Quando Gabriel Hanot, afamado jornalista do ”L’Equipe” e antigo internacional francês, pensou numa competição que opusesse os grandes emblemas dos diversos campeonatos europeus, nunca João Martins supôs que o seu nome fosse eternizado nas crónicas do futebol.
No entanto, muito antes da criação da Taça dos Clubes Campeões Europeus, já o gosto pelo desporto preenchia a vida do avançado. Na sua terra natal, nos intervalos que a vida da indústria corticeira concedia, João Martins lá ia dando uns pontapés na bola, com as cores do Sport Lisboa e Sines.
As suas habilidades com o esférico, principalmente aquelas que o empurravam em direcção à baliza, rapidamente entrariam no boca-a-boca dos entusiastas da modalidade. É indo de encontro à sua fama que o Olhanense endereça um convite ao avançado. João Martins segue para o Algarve, treina e agrada. Contudo, a paixão que nutria pelo futebol acabaria por não conseguir superar algo muito mais importante… e as saudades, um mês apôs a sua partida, fazem-no regressar a casa.
O capítulo seguinte da sua carreira, quase que terminava no mesmo fracasso do anterior. Desta feita no Barreiro, o destino de João Martins era a CUF. Tal como na aventura sucedida no Sul do país, o avançado começa por deliciar os técnicos e dirigentes da equipa. Encantaria de tal modo, que é já no preâmbulo do seu primeiro jogo, em pleno balneário, que a polémica rebenta. Ao ver que o emprego prometido pelos responsáveis do grupo industrial não aparecia, João Martins recusa-se a entrar em campo, acabando por nunca se estrear.
O dito impasse haveria de se prolongar até que o Sporting aparece em cena. O convite dos “Leões” faz com que o atacante atravesse o Tejo, em direcção a Lisboa. O pior é que no Lumiar, onde o clube jogava à altura, morava uma equipa que contava com uma frente de ataque de respeito. Ora, partilhar a cabine com os “Cinco Violinos”, reduz muito a esperança de alguém conseguir um lugar.
Seria esse mesmo paradigma que acabaria por regrar os primeiros anos de João Martins no Sporting. Suplente de Albano ou de Jesus Correia, haveria de ser, no entanto, a reforma de Peyroteo a abrir-lhe um lugar no “onze” leonino. É então, como avançado-centro, que consegue impor-se. Marca golos, decide troféus e torna-se de tal importância no seio da equipa que ganha o apelido de “Sexto Violino”.
É já com o estatuto de internacional que, a 4 de Setembro de 1955, João Martins é escalonado para o embate frente ao Partizan de Belgrado. O desafio marcado para o Estádio Nacional, assinala, somente, o primeiro jogo da recém-criada Taça dos Clubes Campeões Europeus. O facto, por si só, seria mais do que suficiente para que todos aqueles que nele participavam, ficassem na história do desporto. Contudo, o avançado português faria muito mais e aos 14 minutos do tempo inicial, inaugura o “placard”. Esse tento, num currículo que viria a contar com 7 títulos de campeão nacional, 1 Taça de Portugal e 1 troféu de melhor marcador do Campeonato, faz do avançado um pouco mais. João Martins, com esse golo, entra na história do futebol mundial, como o primeiro de sempre a marcar, naquela que hoje é conhecida como “Champions”.
No entanto, muito antes da criação da Taça dos Clubes Campeões Europeus, já o gosto pelo desporto preenchia a vida do avançado. Na sua terra natal, nos intervalos que a vida da indústria corticeira concedia, João Martins lá ia dando uns pontapés na bola, com as cores do Sport Lisboa e Sines.
As suas habilidades com o esférico, principalmente aquelas que o empurravam em direcção à baliza, rapidamente entrariam no boca-a-boca dos entusiastas da modalidade. É indo de encontro à sua fama que o Olhanense endereça um convite ao avançado. João Martins segue para o Algarve, treina e agrada. Contudo, a paixão que nutria pelo futebol acabaria por não conseguir superar algo muito mais importante… e as saudades, um mês apôs a sua partida, fazem-no regressar a casa.
O capítulo seguinte da sua carreira, quase que terminava no mesmo fracasso do anterior. Desta feita no Barreiro, o destino de João Martins era a CUF. Tal como na aventura sucedida no Sul do país, o avançado começa por deliciar os técnicos e dirigentes da equipa. Encantaria de tal modo, que é já no preâmbulo do seu primeiro jogo, em pleno balneário, que a polémica rebenta. Ao ver que o emprego prometido pelos responsáveis do grupo industrial não aparecia, João Martins recusa-se a entrar em campo, acabando por nunca se estrear.
O dito impasse haveria de se prolongar até que o Sporting aparece em cena. O convite dos “Leões” faz com que o atacante atravesse o Tejo, em direcção a Lisboa. O pior é que no Lumiar, onde o clube jogava à altura, morava uma equipa que contava com uma frente de ataque de respeito. Ora, partilhar a cabine com os “Cinco Violinos”, reduz muito a esperança de alguém conseguir um lugar.
Seria esse mesmo paradigma que acabaria por regrar os primeiros anos de João Martins no Sporting. Suplente de Albano ou de Jesus Correia, haveria de ser, no entanto, a reforma de Peyroteo a abrir-lhe um lugar no “onze” leonino. É então, como avançado-centro, que consegue impor-se. Marca golos, decide troféus e torna-se de tal importância no seio da equipa que ganha o apelido de “Sexto Violino”.
É já com o estatuto de internacional que, a 4 de Setembro de 1955, João Martins é escalonado para o embate frente ao Partizan de Belgrado. O desafio marcado para o Estádio Nacional, assinala, somente, o primeiro jogo da recém-criada Taça dos Clubes Campeões Europeus. O facto, por si só, seria mais do que suficiente para que todos aqueles que nele participavam, ficassem na história do desporto. Contudo, o avançado português faria muito mais e aos 14 minutos do tempo inicial, inaugura o “placard”. Esse tento, num currículo que viria a contar com 7 títulos de campeão nacional, 1 Taça de Portugal e 1 troféu de melhor marcador do Campeonato, faz do avançado um pouco mais. João Martins, com esse golo, entra na história do futebol mundial, como o primeiro de sempre a marcar, naquela que hoje é conhecida como “Champions”.
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