Com os pontapés iniciais dados nas “escolas” do Carcavelos, seria o fim da formação feita no Casa Pia, onde partilharia o balneário com Calado e Rui Borges, que permitiria a Chaínho, inserido no plantel de 1992/93 do emblema de Pina Manique, subir ao escalão sénior. No entanto, o primeiro grande salto da sua carreira ocorreria 2 anos após essa promoção, aquando da sua contratação pelo Estrela da Amadora. A transição da 3ª divisão directamente para o patamar máximo do futebol nacional, revelar-se-ia tranquila e com o médio a conseguir confirmar as qualidades que o destacavam nos "Gansos".
Médio trabalhador, de físico portentoso, Chaínho, ao nunca virar as costas à luta, facilmente conquistaria um lugar na equipa titular “tricolor” e, acima de tudo, ganharia a confiança dos treinadores sob a batuta dos quais ia trabalhando. A meia da quarta época a jogar pelo Estrela da Amadora, já cotado como um dos melhores intérpretes das provas lusas, o médio assinaria um contrato pelo FC Porto, à altura ainda orientado por António Oliveira. Curiosamente, a sua saída do estádio José Gomes em direcção às Antas, coincidiria com a mudança de Fernando Santos do Estrela da Amadora para os “Azuis e Brancos”. Com a chegada à “Cidade Invicta” a acontecer ao lado daquele que o médio viria a considerar o melhor treinador na sua carreira, Chaínho, na temporada de 1998/99, integrar-se-ia no grupo que viria a selar, pelos "Dragões", o ciclo de cinco vitórias consecutivas no Campeonato Nacional, o inolvidável “Penta”. As restantes épocas passadas nos “Azuis e Brancos”, três no total, serviriam, para além dos troféus conquistados – 1 Campeonato; 2 Taças de Portugal; 1 Supertaça –, para vincar o atleta como um dos nomes mais valiosos a jogar no nosso país. O reflexo dessa avaliação emergiria com a aposta do Zaragoza na sua contratação. Contudo a passagem por Espanha, consequência da descida do clube aragonês ao segundo escalão, seria curta, com o centrocampista, no fim dessa temporada de 2001/02 a procurar outras paragens.
No encalço de Fernando Santos, o destino levá-lo-ia a Atenas, para envergar a camisola do Panathinaikos de 2002/03. Com a saída do técnico português da intendência do emblema helénico, o médio ainda conseguiria recuperar a titularidade, mas a morte súbita da mãe fá-lo-ia, passados alguns tempos sobre o trágico acontecimento familiar, decidir-se pelo regresso a Portugal. No Funchal a partir da campanha de 2003/04, primeiro em duas épocas ao serviço do Marítimo e depois, igualmente num par de anos, a defender as cores do Nacional da Madeira, o médio voltaria a recuperar o estatuto de peça fulcral das suas equipas. Seria por essa altura, com o aproximar do Mundial de 2006, que surgiria o convite para representar a selecção de Angola, país onde tinha nascido. Contudo, tendo já sido internacional sub-21 por Portugal, Chaínho, por razão de não cumprir os pressupostos exigidos pela FIFA, veria o organismo a negar-lhe o intuito de vestir a camisola dos "Palancas Negros" nesse grande certame desportivo, realizado na Alemanha.
