A longevidade da sua carreira e a quantidade de emblemas que
foi representando ao longo de todos esses anos, seriam matéria, mais do que
suficiente, para umas largas horas de conversa ou, neste caso, para uma boa
série de parágrafos. Como o espaço e o tempo que a mim me cabem padecem de
alguns limites, tentarei resumir ao essencial a vida profissional deste
guarda-redes.
Os primeiros clubes que em que jogaria, o Bologna, onde
poucas chances teve, e outros quantos emblemas de menor monta, representariam
para Ballotta os anos iniciais como futebolista. Já as 6 épocas que se
seguiriam, a vestir as cores do Modena, acabariam por ser, finalmente, sua
porta de entrada para a “Serie A”.
Ao fim de uma década a cirandar pelas divisões secundárias, as
exibições pelo clube da cidade de Enzo Ferrari, levariam o Cesena (1990/91) a
apostar no seu concurso. Ora, essa meia temporada passada entre os grandes
palcos italianos, fez com que o guardião começasse a merecer a atenção de
alguns dos maiores emblemas do “Calcio”. Segue-se o Parma e seguem-se os
títulos. Contudo, a Taça UEFA (1991/92), a Taça das Taças (1992/93) e a
Supertaça Europeia (1993/94) conquistadas pelo seu novo clube, acabariam por ser
parco prémio para convencer Ballotta a abdicar de alguma regularidade no “onze”
inicial.
Seria para tentar a titularidade que Ballotta, nos anos que
se seguiriam, veste as cores de Brescia e Reggiana. É, igualmente, neste
presumível passo atrás, que o atleta acaba por encontrar um novo tónico para a
sua vida profissional. O resultado desse pequeno “sacrifício”, acabaria por ser
a sua transferência para a Lazio. No entanto, a mudança para o emblema da
capital, leva Ballotta de volta a um paradigma já por si vivido: muitos
troféus, mas poucos jogos.
As conquistas do Scudetto (1999/00), das 2 Taças de Itália
(1997/98; 1999/00), da Taça das Taças (1998/99) ou, ainda, da Supertaça
Europeia (1999/00), são, inegavelmente, mais um marco na vida de Ballotta. No
entanto, muito mais do que aquilo que venceu na sua primeira passagem pela
Lazio, o momento mais curioso da sua carreira aconteceria no seu regresso ao
clube. Ora, a 18 de Setembro de 2007, o Olympiacos recebia em casa a Lazio. A
data, que de especial nada parecia ter, representava para Ballotta qualquer
coisa como 43 anos e 168 dias de vida. Pois, ao entrar em campo nesse jogo, o
guarda-redes haveria de quebrar mais um recorde. Depois de ultrapassar Dino
Zoff, como o atleta mais velho a disputar uma partida na “Serie A”, Ballotta, a
partir desse encontro realizado na cidade de Pireu, tornar-se-ia, também ele,
no futebolista mais velho de sempre a participar na Liga dos Campeões.
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