Tendo dado bons sinais no Carlisle, os responsáveis do Queens Park Rangers decidem que um empréstimo seria a melhor maneira de aferir a sua real qualidade. O salto do terceiro escalão para a "Premier League", pareciam justificar essa tomada de precaução. O jovem atleta, no entanto, em nada se mostraria afectado com tão radical mudança. Forte, lutador, que de bom tanto tinha a defender, como a auxiliar os seus colegas do ataque, logo transformou esse teste em seguro sucesso.
A época seguinte traria a Paul Murray um contrato definitivo com os de Londres. Mas muito para além da ligação contratual, o centrocampista também conseguiria assumir-se como um dos principais pilares, na estratégia da equipa.
Esse estatuto de titular, levá-lo-ia, primeiro na categoria de s-21 e depois nos "BB", a ser chamado à selecção inglesa. É já como internacional e, ainda que na segunda divisão, com a vida a correr-lhe bem no clube, que o sonho de Paul Murray sofre os primeiros reveses. As amaldiçoadas lesões, começam, sistematicamente, a bater-lhe à porta - "Todas as minhas lesões foram sérias! Tive os dois pés e uma perna partida. Sempre pensei para comigo, «porque raio me lesionei outra vez?». Fiz tudo bem, mantive-me em forma, mas foi apenas uma inacreditável má sorte"*.
Ainda assim, Pau Murray continuaria a merecer a confiança dos seus técnicos. Nesse sentido, ele que já estava há mais de 5 anos no clube, é lhe apresentada uma proposta de renovação. Contudo, a situação financeira do Queens Park Rangers não era a melhor. Mergulhados numa crise, para os dirigentes do clube, a única saída possível era a redução dos salários dos jogadores.
Neste contexto, a proposta apresenta a Paul Murray não seria, de forma alguma, a que este estaria à espera. Entre reduzir o salário para metade e ficar nas divisões secundárias, ou estudar outras propostas de emblemas primodivisionários, o médio decidir-se-ia pela segunda opção.
Primeiro veio o Newcastle. Mas o seu historial de lesões, haveria fazer com que os "Magpies" o chumbassem nos exames médicos. Depois apresentou-se em Southampton. Aí a história foi diferente. Foi considerado apto e, até, começou a ser utilizado com regularidade. No entanto, os técnicos do clube achavam que as características de Paul Murray eram mais úteis noutras posições. Já farto de jogar fora da sua posição natural, é então que o atleta decide tomar uma atitude arrojada - "Eu joguei a defesa esquerdo, a defesa direito, lateral em todos os lados, menos a centrocampista! Fui falar com o Gordan Strachan [treinador principal], disse-lhe que queria jogar no meio campo, e acabei nas reservas"*.
Depois desta despromoção, e com vontade de participar em mais encontros, Paul Murray fala com o seu agente. Apostado na saída, cede à proposta do seu antigo "manager" no QPR, e escolhe para seu novo clube, o Oldham Athletic.
Esta sua opção, durante alguns anos, mantê-lo-ia afastado dos patamares principais da modalidade. Seria para contrariar esse caminho, que Paul Murray volta a aceitar novo desafio de Mick Wadsworth. Desta feita, o convite do treinador levá-lo-ia a Portugal. Ao Beira-Mar chega com o rótulo de craque. Mas, ao contrário das expectativas criadas, o médio não conseguiria impor o seu futebol. Volta à sua terra natal e ao velho conhecido Carlisle.
Passados dois anos, mais uma vez pela mão de Mick Wadsworth, Paul Murray chega a uma primeira divisão. Na Escócia, ao serviço do Gretna FC, tudo parecia alinhado para que a sua carreira voltasse ao rumo certo. Contudo, o clube, inexperiente nestas andanças, falha os seus objectivos. Ainda assim, a prestação de Paul Murray, como um dos mais utilizados, é bastante aceitável.