Daí em diante, poucos mais seriam os anos durante os quais Chaínho praticaria futebol. Após as passagens pelos cipriotas do Alki Lanarca e pelos iranianos do Shahin Bushehr, o médio, com o termo da campanha de 2008/09, decidiria pôr fim à carreira como desportista profissional. Desde então, a sua rotina diária, sempre perto do futebol, tem sido feita de várias valências. Assim, para além de estar à frente de uma Dragon Force, reconhecida “escolinha” do FC Porto, o antigo jogador, ao assumir-se como comentador, tem dado uma perninha nos canais desportivos nacionais, para o caso, Sportv e A Bola TV. Contudo, a saudade dos balneários empurrá-lo-ia de volta às chuteiras e para que quem quis ver o futebolista conhecido pela frase “Posso não ser o melhor jogador português, mas sou o jogador com os lábios mais giros”*, foi só assistir às disputas dos Biqueiras d´Aço.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 12/05/2009, em https://maisfutebol.iol.pt
Médio trabalhador, de físico portentoso, Chaínho, ao nunca virar as costas à luta, facilmente conquistaria um lugar na equipa titular “tricolor” e, acima de tudo, ganharia a confiança dos treinadores sob a batuta dos quais ia trabalhando. A meia da quarta época a jogar pelo Estrela da Amadora, já cotado como um dos melhores intérpretes das provas lusas, o médio assinaria um contrato pelo FC Porto, à altura ainda orientado por António Oliveira. Curiosamente, a sua saída do estádio José Gomes em direcção às Antas, coincidiria com a mudança de Fernando Santos do Estrela da Amadora para os “Azuis e Brancos”. Com a chegada à “Cidade Invicta” a acontecer ao lado daquele que o médio viria a considerar o melhor treinador na sua carreira, Chaínho, na temporada de 1998/99, integrar-se-ia no grupo que viria a selar, pelos "Dragões", o ciclo de cinco vitórias consecutivas no Campeonato Nacional, o inolvidável “Penta”. As restantes épocas passadas nos “Azuis e Brancos”, três no total, serviriam, para além dos troféus conquistados – 1 Campeonato; 2 Taças de Portugal; 1 Supertaça –, para vincar o atleta como um dos nomes mais valiosos a jogar no nosso país. O reflexo dessa avaliação emergiria com a aposta do Zaragoza na sua contratação. Contudo a passagem por Espanha, consequência da descida do clube aragonês ao segundo escalão, seria curta, com o centrocampista, no fim dessa temporada de 2001/02 a procurar outras paragens.
No encalço de Fernando Santos, o destino levá-lo-ia a Atenas, para envergar a camisola do Panathinaikos de 2002/03. Com a saída do técnico português da intendência do emblema helénico, o médio ainda conseguiria recuperar a titularidade, mas a morte súbita da mãe fá-lo-ia, passados alguns tempos sobre o trágico acontecimento familiar, decidir-se pelo regresso a Portugal. No Funchal a partir da campanha de 2003/04, primeiro em duas épocas ao serviço do Marítimo e depois, igualmente num par de anos, a defender as cores do Nacional da Madeira, o médio voltaria a recuperar o estatuto de peça fulcral das suas equipas. Seria por essa altura, com o aproximar do Mundial de 2006, que surgiria o convite para representar a selecção de Angola, país onde tinha nascido. Contudo, tendo já sido internacional sub-21 por Portugal, Chaínho, por razão de não cumprir os pressupostos exigidos pela FIFA, veria o organismo a negar-lhe o intuito de vestir a camisola dos "Palancas Negros" nesse grande certame desportivo, realizado na Alemanha.
Daí em diante, poucos mais seriam os anos durante os quais Chaínho praticaria futebol. Após as passagens pelos cipriotas do Alki Lanarca e pelos iranianos do Shahin Bushehr, o médio, com o termo da campanha de 2008/09, decidiria pôr fim à carreira como desportista profissional. Desde então, a sua rotina diária, sempre perto do futebol, tem sido feita de várias valências. Assim, para além de estar à frente de uma Dragon Force, reconhecida “escolinha” do FC Porto, o antigo jogador, ao assumir-se como comentador, tem dado uma perninha nos canais desportivos nacionais, para o caso, Sportv e A Bola TV. Contudo, a saudade dos balneários empurrá-lo-ia de volta às chuteiras e para que quem quis ver o futebolista conhecido pela frase “Posso não ser o melhor jogador português, mas sou o jogador com os lábios mais giros”*, foi só assistir às disputas dos Biqueiras d´Aço.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 12/05/2009, em https://maisfutebol.iol.pt
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