Desde muito novo apaixonado pela modalidade, foi no emblema da terra natal, o Vila Nova, que Luisinho começou a dar os primeiros passos no “mundo da bola”. Ao mesmo tempo que praticava futebol, o jovem desportista de origens humildes tinha de repartir os dias entre a escola, o trabalho e os campos de jogos. Nesses tempos, ajudava a mãe na venda de produtos agrícolas e dava uma mãozinha ao pároco local, na realização das missas. Então, numa altura em que já pensava que o seu futuro havia de passar, tal como o quotidiano do pai, por uma oficina automóvel, o defesa conseguiu o primeiro contrato profissional como desportista.
No Vila Nova, as suas prestações rapidamente conseguiram despertar a curiosidade dos olheiros a trabalhar para os principais clubes brasileiros. O primeiro a tentar a sua contratação foi o Cruzeiro de Belo Horizonte, onde até chegou a fazer alguns testes. Ao não agradar, voltou a Nova Lima, mas depressa apareceram outros pretendentes. Entre vários emblemas, o mais decidido na aquisição do seu passe, acabou por ser o Atlético Mineiro. No "Galo" tornou-se num dos melhores defesas-centrais brasileiros dos anos de 1980. Para tal aferição, em muito contribuiu a maneira serena como enfrentava cada lance. Contudo, Luisinho não era um defesa molengão! Muito pelo contrário, o jogador tinha mestria suficiente para conseguir, com um sentido posicional apurado, visão de jogo e poder de antecipação excepcionais, desarmar qualquer adversário. Outra das suas principais características era a disciplina mostrada dentro e fora de campo. Terá sido esse aspecto regrado a levar Telê Santana a adicionar o seu nome à lista de convocados para o Mundial de 1982. Já a disputar o certame realizado em Espanha, foi um dos titulares no centro do sector mais recuado da "Canarinha". Todavia, como em tudo na vida, quando o insucesso colectivo emerge, tem de haver sempre um bode expiatório. Assim aconteceu com o atleta que, acusado de falta de coragem e após a eliminação do "Escrete", foi apontado como um dos principais responsáveis pela queda do Brasil.
Injustiças à parte, Luisinho, de regresso às competições domésticas, continuou a mostrar porque era considerado um dos melhores a actuar na sua posição. Nesse sentido, nos mais de 10 anos em que vestiu a camisola "Alvi-Negra", ajudou o Atlético Mineiro a conquistar um longo rol de títulos, entre os quais o maior destaque vai para os 9 Campeonatos Mineiros. Com tudo isso, transformou-se num dos predilectos da massa associativa e, mais uma vez sob alçada de Telê Santana, tornou-se no capitão de equipa.
Também no Sporting foi um dos preferidos dos adeptos. Chegou a Portugal na temporada de 1989/90 e apesar de não ter a frescura de outros tempos, pois passava dos 30 anos de idade, a classe mostrada dentro do relvado era inconfundível. Deixou boas memórias e, depois de 3 épocas a impor-se como um titular indiscutível, boas também foram as recordações que levou consigo – "Tenho uma saudade imensa. Dos amigos, dos torcedores do Sporting… Aliás, já sonhei algumas vezes que estava chegando a Alvalade e era aplaudido pelos sportinguistas. Quero aproveitar esta oportunidade para dizer aos torcedores que amo o Sporting e que tenho muitas saudades"*.
De regresso às provas brasileiras, a passagem pelo Cruzeiro deu-lhe uma nova vitória no “estadual” de Minas Gerais e a conquista da Copa do Brasil. Seguiu-se o regresso ao Vila Nova, onde Luisinho tomou a decisão de pôr um ponto final na carreira enquanto futebolista. No entanto, não ficou afastado do desporto, tendo assumido vários papéis desde então, como por exemplo: treinador das camadas jovens do Atlético Mineiro, Presidente do Vila Nova e ainda, num cargo político, Secretário de Esporte e Lazer de Nova Lima.
*retirado do artigo de to-mane, publicado a 5/2/2009, em www.wikisporting.com
No Vila Nova, as suas prestações rapidamente conseguiram despertar a curiosidade dos olheiros a trabalhar para os principais clubes brasileiros. O primeiro a tentar a sua contratação foi o Cruzeiro de Belo Horizonte, onde até chegou a fazer alguns testes. Ao não agradar, voltou a Nova Lima, mas depressa apareceram outros pretendentes. Entre vários emblemas, o mais decidido na aquisição do seu passe, acabou por ser o Atlético Mineiro. No "Galo" tornou-se num dos melhores defesas-centrais brasileiros dos anos de 1980. Para tal aferição, em muito contribuiu a maneira serena como enfrentava cada lance. Contudo, Luisinho não era um defesa molengão! Muito pelo contrário, o jogador tinha mestria suficiente para conseguir, com um sentido posicional apurado, visão de jogo e poder de antecipação excepcionais, desarmar qualquer adversário. Outra das suas principais características era a disciplina mostrada dentro e fora de campo. Terá sido esse aspecto regrado a levar Telê Santana a adicionar o seu nome à lista de convocados para o Mundial de 1982. Já a disputar o certame realizado em Espanha, foi um dos titulares no centro do sector mais recuado da "Canarinha". Todavia, como em tudo na vida, quando o insucesso colectivo emerge, tem de haver sempre um bode expiatório. Assim aconteceu com o atleta que, acusado de falta de coragem e após a eliminação do "Escrete", foi apontado como um dos principais responsáveis pela queda do Brasil.
Injustiças à parte, Luisinho, de regresso às competições domésticas, continuou a mostrar porque era considerado um dos melhores a actuar na sua posição. Nesse sentido, nos mais de 10 anos em que vestiu a camisola "Alvi-Negra", ajudou o Atlético Mineiro a conquistar um longo rol de títulos, entre os quais o maior destaque vai para os 9 Campeonatos Mineiros. Com tudo isso, transformou-se num dos predilectos da massa associativa e, mais uma vez sob alçada de Telê Santana, tornou-se no capitão de equipa.
Também no Sporting foi um dos preferidos dos adeptos. Chegou a Portugal na temporada de 1989/90 e apesar de não ter a frescura de outros tempos, pois passava dos 30 anos de idade, a classe mostrada dentro do relvado era inconfundível. Deixou boas memórias e, depois de 3 épocas a impor-se como um titular indiscutível, boas também foram as recordações que levou consigo – "Tenho uma saudade imensa. Dos amigos, dos torcedores do Sporting… Aliás, já sonhei algumas vezes que estava chegando a Alvalade e era aplaudido pelos sportinguistas. Quero aproveitar esta oportunidade para dizer aos torcedores que amo o Sporting e que tenho muitas saudades"*.
De regresso às provas brasileiras, a passagem pelo Cruzeiro deu-lhe uma nova vitória no “estadual” de Minas Gerais e a conquista da Copa do Brasil. Seguiu-se o regresso ao Vila Nova, onde Luisinho tomou a decisão de pôr um ponto final na carreira enquanto futebolista. No entanto, não ficou afastado do desporto, tendo assumido vários papéis desde então, como por exemplo: treinador das camadas jovens do Atlético Mineiro, Presidente do Vila Nova e ainda, num cargo político, Secretário de Esporte e Lazer de Nova Lima.
*retirado do artigo de to-mane, publicado a 5/2/2009, em www.wikisporting.com
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