Nascido no País Basco, mais precisamente em Baiona, seria no emblema local que Deschamps daria os primeiros passos no mundo do futebol. Ora, por esta altura, já a ideia do "rugby", desporto que tinha praticado até então, tinha sido saído da cabeça do jovem atleta. Em boa hora se deu a troca, pois a habilidade que o médio mostrava para a bola redonda era bem superior à que tinha mostrado com a oval. Tanto assim era que os "olheiros" do Nantes, uns anos passados, aconselharam-no aos técnicos do clube. A mudança de contexto, de uma colectividade amadora para uma estrutura profissional, era o sinal do que estava para vir: uma carreira cheia de sucessos.
É verdade que os primeiros anos como sénior, não lhe trouxeram títulos. Contudo, o pragmatismo que mostrava dentro de campo, indicava, para quem quisesse ver, que ali estava, muito para além de um jogador excepcional, um líder. Quem não enjeitou a oportunidade de contar com tamanho atleta, foi uma das melhores equipas francesas e, porque não dizê-lo, europeias do início dos anos 90. Por esta altura, o Marseille, que dominava o futebol gaulês, perseguia algo muito específico e, acima de tudo, muito mais ambicioso: um troféu internacional. Ora, na temporada de estreia de Deschamps na equipa da região de Provence (1989/90), este intuito haveria de esbarrar no Benfica e... na mítica "mão de Vata"!!! Já passados uns anos, após uma curta passagem pelo Bordeaux (empréstimo), seria o próprio Deschamps, agora com o estatuto de Capitão de equipa, a erguer, na edição de 1992/93, aquela que foi a primeira "Champions" ganha por um clube francês.
Após esta conquista europeia (o título seria retirado posteriormente, devido a um caso de corrupção), a juntar a duas Ligas Francesas, o estatuto de Deschamps tinha outro peso. A prova dessa inflação é que de outros campeonatos, começaram a vê-lo como um verdadeiro alvo a contratar. De entre outras propostas é de Itália que surge aquela que seria a mais tentadora. A mudança torna-se inevitável e o jogador lá segue para a Juventus. No "Calcio", o "trinco" francês continua na mesma senda de sucesso. 3 "Scudetto", 1 Taça e 2 Supertaças de Itália, são os números de 5 épocas a jogar pela equipa de Turim, que se completam com a Liga dos Campeões de 1995/96 e a Supertaça Europeia e Taça Intercontinental do ano seguinte.
Por esta altura, devido a suspensão de Cantona e posterior purga de alguns dos elementos mais antigos nos "Bleus", já Deschamps capitaneava a sua selecção. As mudanças perpetradas por Aimé Jacquet, na ressaca da "não qualificação" da França para o Mundial de 1994, haveriam de dar boas indicações. As meias-finais do Euro 96, acabariam por ser isso mesmo, ou seja, uma espécie de prelúdio para o que viria a seguir, com Deschamps, e companhia, a vencerem o Mundial de 1998 e, logo de seguida (já o médio representava as cores do Chelsea), o Euro 2000.
Depois do torneio organizado pela Bélgica e Holanda, pouco mais houve de Deschamps como jogador. Terminada a sua carreira, em 2001, após uma derradeira temporada no Valencia, de imediato o antigo internacional abraçou as funções de técnico. Começaria no Monaco, onde o seu ponto mais alto, pode dizer-se terá sido a presença na final de 2004 da "Champions", perdida, como bem se recordam, para o FC Porto. A seguir veio a Juventus, onde após o escândalo do "Calciopoli", Didier Deschamps teria um papel importantíssimo na recuperação do prestígio desportivo da "Vecchia Signora". Já os títulos, se não contarmos com a Taça da Liga ganha ao serviço dos monegascos, vieram, quase em catadupa, no seu regresso a Marselha. Venceu 1 Campeonato, 2 Taças da Liga e 2 Supertaças, mas, acima de tudo, conquistou, por mérito próprio, o direito de decidir o destino da equipa nacional do seu país. Foi nesse papel, o de seleccionador, que se apresentou neste Mundial (2014). Corajoso, ao deixar de fora nomes como o de Nasri, Deschamps cairia nos quartos-de-final, aos pés de uma poderosa Alemanha. Apesar de ficar aquém das suas próprias expectativas, a promessa de um futuro brilhante para os seus pupilos, acabaria por dar força ao treinador - "Embora a nossa aventura no Brasil termine aqui e estejamos tristes, desapontados e frustrados, seguiremos em frente. Espero que esse grupo de jogadores possa continuar junto por muito tempo. As coisas são realmente promissoras".
