Hão-de sempre ser equacionadas perguntas sobre as razões de determinadas carreiras. No entanto, há algumas caminhadas que sublinham, muito mais do que quaisquer outras, a necessidade desse tipo de questão. A carreira de Morgado entra nessa categoria!
Com os últimos anos da formação feitos nas Antas, Morgado transformou-se num valor quase seguro, numa promessa ou, se preferirem, no futuro do futebol português. A prova de tal estatuto vinha da sua presença nos mais importantes certames, organizados para as camadas jovens. Assim sendo, já estava cedido à equipa principal do Gil Vicente, à altura a militar na divisão de Honra, quando a convocatória a chamá-lo para o grupo de atletas a representar Portugal no Mundial sub-20 de 1989, surgiu, num caminho direccionado para o sucesso, como uma mera formalidade. Na Arábia Saudita tudo correu normalmente, como exemplar foi o novo empréstimo. Após regressar da campanha de 1989/90 ao serviço do Feirense, emblema que tinha representado até ao escalão de juvenis, a sua inclusão no plantel sénior do FC Porto demonstrou o que tenho estado a tentar sublinhar, ou seja, que o defesa era visto como uma aposta certa. Contudo, ao invés da existência projectada para o lateral-esquerdo, a sua afirmação de "Dragão" ao peito, pareceu querer adiar-se a cada oportunidade recebida. É certo que nomes como os de Branco ou de Vlk, respectivamente internacionais pelo Brasil e pela Checoslováquia, não deram grande espaço ao jovem craque. Ainda assim, o mais estranho no meio de tudo não é a concorrência dentro do balneário “azul e branco”, mas o facto de Morgado ser mesmo um craque e, com tal sentença, só posso afirmar que, no que toca à sua afirmação no “onze” portista, nunca entendi a justiça do falhanço.
Não foram complacentes os responsáveis do FC Porto que, em 1992/93, encaminharam o defesa na direcção de Vila do Conde. No Rio Ave, ainda que de volta ao segundo escalão nacional, as suas prestações começaram a fazer recordar um tal Morgado que, no longínquo Médio Oriente, tinha ajudado a erguer o troféu de campeão do mundo. Todavia, mais uma vez, o regresso ao patamar máximo, com a responsabilidade e exigência que tal acarreta, mostrou um jogador intermitente e incapaz de segurar, em definitivo, um lugar no alinhamento inicial. Foi assim no plantel do Famalicão de 1993/94, no Beira-Mar de 1994/95 e só não continuou por aí em diante, porque a descida dos aveirenses voltou a mostrar o jogador, que muitos esperavam na 1ª divisão, a exibir-se no contexto secundário.
Morgado ainda voltou ao universo dos “grandes" e, finalmente, com os números a apontar-lhe o trilho do sucesso. Porém, mesmo com a sua contribuição para os objectivos de 1998/99 do Desportivo de Chaves a ser aferida como positiva, a prestação colectiva, aquela que realmente interessa nos desportos colectivos, levou-o, com a equipa flaviense, a ser despromovido. Com a aludida descida, veio também o seu ocaso. Desse modo, após representar o emblema transmontano, o defesa-esquerdo, surpreendentemente, só veio a encontrar colocação na 2ª divisão B e vestiu, na época de 1999/00, a camisola do União da Madeira, seguindo-se, nos anos vindouros, mas já na divisão de Honra, as cores do Leça e as do Felgueiras.
O final da sua carreira ficou marcado pela falta de fulgor. Ainda assim, aquilo que retiro desta pequena história, que é apenas a conclusão de um mero adepto da modalidade, é que Morgado passou ao lado de uma grande vida como profissional de futebol. A razão? Mais uma vez, para mim, é um grande mistério!
Com os últimos anos da formação feitos nas Antas, Morgado transformou-se num valor quase seguro, numa promessa ou, se preferirem, no futuro do futebol português. A prova de tal estatuto vinha da sua presença nos mais importantes certames, organizados para as camadas jovens. Assim sendo, já estava cedido à equipa principal do Gil Vicente, à altura a militar na divisão de Honra, quando a convocatória a chamá-lo para o grupo de atletas a representar Portugal no Mundial sub-20 de 1989, surgiu, num caminho direccionado para o sucesso, como uma mera formalidade. Na Arábia Saudita tudo correu normalmente, como exemplar foi o novo empréstimo. Após regressar da campanha de 1989/90 ao serviço do Feirense, emblema que tinha representado até ao escalão de juvenis, a sua inclusão no plantel sénior do FC Porto demonstrou o que tenho estado a tentar sublinhar, ou seja, que o defesa era visto como uma aposta certa. Contudo, ao invés da existência projectada para o lateral-esquerdo, a sua afirmação de "Dragão" ao peito, pareceu querer adiar-se a cada oportunidade recebida. É certo que nomes como os de Branco ou de Vlk, respectivamente internacionais pelo Brasil e pela Checoslováquia, não deram grande espaço ao jovem craque. Ainda assim, o mais estranho no meio de tudo não é a concorrência dentro do balneário “azul e branco”, mas o facto de Morgado ser mesmo um craque e, com tal sentença, só posso afirmar que, no que toca à sua afirmação no “onze” portista, nunca entendi a justiça do falhanço.
Não foram complacentes os responsáveis do FC Porto que, em 1992/93, encaminharam o defesa na direcção de Vila do Conde. No Rio Ave, ainda que de volta ao segundo escalão nacional, as suas prestações começaram a fazer recordar um tal Morgado que, no longínquo Médio Oriente, tinha ajudado a erguer o troféu de campeão do mundo. Todavia, mais uma vez, o regresso ao patamar máximo, com a responsabilidade e exigência que tal acarreta, mostrou um jogador intermitente e incapaz de segurar, em definitivo, um lugar no alinhamento inicial. Foi assim no plantel do Famalicão de 1993/94, no Beira-Mar de 1994/95 e só não continuou por aí em diante, porque a descida dos aveirenses voltou a mostrar o jogador, que muitos esperavam na 1ª divisão, a exibir-se no contexto secundário.
Morgado ainda voltou ao universo dos “grandes" e, finalmente, com os números a apontar-lhe o trilho do sucesso. Porém, mesmo com a sua contribuição para os objectivos de 1998/99 do Desportivo de Chaves a ser aferida como positiva, a prestação colectiva, aquela que realmente interessa nos desportos colectivos, levou-o, com a equipa flaviense, a ser despromovido. Com a aludida descida, veio também o seu ocaso. Desse modo, após representar o emblema transmontano, o defesa-esquerdo, surpreendentemente, só veio a encontrar colocação na 2ª divisão B e vestiu, na época de 1999/00, a camisola do União da Madeira, seguindo-se, nos anos vindouros, mas já na divisão de Honra, as cores do Leça e as do Felgueiras.
O final da sua carreira ficou marcado pela falta de fulgor. Ainda assim, aquilo que retiro desta pequena história, que é apenas a conclusão de um mero adepto da modalidade, é que Morgado passou ao lado de uma grande vida como profissional de futebol. A razão? Mais uma vez, para mim, é um grande mistério!
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