Nem esse balanço positivo, o leva reconsiderar na posição de deixar o país. O regresso a Inglaterra não lhe traz mais do que contractos em clubes de menor monta. É já depois de representar Shrewsbury e Hartlepool que, de volta ao Oldham, decide em 2013, passar da carreira de futebolista para a de treinador.
* retirado da entrevista de Ron Norris, em "QPRnet.com"
A época seguinte traria a Paul Murray um contrato definitivo com os de Londres. Mas muito para além da ligação contratual, o centrocampista também conseguiria assumir-se como um dos principais pilares, na estratégia da equipa.
Esse estatuto de titular, levá-lo-ia, primeiro na categoria de s-21 e depois nos "BB", a ser chamado à selecção inglesa. É já como internacional e, ainda que na segunda divisão, com a vida a correr-lhe bem no clube, que o sonho de Paul Murray sofre os primeiros reveses. As amaldiçoadas lesões, começam, sistematicamente, a bater-lhe à porta - "Todas as minhas lesões foram sérias! Tive os dois pés e uma perna partida. Sempre pensei para comigo, «porque raio me lesionei outra vez?». Fiz tudo bem, mantive-me em forma, mas foi apenas uma inacreditável má sorte"*.
Ainda assim, Pau Murray continuaria a merecer a confiança dos seus técnicos. Nesse sentido, ele que já estava há mais de 5 anos no clube, é lhe apresentada uma proposta de renovação. Contudo, a situação financeira do Queens Park Rangers não era a melhor. Mergulhados numa crise, para os dirigentes do clube, a única saída possível era a redução dos salários dos jogadores.
Neste contexto, a proposta apresenta a Paul Murray não seria, de forma alguma, a que este estaria à espera. Entre reduzir o salário para metade e ficar nas divisões secundárias, ou estudar outras propostas de emblemas primodivisionários, o médio decidir-se-ia pela segunda opção.
Primeiro veio o Newcastle. Mas o seu historial de lesões, haveria fazer com que os "Magpies" o chumbassem nos exames médicos. Depois apresentou-se em Southampton. Aí a história foi diferente. Foi considerado apto e, até, começou a ser utilizado com regularidade. No entanto, os técnicos do clube achavam que as características de Paul Murray eram mais úteis noutras posições. Já farto de jogar fora da sua posição natural, é então que o atleta decide tomar uma atitude arrojada - "Eu joguei a defesa esquerdo, a defesa direito, lateral em todos os lados, menos a centrocampista! Fui falar com o Gordan Strachan [treinador principal], disse-lhe que queria jogar no meio campo, e acabei nas reservas"*.
Depois desta despromoção, e com vontade de participar em mais encontros, Paul Murray fala com o seu agente. Apostado na saída, cede à proposta do seu antigo "manager" no QPR, e escolhe para seu novo clube, o Oldham Athletic.
Esta sua opção, durante alguns anos, mantê-lo-ia afastado dos patamares principais da modalidade. Seria para contrariar esse caminho, que Paul Murray volta a aceitar novo desafio de Mick Wadsworth. Desta feita, o convite do treinador levá-lo-ia a Portugal. Ao Beira-Mar chega com o rótulo de craque. Mas, ao contrário das expectativas criadas, o médio não conseguiria impor o seu futebol. Volta à sua terra natal e ao velho conhecido Carlisle.
Passados dois anos, mais uma vez pela mão de Mick Wadsworth, Paul Murray chega a uma primeira divisão. Na Escócia, ao serviço do Gretna FC, tudo parecia alinhado para que a sua carreira voltasse ao rumo certo. Contudo, o clube, inexperiente nestas andanças, falha os seus objectivos. Ainda assim, a prestação de Paul Murray, como um dos mais utilizados, é bastante aceitável.
Nem esse balanço positivo, o leva reconsiderar na posição de deixar o país. O regresso a Inglaterra não lhe traz mais do que contractos em clubes de menor monta. É já depois de representar Shrewsbury e Hartlepool que, de volta ao Oldham, decide em 2013, passar da carreira de futebolista para a de treinador.
* retirado da entrevista de Ron Norris, em "QPRnet.com"
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