Benfiquista desde que a memória o consente, seria a mudança para a Angola que permitiria a Espírito Santo dar os primeiros passos no futebol. Longe da sua Lisboa natal e do clube do coração, a melhor solução encontrada para dar seguimento à paixão pelo jogo da bola seria o Sport Luanda e Benfica. Na filial das “Águias” estaria até que a sua mãe, insatisfeita por o jovem dar mais atenção ao desporto que aos estudos, o mandar de volta à metrópole e a casa dos avós. Contudo, já na capital, os intentos da sua progenitora sairiam gorados. O atleta decide inscrever-se nos treinos do Benfica, agrada e fica!
Tendo a agilidade de reflexos e a velocidade como grandes armas, a sua habilidade para marcar golos também não ficava muito atrás. Tudo junto faria com que, logo de início, conseguisse impressionar os responsáveis técnicos. Vítor Gonçalves, sem medo de arriscar, decide apostar no jogador para substituir o incontornável Vítor Silva. No lugar do seu ídolo de infância, a estreia de Espírito Santo ficaria na história do clube. Nessa temporada de 1936/37, o avançado-centro tornar-se-ia no mais jovem de sempre a jogar e a concretizar um golo pela equipa principal. Aliás, muitos foram os recordes que coloririam a sua carreira. Frente ao Casa Pia, numa partida a contar para o “regional alfacinha”, 9 golos por si concretizados permitiriam o quebrar de mais uma marca. Todavia, e ainda nesse campo, onde mais metas conquistaria seria… no atletismo!
É curiosa sua história. Diz-se que num dia em que treinava futebol, a saída da bola pela lateral mudaria o rumo da sua vida. Indo atrás do esférico, e estando os atletas do salto em altura a treinar à beira do campo, Espírito Santo decide galgar por cima de um obstáculo que o atrapalhava naquela perseguição. Sem bem entender o porquê, aquele pulo surpreenderia todos aqueles que ali estavam. A razão? O jovem futebolista tinha conseguido, sem qualquer preparação prévia, elevar-se até onde nenhum dos praticantes da modalidade tinha ainda conseguido. Ora, tal exibição só poderia acabar de uma maneira. Com a sua inclusão na equipa de atletismo, os resultados não demorariam muito a aparecer. Após uma fase inicial de adaptação, no Verão de 1938 os recordes nacionais do salto em altura, salto em comprimento e triplo salto passam a ter o seu nome.
A selecção nacional, incontestavelmente, também faria parte do seu currículo. Ainda assim, seria no rescaldo de uma partida com as cores de Portugal que Espírito Santo encetaria um dos períodos mais negros da sua vida. Depois de um jogo disputado em Bilbau, o seu estado de saúde ficaria pior. Agravada uma doença pulmonar que o afectava há alguns anos, o único remédio foi afastar-se da prática desportiva. No entanto, aquilo que todos pensavam ser uma solução de curto prazo, prolongar-se-ia por mais de 3 anos. Findo esse calvário, o avançado regressaria na segunda metade de 1943/44. Passando a jogar a extremo, o atleta juntaria ao já ganho mais alguns troféus. No cômputo desses dois períodos, e só no futebol, o atacante venceria 4 Campeonatos Nacionais, 3 Taça de Portugal e 1 Campeonato de Lisboa.
Em 1950, e depois de ter capitaneado o Benfica durante diversos jogos, Espírito Santo decidiria ser a hora certa para “pendurar as chuteiras”. Contudo, o seu trajecto como desportista prosseguiria. Mantendo a ligação aos “Encarnados”, o antigo futebolista passaria a jogar ténis. O vínculo com o clube, que manteria até aos últimos anos da sua vida, transformar-se-ia em merecidas distinções. Em 2000, seria agraciado com a “Águia de Ouro”. Já em 2004, pela altura da comemoração dos 100 anos do emblema lisboeta, seria nomeado Presidente Honorário do Centenário.
Tendo a agilidade de reflexos e a velocidade como grandes armas, a sua habilidade para marcar golos também não ficava muito atrás. Tudo junto faria com que, logo de início, conseguisse impressionar os responsáveis técnicos. Vítor Gonçalves, sem medo de arriscar, decide apostar no jogador para substituir o incontornável Vítor Silva. No lugar do seu ídolo de infância, a estreia de Espírito Santo ficaria na história do clube. Nessa temporada de 1936/37, o avançado-centro tornar-se-ia no mais jovem de sempre a jogar e a concretizar um golo pela equipa principal. Aliás, muitos foram os recordes que coloririam a sua carreira. Frente ao Casa Pia, numa partida a contar para o “regional alfacinha”, 9 golos por si concretizados permitiriam o quebrar de mais uma marca. Todavia, e ainda nesse campo, onde mais metas conquistaria seria… no atletismo!
É curiosa sua história. Diz-se que num dia em que treinava futebol, a saída da bola pela lateral mudaria o rumo da sua vida. Indo atrás do esférico, e estando os atletas do salto em altura a treinar à beira do campo, Espírito Santo decide galgar por cima de um obstáculo que o atrapalhava naquela perseguição. Sem bem entender o porquê, aquele pulo surpreenderia todos aqueles que ali estavam. A razão? O jovem futebolista tinha conseguido, sem qualquer preparação prévia, elevar-se até onde nenhum dos praticantes da modalidade tinha ainda conseguido. Ora, tal exibição só poderia acabar de uma maneira. Com a sua inclusão na equipa de atletismo, os resultados não demorariam muito a aparecer. Após uma fase inicial de adaptação, no Verão de 1938 os recordes nacionais do salto em altura, salto em comprimento e triplo salto passam a ter o seu nome.
A selecção nacional, incontestavelmente, também faria parte do seu currículo. Ainda assim, seria no rescaldo de uma partida com as cores de Portugal que Espírito Santo encetaria um dos períodos mais negros da sua vida. Depois de um jogo disputado em Bilbau, o seu estado de saúde ficaria pior. Agravada uma doença pulmonar que o afectava há alguns anos, o único remédio foi afastar-se da prática desportiva. No entanto, aquilo que todos pensavam ser uma solução de curto prazo, prolongar-se-ia por mais de 3 anos. Findo esse calvário, o avançado regressaria na segunda metade de 1943/44. Passando a jogar a extremo, o atleta juntaria ao já ganho mais alguns troféus. No cômputo desses dois períodos, e só no futebol, o atacante venceria 4 Campeonatos Nacionais, 3 Taça de Portugal e 1 Campeonato de Lisboa.
Em 1950, e depois de ter capitaneado o Benfica durante diversos jogos, Espírito Santo decidiria ser a hora certa para “pendurar as chuteiras”. Contudo, o seu trajecto como desportista prosseguiria. Mantendo a ligação aos “Encarnados”, o antigo futebolista passaria a jogar ténis. O vínculo com o clube, que manteria até aos últimos anos da sua vida, transformar-se-ia em merecidas distinções. Em 2000, seria agraciado com a “Águia de Ouro”. Já em 2004, pela altura da comemoração dos 100 anos do emblema lisboeta, seria nomeado Presidente Honorário do Centenário.
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