591 - RUI BORGES

Rui Borges foi um autêntico saltimbanco do futebol nacional. Esta sua faceta revelar-se-ia logo muito cedo, nas camadas de formação, onde representaria uma série de clubes. Ora, depois do Estrela da Amadora, Futebol Benfica e Damaiense, chega a vez de vestir as cores do Casa Pia.
É já no Pina Manique que o esquerdino faz a transição para os seniores. A sua rapidez, a facilidade com “driblava” os adversários e a faceta lutadora que apresentava dentro de campo, foram os tónicos para que, desde logo, começasse a merecer algum destaque.
Quem não deixaria de prestar atenção às suas exibições, seria o gabinete de prospecção do Boavista. Encantados com as suas capacidades, os responsáveis pelas “Panteras” apresar-se-iam no seu concurso.  Seria assim, para a época de 1995/96, que Rui Borges, no Estádio do Bessa, faz a sua apresentação à 1ª Divisão. No entanto, aquilo que parecia ser uma bela aposta, revela-se, no seio de um plantel rico, um sonho um tanto desmedido.
No meio de tantos craques, as oportunidades dadas a Rui Borges, seriam muito poucas. Finda a dita temporada, o atacante vê o seu nome na lista de preteridos. Sem espaço que permitisse mostrar o seu futebol, Rui Borges decide-se pela Divisão de Honra. No segundo patamar nacional, ao serviço do Académico de Viseu e, posteriormente, com as cores do União de Lamas, volta a provar que a sua habilidade mereceria outros palcos. Essa nova oportunidade surgiria com a promoção do Alverca ao escalão máximo português. Pelos ribatejanos, Rui Borges viveria os melhores anos da sua carreira. No auge da sua forma, e a jogar regularmente, o atleta passaria 4 temporadas consecutivas, a disputar as competições de topo em Portugal.
A separação entre o jogador e o clube ocorreria aquando da despromoção da colectividade. Por esta altura já Rui Borges era tido com um jogador de 1ª Divisão. Esse justo estatuto faria com que o atleta permanecesse entre os “grandes” e, iniciada a campanha de 2002/03, assinasse pelo Belenenses.
O Restelo e o José Gomes na Amadora, seriam as “moradas” que se seguiriam. Mas como para qualquer praticante, também para Rui Borges a idade começava a contar. Mesmo assim (faria os 36 anos durante essa época), tempo ainda para mais uma passagem na Liga maior do nosso país, ao serviço do Trofense.
Seria o Vizela a testemunhar o fim da sua carreira. “Fim”, mas no que ao futebol de “11” diz respeito!!! Pois Rui Borges, antes de se dedicar ao dirigismo desportivo e à vida de treinador, ainda teria energia suficiente para mostrar as suas habilidades nas quadras de futsal (ACDSC Cabeçudense).

2 comentários:

rui borges disse...

Obrigado pela recordação.
Muitas felicidades e muito sucesso.
Um forte abraço.
Rui Borges.

cromosemcaderneta@gmail.com disse...

O obrigado é todo meu, pelos bons momentos que tive a vê-lo jogar. Espero que não tenha cometido nenhuma grande gafe, na pequena biografia que fiz sobre si. Grande abraço