe. Se calhar, foi por demérito meu"*. Depois das passagens pela Naval 1º de Maio, Estoril Praia e do regresso ao Beira-Mar, o jogador ainda voltaria à 1ª divisão. O convite surgiria vindo do Leixões, mas a falta de adaptação ao novo projecto faria com que, na reabertura do mercado de 2008/09, o atleta rumasse àquela que viria a tornar-se na única aventura no estrangeiro.
Com o termo da passagem de alguns meses pelos cipriotas do Apollon Limassol, Diogo Luís, surpreendentemente, decidir-se-ia pelo fim da caminhada enquanto desportista de alta competição - "Terminei cedo, ainda com 28 anos. Tinha convites da II Liga mas achei que era a altura certa para investir na nova carreira"*. Esse novo objectivo de vida, resultado do curso de Economia tirado na Universidade Nova de Lisboa, levá-lo-ia a abraçar as funções de "Personal Financial Advisor". Ainda assim, apesar de afastado alguns anos, Diogo Luís nunca deixaria de estar atento à modalidade. De regresso ao futebol – talvez seja um pouco exagerado considerar este retorno como tal –, o antigo defesa é, hoje em dia, comentador d’ A Bola TV.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 29/06/2013, em https://maisfutebol.iol.pt
Infelizmente para o atleta, ao mesmo tempo que muitos aguardavam pela sua evolução, o defesa, logo na campanha a seguir à sua estreia na equipa principal das “Águias”, começaria a eclipsar-se. Apesar da estranheza dessa perda de fulgor, alguns factores viriam a contribuir para o seu afastamento do “onze”. Por um lado, a lesão sofrida por essa altura em nada contribuiria para a afirmação do lateral-esquerdo. Por outro, a sua juventude faria com que, mais facilmente, a ele fossem apontados os erros a imputar ao colectivo. Já no que diz respeito aos colegas a disputar o mesmo lugar, Cabral e Pesaresi, os seus nomes pouco serviriam como justificação para o desaire competitivo a afectar, na primeira metade da época de 2001/02, as aferições feitas aos desempenhos de Diogo Luís.
Sem espaço no Benfica, a meio da sua segunda temporada na categoria principal da "Luz", o atleta acabaria emprestado ao Alverca. A ida para o emblema ribatejano, teria como principal propósito tentar convencer o treinador Jesualdo Ferreira, entretanto à frente das “Águias”, que o lugar de Diogo Luís era de volta ao emblema onde tinha terminado a formação. Tal nunca viria a acontecer e aquele que havia sido visto como uma das maiores promessas do Benfica acabaria, em 2002/03, por assinar contrato com o Beira-Mar.
A partir desse momento a carreira de Diogo Luís tomaria um rumo discreto que, após a modesta passagem por Aveiro, levaria o defesa a vogar pelas divisões secundárias dos nossos campeonatos - " Tive uma carreira boa, bons momentos, mas claro que podia ter ido mais longe. Se calhar, foi por demérito meu"*. Depois das passagens pela Naval 1º de Maio, Estoril Praia e do regresso ao Beira-Mar, o jogador ainda voltaria à 1ª divisão. O convite surgiria vindo do Leixões, mas a falta de adaptação ao novo projecto faria com que, na reabertura do mercado de 2008/09, o atleta rumasse àquela que viria a tornar-se na única aventura no estrangeiro.
Com o termo da passagem de alguns meses pelos cipriotas do Apollon Limassol, Diogo Luís, surpreendentemente, decidir-se-ia pelo fim da caminhada enquanto desportista de alta competição - "Terminei cedo, ainda com 28 anos. Tinha convites da II Liga mas achei que era a altura certa para investir na nova carreira"*. Esse novo objectivo de vida, resultado do curso de Economia tirado na Universidade Nova de Lisboa, levá-lo-ia a abraçar as funções de "Personal Financial Advisor". Ainda assim, apesar de afastado alguns anos, Diogo Luís nunca deixaria de estar atento à modalidade. De regresso ao futebol – talvez seja um pouco exagerado considerar este retorno como tal –, o antigo defesa é, hoje em dia, comentador d’ A Bola TV.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 29/06/2013, em https://maisfutebol.iol.pt
1 comentário:
Eu vi esse primeiro treino, se o treinador tivesse continuado tinha tido uma carreira de luxo, que grande jogador e grande ser humano.
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