Tendo dado os primeiros passos como sénior no Charlton, seria nessa mesma temporada de 1988/89 que Scott Minto faria a sua estreia no escalão máximo inglês.
Jogador com qualidades físicas interessantes, mas que, ao mesmo tempo, possuía uma técnica bem superior à dos seus colegas de sector, o lateral esquerdo, na segunda temporada com o emblema londrino, já era um dos mais utilizados no plantel.
Com um caminho a mostrar uma evolução positiva, o seu desenvolvimento haveria, de algum modo, ser travado pela despromoção do Charlton. Mesmo a jogar no segundo patamar, as boas exibições faziam com que o seu nome não fosse esquecido nas convocatórias para a selecção. Nesse sentido, ninguém ficaria surpreendido quando, com destino a Portugal, o seu nome apareceu no grupo de atletas a disputar o Mundial S-20 de 1991.
É já depois dessa passagem (discreta) pelo nosso país e de mais uns anos a jogar no segundo escalão, que surge a aposta de um outro histórico de Londres. No Chelsea, apesar de mostrar qualidades suficientes para se apresentar nos grandes palcos, as lesões começariam a assolar a sua carreira. Tendo esse “handicap” como inimigo, ainda assim, Scott Minto, quando em plena forma física, era um dos mais requisitados dentro do plantel.
Seria no final da sua melhor época com os “Blues” que, curiosamente, a sua união ao clube terminaria. Depois de ter sido um dos mais utilizados e de, na final contra o Middlesbrough (2-0), ter ajudado à vitória na Taça de Inglaterra, o defesa, a coberto da “Lei Bosman”, parte para outras paragens – “Basicamente, eu estava no meu último ano de contrato no Chelsea. Estava a correr bastante bem, mas eu não estava contente com o que me haviam oferecido, então, decidi não assinar e esperar até ao final da temporada para ver o que acontecia. O meu último jogo pelo Chelsea foi a final da FA Cup em 1997 (…). E no dia imediatamente a seguir fomos para Hong Kong, Brunei e Singapura. Foi enquanto estava lá que o meu agente ligou e disse que o Benfica tinha estado a observar-me (…)”*.
Instigado pelo ambiente proporcionado pela massa adepta e impulsionado por boas exibições, Scott Minto pega de estaca no Estádio da “Luz”. Numa altura em que as “Águias”, desportivamente, andavam na mó de baixo, o inglês haveria de encontrar um balneário com uma série de atletas de qualidade superior. Calado, Poborsky ou Nuno Gomes, são nomes que, recorrentemente, são citados por Scott Minto. No entanto, há um que continua a merecer a sua especial contemplação – “(…) a pessoa que, provavelmente, eu admirei mais foi o João Pinto, porque ele era o Eric Cantona do futebol português. Sempre que as coisas não estavam a correr bem, esperava-se que ele nos tirasse delas e ele nunca fugiu à sua responsabilidade. Ele queria sempre a bola, mesmo quando a pressão estava no estádio e os adeptos não estavam contentes. Ele pegava na bola e tentava arranjar alguma coisa extra”*.
Ano e meio em Lisboa seriam suficientes para o próprio dizer que – “o Benfica foi o clube mais importante que representei em toda a carreira”**. Ainda assim, e depois de terminado o namoro com a sua companheira de então, a solidão de viver sozinho num país estrangeiro começou a fazer-se sentir. A oportunidade de voltar a Londres surgiria, então, pela mão do técnico Harry Redknapp. Contudo, o seu regresso à “Premier League”, voltaria a trazer ao jogador velhos problemas de índole física. Com as lesões a atrapalharem a integração de Scott Minto, o atleta não voltaria ao nível de outrora. Sendo sempre uma escolha de segunda linha, ainda assim, o lateral passaria 5 temporadas ao serviço do West Ham.
Já depois de, com cores do Rotherham United, ter, na época de 2005/06, posto um ponto final na sua vida de futebolista, Scott Minto decidiu ficar ligado à modalidade, mas, desta feita, como comentador. Em 2008, pela Universidade Staffordshire, concluiria a sua formação em “Professional Sports Writing and Broadcasting”. Desde então, é um dos habituais relatadores de jogos, nos mais populares canais desportivos britânicos.
