Era ainda um aluno do liceu quando, na Académica do Mindelo, começa a dar os primeiros chutos na bola. A vontade de continuar os estudos e a ilusão de poder construir um futuro no futebol, levá-lo-ia a querer mudar-se para Coimbra. Juntamente com dois amigos, tal como ele de famílias modestas, decidem ir falar com o Governador de Cabo Verde e pedir ajuda. O auxílio chegaria na forma de bolsa que, a dividir pelos três rapazes, tinha duração de apenas 6 meses.
Mesmo com tão escasso recurso, os amigos não pensaram duas vezes. Viajam para Portugal e, aí chegados, dão forma aos seus sonhos. Todavia, para Jorge Humberto havia algo mais a perseguir. Feitas provas na “Briosa”, a velocidade que apresentava em campo, a força física e a facilidade com acertava nas balizas adversárias abrir-lhe-iam um lugar nos juniores da equipa conimbricense. Já no campo académico, a dúvida entre Engenharia e Medicina depressa desapareceria. O atleta decidir-se-ia por atacar a vida de médico e, entre os livros e as chuteiras, lá ia alinhavando o seu futuro.
Pertencendo a uma das mais brilhantes gerações da Académica de Coimbra, onde a figura do atleta-estudante era a alma da equipa, Jorge Humberto chega à primeira categoria. Maló, Manuel António, os irmãos Mário e Vítor Campos ou Artur Jorge seriam alguns dos nomes que o acompanhariam nessa aventura. Em 1956/57, Cândido de Oliveira dá-lhe a oportunidade de fazer a estreia pela equipa principal. Contudo, o azar bate-lhe à porta e a grave lesão contraída nesse jogo chega a pôr a sua carreira em causa. Recupera. Ainda volta aos juniores, mas a sua qualidade, de tão inegável que era, não o afastaria por muito mais tempo dos grandes palcos do futebol.
Já no rescaldo da temporada de 1960/61, e em plena época de exames, Jorge Humberto recebe um telefonema estranho. Do outro lado da linha, convidando-o a juntar-se ao Inter de Milão, apresentava-se o treinador Helenio Herrera. Acreditando tratar-se de uma partida, o avançado desligaria a primeira chamada. Perante a insistência de quem ligava, foi então que o jogador decide pedir que asseverassem a veracidade de tal conversa, com o envio de um telegrama. A confirmação chegaria pouco tempo depois e a surpresa daria lugar a um sentimento arrebatador.
Em Milão, para onde viajaria a fim de jogar uma partida amigável, o avançado causaria boa impressão. Os golos marcados ao Spartak assegurar-lhe-iam um lugar no meio de atletas como Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti ou Lorenzo Buffon. Mesmo tendo características que agradavam ao já referido técnico argentino, a verdade é que a limitação de dois estrangeiros imposta pela liga italiana, influenciaria a afirmação do atacante. Com o espanhol Luis Suárez e o inglês Gerry Hitchens à sua frente, Jorge Humberto poucas oportunidades conseguiria durante a temporada passada com as cores “Nerazzurri”. Seguir-se-iam dois anos no Vicenza. Todavia, a vontade de terminar o curso de medicina sobrepor-se-ia à proposta para continuar no “calcio”, acabando o atleta por regressar a Portugal.
Depois de 2 mais épocas na Académica, a decisão de pôr um ponto final na carreira de futebolista precipitar-se-ia com o surgimento de uma grave lesão. Nesse mesmo de 1966, termina também o curso. Depois veio o destacamento para a guerra em Angola e o adiar de mais um sonho. Essa meta, a da especialização em Pediatria, conclui-la-ia passados alguns anos. Desde então, essa tem sido a sua ocupação, a qual, nos anos 80, levá-lo-ia a mudar-se para Macau.
Mesmo com tão escasso recurso, os amigos não pensaram duas vezes. Viajam para Portugal e, aí chegados, dão forma aos seus sonhos. Todavia, para Jorge Humberto havia algo mais a perseguir. Feitas provas na “Briosa”, a velocidade que apresentava em campo, a força física e a facilidade com acertava nas balizas adversárias abrir-lhe-iam um lugar nos juniores da equipa conimbricense. Já no campo académico, a dúvida entre Engenharia e Medicina depressa desapareceria. O atleta decidir-se-ia por atacar a vida de médico e, entre os livros e as chuteiras, lá ia alinhavando o seu futuro.
Pertencendo a uma das mais brilhantes gerações da Académica de Coimbra, onde a figura do atleta-estudante era a alma da equipa, Jorge Humberto chega à primeira categoria. Maló, Manuel António, os irmãos Mário e Vítor Campos ou Artur Jorge seriam alguns dos nomes que o acompanhariam nessa aventura. Em 1956/57, Cândido de Oliveira dá-lhe a oportunidade de fazer a estreia pela equipa principal. Contudo, o azar bate-lhe à porta e a grave lesão contraída nesse jogo chega a pôr a sua carreira em causa. Recupera. Ainda volta aos juniores, mas a sua qualidade, de tão inegável que era, não o afastaria por muito mais tempo dos grandes palcos do futebol.
Já no rescaldo da temporada de 1960/61, e em plena época de exames, Jorge Humberto recebe um telefonema estranho. Do outro lado da linha, convidando-o a juntar-se ao Inter de Milão, apresentava-se o treinador Helenio Herrera. Acreditando tratar-se de uma partida, o avançado desligaria a primeira chamada. Perante a insistência de quem ligava, foi então que o jogador decide pedir que asseverassem a veracidade de tal conversa, com o envio de um telegrama. A confirmação chegaria pouco tempo depois e a surpresa daria lugar a um sentimento arrebatador.
Em Milão, para onde viajaria a fim de jogar uma partida amigável, o avançado causaria boa impressão. Os golos marcados ao Spartak assegurar-lhe-iam um lugar no meio de atletas como Sandro Mazzola, Giacinto Facchetti ou Lorenzo Buffon. Mesmo tendo características que agradavam ao já referido técnico argentino, a verdade é que a limitação de dois estrangeiros imposta pela liga italiana, influenciaria a afirmação do atacante. Com o espanhol Luis Suárez e o inglês Gerry Hitchens à sua frente, Jorge Humberto poucas oportunidades conseguiria durante a temporada passada com as cores “Nerazzurri”. Seguir-se-iam dois anos no Vicenza. Todavia, a vontade de terminar o curso de medicina sobrepor-se-ia à proposta para continuar no “calcio”, acabando o atleta por regressar a Portugal.
Depois de 2 mais épocas na Académica, a decisão de pôr um ponto final na carreira de futebolista precipitar-se-ia com o surgimento de uma grave lesão. Nesse mesmo de 1966, termina também o curso. Depois veio o destacamento para a guerra em Angola e o adiar de mais um sonho. Essa meta, a da especialização em Pediatria, conclui-la-ia passados alguns anos. Desde então, essa tem sido a sua ocupação, a qual, nos anos 80, levá-lo-ia a mudar-se para Macau.
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