É verdade que os primeiros anos como sénior, não lhe trouxeram títulos. Contudo, o pragmatismo que mostrava dentro de campo, indicava, para quem quisesse ver, que ali estava, muito para além de um jogador excepcional, um líder. Quem não enjeitou a oportunidade de contar com tamanho atleta, foi uma das melhores equipas francesas e, porque não dizê-lo, europeias do início dos anos 90. Por esta altura, o Marseille, que dominava o futebol gaulês, perseguia algo muito específico e, acima de tudo, muito mais ambicioso: um troféu internacional. Ora, na temporada de estreia de Deschamps na equipa da região de Provence (1989/90), este intuito haveria de esbarrar no Benfica e... na mítica "mão de Vata"!!! Já passados uns anos, após uma curta passagem pelo Bordeaux (empréstimo), seria o próprio Deschamps, agora com o estatuto de Capitão de equipa, a erguer, na edição de 1992/93, aquela que foi a primeira "Champions" ganha por um clube francês.
Após esta conquista europeia (o título seria retirado posteriormente, devido a um caso de corrupção), a juntar a duas Ligas Francesas, o estatuto de Deschamps tinha outro peso. A prova dessa inflação é que de outros campeonatos, começaram a vê-lo como um verdadeiro alvo a contratar. De entre outras propostas é de Itália que surge aquela que seria a mais tentadora. A mudança torna-se inevitável e o jogador lá segue para a Juventus. No "Calcio", o "trinco" francês continua na mesma senda de sucesso. 3 "Scudetto", 1 Taça e 2 Supertaças de Itália, são os números de 5 épocas a jogar pela equipa de Turim, que se completam com a Liga dos Campeões de 1995/96 e a Supertaça Europeia e Taça Intercontinental do ano seguinte.
Por esta altura, devido a suspensão de Cantona e posterior purga de alguns dos elementos mais antigos nos "Bleus", já Deschamps capitaneava a sua selecção. As mudanças perpetradas por Aimé Jacquet, na ressaca da "não qualificação" da França para o Mundial de 1994, haveriam de dar boas indicações. As meias-finais do Euro 96, acabariam por ser isso mesmo, ou seja, uma espécie de prelúdio para o que viria a seguir, com Deschamps, e companhia, a vencerem o Mundial de 1998 e, logo de seguida (já o médio representava as cores do Chelsea), o Euro 2000.
Depois do torneio organizado pela Bélgica e Holanda, pouco mais houve de Deschamps como jogador. Terminada a sua carreira, em 2001, após uma derradeira temporada no Valencia, de imediato o antigo internacional abraçou as funções de técnico. Começaria no Monaco, onde o seu ponto mais alto, pode dizer-se terá sido a presença na final de 2004 da "Champions", perdida, como bem se recordam, para o FC Porto. A seguir veio a Juventus, onde após o escândalo do "Calciopoli", Didier Deschamps teria um papel importantíssimo na recuperação do prestígio desportivo da "Vecchia Signora". Já os títulos, se não contarmos com a Taça da Liga ganha ao serviço dos monegascos, vieram, quase em catadupa, no seu regresso a Marselha. Venceu 1 Campeonato, 2 Taças da Liga e 2 Supertaças, mas, acima de tudo, conquistou, por mérito próprio, o direito de decidir o destino da equipa nacional do seu país. Foi nesse papel, o de seleccionador, que se apresentou neste Mundial (2014). Corajoso, ao deixar de fora nomes como o de Nasri, Deschamps cairia nos quartos-de-final, aos pés de uma poderosa Alemanha. Apesar de ficar aquém das suas próprias expectativas, a promessa de um futuro brilhante para os seus pupilos, acabaria por dar força ao treinador - "Embora a nossa aventura no Brasil termine aqui e estejamos tristes, desapontados e frustrados, seguiremos em frente. Espero que esse grupo de jogadores possa continuar junto por muito tempo. As coisas são realmente promissoras".
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