Havendo na temática deste mês o ensejo de recordar alguns futebolistas que, tendo participado no Mundial S-20 de 1991, também fizeram carreira ao serviço de emblemas portugueses, era impossível esquecer um que foi tão marcante no futebol do nosso país. Bem, talvez haja algum exagero em querer elevar o avançado ao estatuto de figura nacional. No entanto, e esta é a mais pura das verdades, Serginho Cunha, pelo que conseguiu nas nossas competições, é uma das figuras de proa na história de um dos clubes com grande tradição em Portugal.
Sem obter dados suficientes para, indubitavelmente, conseguir reconstituir a sua carreira de desportista, há dois momentos nela que, como já referi, ligam o atacante ao futebol português. Não é difícil adivinhar, até pelo que está escrito no parágrafo anterior, que o Mundial S-20 organizado por Portugal, terá sido o primeiro. Ora, no certame em que a “Equipa das Quinas” acabaria por, na final, levar de vencida a sua congénere brasileira, Serginho era um dos elementos da jovem “Canarinha”. Sem o destaque de alguns dos seus colegas de balneário, a contribuição do atacante para a caminhada da sua selecção, resumir-se-ia a pouco mais do que alguns minutos. Com o Brasil já na fase das eliminatórias, Serginho acabaria por ser chamado a participar nos quartos-de-final. Esses 15 minutos, jogados na vitória frente à Coreia, seriam a sua ajuda para a conquista da medalha de prata.
O segundo momento na sua carreira e que, em definitivo, o ligaria a Portugal, ocorreria uns anos mais tarde. Já com alguma experiência no futebol brasileiro, mas, talvez, sem a projecção que estaria à espera, o avançado viaja até ao Funchal. A sua chegada ao Nacional da Madeira, isto na temporada de 1994/95, apanha um clube que, tendo no começo da década disputado o escalão principal, havia descido para a 2ª divisão de “honra”.
As boas exibições que foi conseguindo, aliado a uma boa série de golos, rapidamente conquistariam o coração dos adeptos e responsáveis pelo emblema. Mesmo sem que o clube conseguisse o regresso ao patamar máximo, o avançado foi-se mantendo nas suas fileiras. Essa fidelidade, nutrida por uma paixão que, em tantos sentidos, ficou provada como sendo recíproca, faria com que Serginho, durante 10 anos, vestisse a camisola do Nacional – “Sei que fui importante para o clube e digo, sem qualquer dúvida, que foi o melhor clube que joguei”*.
Durante tamanha ligação, suficiente para que o avançado conseguisse tornar-se no melhor marcador da história “alvinegra”, Serginho Cunha, muito mais do que uma mera testemunha, seria personagem activa nos mais variados episódios. Desde a queda na 2ª divisão “b”, à recuperação e regresso ao convívio dos “grandes”, o atacante tornar-se-ia numa das maiores lendas do clube. Apesar da importância de tantos outros momentos, haveria um que, pelo seu caracter de “recorde”, exaltaria esta união. Ora, numa equipa que também contava com atletas como o guarda-redes Hilário, Paulo Assunção, Rossato ou Adriano, o Nacional consegue algo de inédito. Com o 4º lugar assegurado na temporada de 2003/04, os madeirenses apurar-se-iam para as provas da UEFA – “No ano em que pela primeira vez conseguimos colocar o Nacional nas competições europeias, foi uma sensação maravilhosa. Tínhamos uma equipa bem montada e com grandes jogadores (…).Nos jogos das eliminatórias da Liga Europa contra o Sevilha, não joguei porque estava em recuperação da lesão que tive. Não posso falar muito sobre esses jogos, mas foram muito importantes para o Nacional e para a Região Autónoma da Madeira”**.
*retirado do artigo escrito por Serginho Cunha, em www.agoramadeira.pt, a 16/01/2015
**retirado do artigo escrito por Serginho Cunha, em www.agoramadeira.pt, a 09/03/2015
Sem obter dados suficientes para, indubitavelmente, conseguir reconstituir a sua carreira de desportista, há dois momentos nela que, como já referi, ligam o atacante ao futebol português. Não é difícil adivinhar, até pelo que está escrito no parágrafo anterior, que o Mundial S-20 organizado por Portugal, terá sido o primeiro. Ora, no certame em que a “Equipa das Quinas” acabaria por, na final, levar de vencida a sua congénere brasileira, Serginho era um dos elementos da jovem “Canarinha”. Sem o destaque de alguns dos seus colegas de balneário, a contribuição do atacante para a caminhada da sua selecção, resumir-se-ia a pouco mais do que alguns minutos. Com o Brasil já na fase das eliminatórias, Serginho acabaria por ser chamado a participar nos quartos-de-final. Esses 15 minutos, jogados na vitória frente à Coreia, seriam a sua ajuda para a conquista da medalha de prata.
O segundo momento na sua carreira e que, em definitivo, o ligaria a Portugal, ocorreria uns anos mais tarde. Já com alguma experiência no futebol brasileiro, mas, talvez, sem a projecção que estaria à espera, o avançado viaja até ao Funchal. A sua chegada ao Nacional da Madeira, isto na temporada de 1994/95, apanha um clube que, tendo no começo da década disputado o escalão principal, havia descido para a 2ª divisão de “honra”.
As boas exibições que foi conseguindo, aliado a uma boa série de golos, rapidamente conquistariam o coração dos adeptos e responsáveis pelo emblema. Mesmo sem que o clube conseguisse o regresso ao patamar máximo, o avançado foi-se mantendo nas suas fileiras. Essa fidelidade, nutrida por uma paixão que, em tantos sentidos, ficou provada como sendo recíproca, faria com que Serginho, durante 10 anos, vestisse a camisola do Nacional – “Sei que fui importante para o clube e digo, sem qualquer dúvida, que foi o melhor clube que joguei”*.
Durante tamanha ligação, suficiente para que o avançado conseguisse tornar-se no melhor marcador da história “alvinegra”, Serginho Cunha, muito mais do que uma mera testemunha, seria personagem activa nos mais variados episódios. Desde a queda na 2ª divisão “b”, à recuperação e regresso ao convívio dos “grandes”, o atacante tornar-se-ia numa das maiores lendas do clube. Apesar da importância de tantos outros momentos, haveria um que, pelo seu caracter de “recorde”, exaltaria esta união. Ora, numa equipa que também contava com atletas como o guarda-redes Hilário, Paulo Assunção, Rossato ou Adriano, o Nacional consegue algo de inédito. Com o 4º lugar assegurado na temporada de 2003/04, os madeirenses apurar-se-iam para as provas da UEFA – “No ano em que pela primeira vez conseguimos colocar o Nacional nas competições europeias, foi uma sensação maravilhosa. Tínhamos uma equipa bem montada e com grandes jogadores (…).Nos jogos das eliminatórias da Liga Europa contra o Sevilha, não joguei porque estava em recuperação da lesão que tive. Não posso falar muito sobre esses jogos, mas foram muito importantes para o Nacional e para a Região Autónoma da Madeira”**.
*retirado do artigo escrito por Serginho Cunha, em www.agoramadeira.pt, a 16/01/2015
**retirado do artigo escrito por Serginho Cunha, em www.agoramadeira.pt, a 09/03/2015
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