Feito nas escolas do Atlético, seria no emblema do popular bairro de Alcântara que Nogueira chegaria aos seniores. Na equipa principal, e com a colectividade lisboeta a militar entre os dois primeiros escalões do futebol nacional, a fama do médio foi crescendo.
Depois de meia-dúzia de temporadas de amarelo e azul, e com os da Tapadinha a perderem-se definitivamente nas divisões secundárias, o atleta acabaria por dar continuidade ao seu percurso profissional com as cores de um dos clubes com mais tradição em Portugal. Sendo um centrocampista bastante aguerrido, seria essa sua combatividade que levaria o Sporting de Braga a adquiri-lo para a temporada de 1975/76. Contudo, esse ingresso nos “Guerreiros do Minho” serviria apenas de salto para o Boavista. Ora, já no Bessa, onde passaria as 3 épocas seguintes, as suas exibições levariam a que sua cotação subisse ainda mais. Foi por essa altura que um dos “3 grandes” haveria de tentar a sua contratação – “Ao longo da minha carreira, errei ao assinar contratos longos, de três anos. Quando estava no Boavista, recebi um convite do Sporting. Lesionei-me no joelho e fiz a minha recuperação em Alvalade, com o médico Branco do Amaral. Foi o próprio Sporting que me operou e estava previsto que assinasse pelo Sporting na época seguinte, mas o Valentim Loureiro (presidente do Boavista, na altura) pediu muito dinheiro”*.
Gorada a ida para Alvalade, o destino do atleta levá-lo-ia, na mesma, de volta a Lisboa! Com o Belenenses, e numa altura em que pelo Boavista já tinha vencido 1 Taça de Portugal (1978/79), Nogueira viveria os melhores anos da sua carreira. Resultado desse sucesso, o médio conseguiria a sua primeira, e única, chamada à principal selecção “lusa”. Convocado por Juca, seu antigo treinador nos da “Cruz de Cristo”, Nogueira faria a estreia com a camisola da selecção portuguesa num “particular” frente à Espanha. Nessa partida disputada no Estádio das Antas em Junho de 1981, o jogador acabaria também por contribuir para o resultado final de 2-0 – “Peguei na bola a meio-campo, passei a bola por baixo das pernas do Camacho, à entrada onde área, voltei a pôr a bola por entre as pernas de um adversário e à saída do Arconada, que na altura era o melhor guarda-redes do mundo, meti-lhe a bola também por baixo das pernas!”*.
Apesar de já ter passado a barreira dos 30, os anos em que jogou pelo Belenenses levá-lo-iam, finalmente, a vestir de “verde e branco”. No Sporting faria parte de um trio de centrocampistas composto também por Ademar e Virgílio. A força que os referidos atletas davam ao meio-campo leonino, contribuiria para que os de Alvalade conseguissem conquistar a “dobradinha” de 1981/82. Nogueira venceria mais uma Taça de Portugal e, sendo esse o troféu mais importante da sua carreira, adicionaria ao seu palmarés o título de campeão nacional. Mesmo assim, e sendo um dos homens mais utilizados dessa e da campanha seguinte, a saída de Malcolm Allison acabaria por pôr em causa a sua continuidade no clube – “Já tinha 32 anos, mas na época anterior até tinha sido titular indiscutível e o meu contrato só terminava um ano depois. Mas disseram-me que o António Oliveira não contava comigo. Isto apesar do treinador até ser o Joseph Venglos, só que o Oliveira tinha muito poder… Se calhar, ficou com ciúmes por eu ter sido considerado o melhor médio do campeonato quando fomos campeões e a ele não lhe ter sido entregue qualquer prémio!”*.
O pouco que restaria da sua carreira, passá-la-ia ao serviço do Recreio de Águeda e União de Almeirim. Depois de, ainda com as cores da equipa do distrito de Aveiro, disputar uma última temporada na 1ª divisão (1983/84), Nogueira passaria a militar nos escalões inferiores do nosso futebol. O fim do seu percurso profissional aconteceria no final da campanha de 1987/88 e ao serviço da referida equipa ribatejana. Após “pendurar as chuteiras”, o antigo internacional ainda chegaria a orientar algumas equipas de menor monta. Depois chegaria a trabalhar para o jornal “O Jogo”, onde cumpria as funções de chefe de expedição. Anos mais tarde enveredaria por um caminho completamente diferente, dedicando-se ao comércio de peixe.