Jogador com qualidades físicas interessantes, mas que, ao mesmo tempo, possuía uma técnica bem superior à dos seus colegas de sector, o lateral esquerdo, na segunda temporada com o emblema londrino, já era um dos mais utilizados no plantel.
Com um caminho a mostrar uma evolução positiva, o seu desenvolvimento haveria, de algum modo, ser travado pela despromoção do Charlton. Mesmo a jogar no segundo patamar, as boas exibições faziam com que o seu nome não fosse esquecido nas convocatórias para a selecção. Nesse sentido, ninguém ficaria surpreendido quando, com destino a Portugal, o seu nome apareceu no grupo de atletas a disputar o Mundial S-20 de 1991.
É já depois dessa passagem (discreta) pelo nosso país e de mais uns anos a jogar no segundo escalão, que surge a aposta de um outro histórico de Londres. No Chelsea, apesar de mostrar qualidades suficientes para se apresentar nos grandes palcos, as lesões começariam a assolar a sua carreira. Tendo esse “handicap” como inimigo, ainda assim, Scott Minto, quando em plena forma física, era um dos mais requisitados dentro do plantel.
Seria no final da sua melhor época com os “Blues” que, curiosamente, a sua união ao clube terminaria. Depois de ter sido um dos mais utilizados e de, na final contra o Middlesbrough (2-0), ter ajudado à vitória na Taça de Inglaterra, o defesa, a coberto da “Lei Bosman”, parte para outras paragens – “Basicamente, eu estava no meu último ano de contrato no Chelsea. Estava a correr bastante bem, mas eu não estava contente com o que me haviam oferecido, então, decidi não assinar e esperar até ao final da temporada para ver o que acontecia. O meu último jogo pelo Chelsea foi a final da FA Cup em 1997 (…). E no dia imediatamente a seguir fomos para Hong Kong, Brunei e Singapura. Foi enquanto estava lá que o meu agente ligou e disse que o Benfica tinha estado a observar-me (…)”*.
Instigado pelo ambiente proporcionado pela massa adepta e impulsionado por boas exibições, Scott Minto pega de estaca no Estádio da “Luz”. Numa altura em que as “Águias”, desportivamente, andavam na mó de baixo, o inglês haveria de encontrar um balneário com uma série de atletas de qualidade superior. Calado, Poborsky ou Nuno Gomes, são nomes que, recorrentemente, são citados por Scott Minto. No entanto, há um que continua a merecer a sua especial contemplação – “(…) a pessoa que, provavelmente, eu admirei mais foi o João Pinto, porque ele era o Eric Cantona do futebol português. Sempre que as coisas não estavam a correr bem, esperava-se que ele nos tirasse delas e ele nunca fugiu à sua responsabilidade. Ele queria sempre a bola, mesmo quando a pressão estava no estádio e os adeptos não estavam contentes. Ele pegava na bola e tentava arranjar alguma coisa extra”*.
Ano e meio em Lisboa seriam suficientes para o próprio dizer que – “o Benfica foi o clube mais importante que representei em toda a carreira”**. Ainda assim, e depois de terminado o namoro com a sua companheira de então, a solidão de viver sozinho num país estrangeiro começou a fazer-se sentir. A oportunidade de voltar a Londres surgiria, então, pela mão do técnico Harry Redknapp. Contudo, o seu regresso à “Premier League”, voltaria a trazer ao jogador velhos problemas de índole física. Com as lesões a atrapalharem a integração de Scott Minto, o atleta não voltaria ao nível de outrora. Sendo sempre uma escolha de segunda linha, ainda assim, o lateral passaria 5 temporadas ao serviço do West Ham.
Já depois de, com cores do Rotherham United, ter, na época de 2005/06, posto um ponto final na sua vida de futebolista, Scott Minto decidiu ficar ligado à modalidade, mas, desta feita, como comentador. Em 2008, pela Universidade Staffordshire, concluiria a sua formação em “Professional Sports Writing and Broadcasting”. Desde então, é um dos habituais relatadores de jogos, nos mais populares canais desportivos britânicos.
*retirado da entrevista de Adam Bate, “Sky Sports”, a 19/11/2012
**retirado do artigo de Pedro Jorge da Cunha, www.maisfutebol.iol.pt, a 07/03/2007
**retirado do artigo de Pedro Jorge da Cunha, www.maisfutebol.iol.pt, a 07/03/2007
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