1017 - MÁRIO JORGE

Seria com o Estoril Praia, emblema onde terminaria o seu percurso formativo, que Mário Jorge daria os primeiros passos como sénior. Depois de alguns anos no escalão secundário, a subida do clube da Linha de Cascais ao patamar máximo do futebol português acabaria por pôr o jogador numa posição de destaque. Com Fernando Santos a confiar ao atleta um lugar no “onze” inicial, a sua evolução levá-lo-ia, em primeiro lugar, às convocatórias dos sub-21 de Portugal. Depois da selecção, e no final dessa temporada de 1991/92, viria o desfio de um dos “3 grandes” e a transferência para o Benfica.
Na “Luz”, o médio, que poderia colocar-se no centro ou na direita do sector intermediário, ver-se-ia confrontado com uma forte concorrência. Como colegas de posição, Mário Jorge acabaria por partilhar o balneário com nomes como Kulkov, Paulo Sousa, Hêrnani, Vítor Paneira ou até Schwarz. Tamanho rol de craques tornariam a sua passagem pelos “Encarnados” num autêntico deserto exibicional. Sem conseguir qualquer oportunidade para entrar em campo, a solução encontrada para a sua carreira seria a mais óbvia. Nesse sentido, e no final da campanha em que tinha entrado para o clube, a sua dispensa levá-lo-ia até ao Estrela da Amadora.
Na Reboleira começaria por trabalhar com João Alves. Seria, no entanto, com a chegada do seu antigo treinador no Estoril Praia que Mário Jorge voltaria a merecer um destaque especial. Mantendo-se como titular e como uma das principais figuras do Estrela da Amadora, o rescaldo da temporada de 1994/95 voltaria a pôr o médio na rota de um desafio maior. Porém, e tal como tinha acontecido na passagem pelas “Águias”, a sua experiência no outro lado da 2ª Circular traria os mesmos resultados. Aliás, o tempo passado em Alvalade seria menor do que aquele vivido com as cores do Benfica. Sem conseguir convencer Carlos Queiroz a dar-lhe um lugar no plantel leonino, o centrocampista, semanas após a sua chegada, acabaria emprestado ao Marítimo.
Depois dos “Insulares”, o regresso ao Estrela da Amadora dar-se-ia em 1996/97 e com a bênção, mais uma vez, de Fernando Santos. Curiosamente, as duas campanhas realizadas pelos da Linha de Sintra lançariam Mário Jorge para outro desafio. Dessa feita no estrangeiro, o convite surgiria do Leganés, que, à altura, disputava o 2º escalão espanhol. Alegando, motivos familiares, o retorno a Portugal materializar-se-ia um ano depois. O Campomaiorense abrir-lhe-ia as portas, para que voltasse ao nosso Campeonato. Nos alentejanos cumpriria as últimas campanhas no patamar máximo, completando, no fim dessas 2 épocas, 9 temporadas na 1ª divisão.
Antes ainda de começar a dedicar-se às tarefas de treinador, Mário Jorge representaria outros emblemas. Imortal e Abrantes, intercalados pela experiência nos canadianos Vancouver Whitecaps, serviriam para dar mais cor ao seu percurso. Numa fase seguinte, e quando já exercia a profissão de técnico de forma exclusiva, o centrocampista ainda teria tempo para uma “perninha” no 9 Abril de Trajouce. A orientar equipas de futebol, o antigo praticante construiria um currículo feito em conjuntos amadores. Destaque também para a sua passagem pelo desporto feminino e pelo 1º Dezembro, onde daria o seu contributo para a vitória em 2 Campeonatos Nacionais.

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