Peter Rufai nasceu filho do Rei de Idimu. No entanto, e longe das obrigações da família, a sua grande paixão era o desporto. Mas nem o facto de na sua casa o futebol ser visto com pouco entusiasmo, impediria o jovem príncipe de enveredar pela modalidade que tanto gostava. Começaria a carreira no seu país, passaria pelo Benim e, finalmente, viajaria até à Europa.
A sua chegada à Bélgica em 1987, onde também concluiria os estudos, aconteceria numa altura em o guardião já tinha vestido a camisola da Nigéria. Tendo participado na CAN de 1984, o seu estatuto de internacional permitir-lhe-ia a transferência para o Lokeren. Depois de ter representado clubes como o Stationery Stores, Femo Scorpions e o Dragons de L’Oueme, o ingresso num dos campeonatos do “velho continente” faria com o que o seu valor aumentasse. Com um físico imponente, reflexos felinos e uma atitude destemida, a sua importância no seio da selecção também cresceria. Chamado à Taça de África das Nações de 1988 e peça fulcral na conquista da edição de 1994, a sua presença no Campeonato do Mundo como que cimentaria a sua relevância para a equipa nacional.
A participação no Mundial de 1994, viria numa altura em que Peter Rufai já tinha representado, para além dos emblemas acima citados, os belgas do Beveren e os holandeses do Go Ahead Eagles. Apesar da inexistência de nomes sonantes no seu percurso, as boas exibições no certame organizado pelos Estados Unidos, projectavam uma grande mudança na sua carreira. Bem, essa alteração até surgiria! Todavia, e para grande espanto, a sua preferência recairia no Sporting Clube Farense. No Algarve, o guarda-redes encontraria um clube que estava a atravessar o melhor período da sua história. Orientado pelo catalão Paco Fortes, o emblema algarvio, logo nessa época de 1994/95, consegue a primeira qualificação para as provas europeias. Também pelas “Super Eagles”, o atleta conseguiria manter-se na linha da frente e seria convocado a jogar a Taça das Confederações de 1995. É então que, entre outros convites, surge o interesse de um dos “3 grandes” – “No caso do Sporting lembro-me bem, foi mesmo o Farense que me pediu para ficar e eu aceitei. Foi no final da época em que nos apurámos para a Taça UEFA. Não queriam que eu saísse e eu pensei que jogar a Taça UEFA ia ser muito bom e como gostava muito da minha vida no Algarve escolhi ficar”*.
Tendo ficado mais ano e meio em Portugal, o convite do Hércules faria com que Peter Rufai, já no decorrer da temporada de 1996/97, mudasse de país. Meia temporada no patamar cimeiro espanhol, seria suficiente para que um dos maiores emblemas da “La Liga” o contratasse. No Deportivo La Coruña, ainda que na sombra do camaronês Jacques Songo’o, o guardião viveria o sonho de jogar num clube de grande dimensão. Curiosamente, e mesmo sem conquistar a titularidade, o seu estatuto na selecção nigeriana manter-se-ia intocável. A prova disso mesmo viria com a convocatória para o Mundial de 1998, onde conseguiria ser um dos esteios da equipa.
Foi ainda durante a passagem pela Galiza que o seu pai acabaria por falecer. A questão da sucessão ao trono fica então em cima da mesa e, para resolver esse assunto, Peter Rufai viaja até ao seu país. Contudo, e ao contrário da pretensão da sua família, o jogador acabaria por abdicar – “Nunca quis ser Rei. Se aceitasse não poderia ser futebolista. Eu sei que ia ter uma vida boa, porque eu sei como viviam os meus pais. Mas aquilo não era para mim. Não me fazia feliz. Eu queria era o futebol”*.
Já depois de ter posto um ponto final na sua carreira, decisão tomada após uma temporada ao serviço do Gil Vicente, Rufai fez questão de manter a ligação à modalidade. Tirou o curso de treinador no Reino Unido (1999/00), começou a trabalhar com jovens na Bélgica e acabaria por fundar o seu próprio empreendimento. O antigo futebolista é o mentor do projecto Dodo Mayana Soccerthon e, de volta ao seu país natal, tem ajudado a formar novos talentos e a lançá-los profissionalmente.
