O percurso a levar um grupo de jovens futebolistas a sagrarem-se campeões do mundo é, por si só, o mote certo para uma conversa interessante. No entanto, nessa caminhada houve alguns momentos mais curiosos do que outros. Uma das histórias mais engraçadas passou-se com Abel Silva. Como titular nessa selecção que, em 1989, venceu o Mundial sub-20, o jovem lateral-direito foi um dos escolhidos para disputar a final do torneio. Antes do início da partida agendada para Riade, todos os presentes no relvado do Estádio International King Fahd, acabaram por conhecer um dos grandes astros da história do desporto. Foi então que o defesa, no alto da sua jovem irreverência, decidiu fazer uma promessa – “Antes da final, quando Pelé nos veio cumprimentar, eu disse-lhe que ia marcar um golo à… Péle. Nem sei se ele me ouviu mas sei que viu o meu golo, que foi mesmo um golo à… Péle, sem dúvida maravilhoso”*
Foi com um espectacular e portentoso pontapé à entrada da grande área que Abel Siva veio a tornar-se no primeiro dos marcadores daquele que foi o derradeiro jogo do certame. Esse 44º minuto da primeira parte, até pela vitória no desafio, ficará para sempre na memória colectiva do futebol nacional. Contudo, a carreira de Abel Silva teve um pouco mais do que essa belíssima finalização. Desse modo, ao terminar a formação no Benfica, foi com naturalidade que, na mesma temporada do referido Campeonato do Mundo sub-20, ocorreu a sua transição para a categoria sénior. Com a normalidade inerente às primeiras fases de uma carreira profissional, o jovem atleta pouco foi utilizado. Ainda assim, bastou-lhe uma partida disputada – 1-0, em casa, frente ao Sporting de Braga – para que pudesse erguer o troféu atribuído aos campeões nacionais. As 3 épocas seguintes, em parte devido à forte concorrência dentro do plantel “encarnado”, deram à caminhada do lateral-direito um périplo, a título de empréstimo, pela Académica de Coimbra, Penafiel e Marítimo. Já o regresso à “casa mãe”, apesar de continuar afastado da titularidade, deu-lhe a oportunidade de conquistar mais 2 títulos e de acrescentar ao currículo os triunfos na Taça de Portugal de 1992/93 e na edição de 1993/94 do Campeonato da 1ª divisão.
Com a revolução perpetrada por Artur Jorge na preparação da campanha de 1994/95, Abel Silva tornou-se num dos preteridos do técnico português. Daí em diante começou um trajecto a levá-lo, por entre os principais escalões lusos, a representar uma série considerável de emblemas, edos quais há a destacar Vitória Futebol Clube, Felgueiras, Campomaiorense, Estoril Praia, Alverca e Atlético.
*retirado da revista “A Bola – A Fantástica viagem da Geração de Ouro”, Janeiro 2007
Foi com um espectacular e portentoso pontapé à entrada da grande área que Abel Siva veio a tornar-se no primeiro dos marcadores daquele que foi o derradeiro jogo do certame. Esse 44º minuto da primeira parte, até pela vitória no desafio, ficará para sempre na memória colectiva do futebol nacional. Contudo, a carreira de Abel Silva teve um pouco mais do que essa belíssima finalização. Desse modo, ao terminar a formação no Benfica, foi com naturalidade que, na mesma temporada do referido Campeonato do Mundo sub-20, ocorreu a sua transição para a categoria sénior. Com a normalidade inerente às primeiras fases de uma carreira profissional, o jovem atleta pouco foi utilizado. Ainda assim, bastou-lhe uma partida disputada – 1-0, em casa, frente ao Sporting de Braga – para que pudesse erguer o troféu atribuído aos campeões nacionais. As 3 épocas seguintes, em parte devido à forte concorrência dentro do plantel “encarnado”, deram à caminhada do lateral-direito um périplo, a título de empréstimo, pela Académica de Coimbra, Penafiel e Marítimo. Já o regresso à “casa mãe”, apesar de continuar afastado da titularidade, deu-lhe a oportunidade de conquistar mais 2 títulos e de acrescentar ao currículo os triunfos na Taça de Portugal de 1992/93 e na edição de 1993/94 do Campeonato da 1ª divisão.
Com a revolução perpetrada por Artur Jorge na preparação da campanha de 1994/95, Abel Silva tornou-se num dos preteridos do técnico português. Daí em diante começou um trajecto a levá-lo, por entre os principais escalões lusos, a representar uma série considerável de emblemas, edos quais há a destacar Vitória Futebol Clube, Felgueiras, Campomaiorense, Estoril Praia, Alverca e Atlético.
*retirado da revista “A Bola – A Fantástica viagem da Geração de Ouro”, Janeiro 2007
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