Depois de meia-dúzia de temporadas de amarelo e azul, e com os da Tapadinha a perderem-se definitivamente nas divisões secundárias, o atleta acabaria por dar continuidade ao seu percurso profissional com as cores de um dos clubes com mais tradição em Portugal. Sendo um centrocampista bastante aguerrido, seria essa sua combatividade que levaria o Sporting de Braga a adquiri-lo para a temporada de 1975/76. Contudo, esse ingresso nos “Guerreiros do Minho” serviria apenas de salto para o Boavista. Ora, já no Bessa, onde passaria as 3 épocas seguintes, as suas exibições levariam a que sua cotação subisse ainda mais. Foi por essa altura que um dos “3 grandes” haveria de tentar a sua contratação – “Ao longo da minha carreira, errei ao assinar contratos longos, de três anos. Quando estava no Boavista, recebi um convite do Sporting. Lesionei-me no joelho e fiz a minha recuperação em Alvalade, com o médico Branco do Amaral. Foi o próprio Sporting que me operou e estava previsto que assinasse pelo Sporting na época seguinte, mas o Valentim Loureiro (presidente do Boavista, na altura) pediu muito dinheiro”*.
Gorada a ida para Alvalade, o destino do atleta levá-lo-ia, na mesma, de volta a Lisboa! Com o Belenenses, e numa altura em que pelo Boavista já tinha vencido 1 Taça de Portugal (1978/79), Nogueira viveria os melhores anos da sua carreira. Resultado desse sucesso, o médio conseguiria a sua primeira, e única, chamada à principal selecção “lusa”. Convocado por Juca, seu antigo treinador nos da “Cruz de Cristo”, Nogueira faria a estreia com a camisola da selecção portuguesa num “particular” frente à Espanha. Nessa partida disputada no Estádio das Antas em Junho de 1981, o jogador acabaria também por contribuir para o resultado final de 2-0 – “Peguei na bola a meio-campo, passei a bola por baixo das pernas do Camacho, à entrada onde área, voltei a pôr a bola por entre as pernas de um adversário e à saída do Arconada, que na altura era o melhor guarda-redes do mundo, meti-lhe a bola também por baixo das pernas!”*.
Apesar de já ter passado a barreira dos 30, os anos em que jogou pelo Belenenses levá-lo-iam, finalmente, a vestir de “verde e branco”. No Sporting faria parte de um trio de centrocampistas composto também por Ademar e Virgílio. A força que os referidos atletas davam ao meio-campo leonino, contribuiria para que os de Alvalade conseguissem conquistar a “dobradinha” de 1981/82. Nogueira venceria mais uma Taça de Portugal e, sendo esse o troféu mais importante da sua carreira, adicionaria ao seu palmarés o título de campeão nacional. Mesmo assim, e sendo um dos homens mais utilizados dessa e da campanha seguinte, a saída de Malcolm Allison acabaria por pôr em causa a sua continuidade no clube – “Já tinha 32 anos, mas na época anterior até tinha sido titular indiscutível e o meu contrato só terminava um ano depois. Mas disseram-me que o António Oliveira não contava comigo. Isto apesar do treinador até ser o Joseph Venglos, só que o Oliveira tinha muito poder… Se calhar, ficou com ciúmes por eu ter sido considerado o melhor médio do campeonato quando fomos campeões e a ele não lhe ter sido entregue qualquer prémio!”*.
O pouco que restaria da sua carreira, passá-la-ia ao serviço do Recreio de Águeda e União de Almeirim. Depois de, ainda com as cores da equipa do distrito de Aveiro, disputar uma última temporada na 1ª divisão (1983/84), Nogueira passaria a militar nos escalões inferiores do nosso futebol. O fim do seu percurso profissional aconteceria no final da campanha de 1987/88 e ao serviço da referida equipa ribatejana. Após “pendurar as chuteiras”, o antigo internacional ainda chegaria a orientar algumas equipas de menor monta. Depois chegaria a trabalhar para o jornal “O Jogo”, onde cumpria as funções de chefe de expedição. Anos mais tarde enveredaria por um caminho completamente diferente, dedicando-se ao comércio de peixe.
*retirado de http://atascadocherba.com/, citando artigo publicado no Jornal Sporting a 22/05/2013
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