A sua chegada à Bélgica em 1987, onde também concluiria os estudos, aconteceria numa altura em o guardião já tinha vestido a camisola da Nigéria. Tendo participado na CAN de 1984, o seu estatuto de internacional permitir-lhe-ia a transferência para o Lokeren. Depois de ter representado clubes como o Stationery Stores, Femo Scorpions e o Dragons de L’Oueme, o ingresso num dos campeonatos do “velho continente” faria com o que o seu valor aumentasse. Com um físico imponente, reflexos felinos e uma atitude destemida, a sua importância no seio da selecção também cresceria. Chamado à Taça de África das Nações de 1988 e peça fulcral na conquista da edição de 1994, a sua presença no Campeonato do Mundo como que cimentaria a sua relevância para a equipa nacional.
A participação no Mundial de 1994, viria numa altura em que Peter Rufai já tinha representado, para além dos emblemas acima citados, os belgas do Beveren e os holandeses do Go Ahead Eagles. Apesar da inexistência de nomes sonantes no seu percurso, as boas exibições no certame organizado pelos Estados Unidos, projectavam uma grande mudança na sua carreira. Bem, essa alteração até surgiria! Todavia, e para grande espanto, a sua preferência recairia no Sporting Clube Farense. No Algarve, o guarda-redes encontraria um clube que estava a atravessar o melhor período da sua história. Orientado pelo catalão Paco Fortes, o emblema algarvio, logo nessa época de 1994/95, consegue a primeira qualificação para as provas europeias. Também pelas “Super Eagles”, o atleta conseguiria manter-se na linha da frente e seria convocado a jogar a Taça das Confederações de 1995. É então que, entre outros convites, surge o interesse de um dos “3 grandes” – “No caso do Sporting lembro-me bem, foi mesmo o Farense que me pediu para ficar e eu aceitei. Foi no final da época em que nos apurámos para a Taça UEFA. Não queriam que eu saísse e eu pensei que jogar a Taça UEFA ia ser muito bom e como gostava muito da minha vida no Algarve escolhi ficar”*.
Tendo ficado mais ano e meio em Portugal, o convite do Hércules faria com que Peter Rufai, já no decorrer da temporada de 1996/97, mudasse de país. Meia temporada no patamar cimeiro espanhol, seria suficiente para que um dos maiores emblemas da “La Liga” o contratasse. No Deportivo La Coruña, ainda que na sombra do camaronês Jacques Songo’o, o guardião viveria o sonho de jogar num clube de grande dimensão. Curiosamente, e mesmo sem conquistar a titularidade, o seu estatuto na selecção nigeriana manter-se-ia intocável. A prova disso mesmo viria com a convocatória para o Mundial de 1998, onde conseguiria ser um dos esteios da equipa.
Foi ainda durante a passagem pela Galiza que o seu pai acabaria por falecer. A questão da sucessão ao trono fica então em cima da mesa e, para resolver esse assunto, Peter Rufai viaja até ao seu país. Contudo, e ao contrário da pretensão da sua família, o jogador acabaria por abdicar – “Nunca quis ser Rei. Se aceitasse não poderia ser futebolista. Eu sei que ia ter uma vida boa, porque eu sei como viviam os meus pais. Mas aquilo não era para mim. Não me fazia feliz. Eu queria era o futebol”*.
Já depois de ter posto um ponto final na sua carreira, decisão tomada após uma temporada ao serviço do Gil Vicente, Rufai fez questão de manter a ligação à modalidade. Tirou o curso de treinador no Reino Unido (1999/00), começou a trabalhar com jovens na Bélgica e acabaria por fundar o seu próprio empreendimento. O antigo futebolista é o mentor do projecto Dodo Mayana Soccerthon e, de volta ao seu país natal, tem ajudado a formar novos talentos e a lançá-los profissionalmente.
*retirado do artigo de João Tiago Figueiredo, em www.maisfutebol.iol.pt, publicado a 21/01/2016
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