Tendo chegado ao estrelato
pelos Greyhounds, equipa de futebol da Universidade de Loyola, Zach Thornton,
paralelamente, haveria também de praticar Lacrosse. Mesmo dividido entre os dois
desportos, e já findo o capítulo académico, seria o apelo do “soccer” que
levaria o guardião a tornar-se profissional. Os MetroStars, numa altura em que
já era internacional “A”, abrir-lhe-iam as portas da MLS (Major League Soccer)
em 1996. Contudo, seria a transferência para outro dos conjuntos da principal
liga norte-americana que daria ao jovem jogador as primeiras notas de destaque.
Com Tony Meola como
principal concorrente a um lugar na baliza, e depois de poucas oportunidades
ganhas ao serviço do conjunto sediado no Estado de New Jersey, a sua mudança
para os Chicago Fire alteraria por completo o pragmatismo do seu, ainda curto,
percurso profissional. Em Illinois, mesmo tendo Jorge Campos como colega de
balneário, Zach Thornton conseguiria vingar no “onze” inicial. Logo em 1998,
época da sua chegada, o currículo do guardião ficaria colorido pelos primeiros
títulos. As vitórias na MLS Cup e na US Open Cup acabariam sublinhadas pela
presença no jogo “All-Stars” e, principalmente, pela conquista do Prémio de
guarda-redes do ano.
Mantendo-se ao serviço do
mesmo emblema, os anos seguintes continuariam a trazer troféus ao seu caminho.
Com novas vitórias na US Open Cup em 2000 e 2003 e a conquista do MLS
Supporters Shield de 2003, Zach Thornton lograria ver a sua fama crescer. Como
resultado dessa evolução, na carreira do futebolista abrir-se-iam as portas a
uma novidade. Tendo sido orientado por Daniel Gaspar na selecção olímpica do
seu país, seria o treinador de guarda-redes, à altura a trabalhar no Benfica,
que aconselharia a sua contratação. Tendo afirmado, na altura de rubricar o
contrato que “O meu objectivo é ajudar o clube a manter a tradição, pois sei
que já venceram vários campeonatos e que já foram campeões europeus”*, o
guardião teria a oportunidade de fazer parte do plantel que venceria a Taça de
Portugal de 2003/04.
Em abono da verdade, Zach
Thornton não chegaria a jogar pela equipa principal “encarnada”. Faria apenas
umas partidas pelos “bb” do Benfica e, não vendo accionada a cláusula que prolongaria
a sua ligação às “Águias”, partiria para a América do Norte. O regresso aos
Chicago Fire, porém, tornar-se-ia igualmente penoso. Não tendo disputado
qualquer desafio em 2004, só na temporada seguinte é que o guarda-redes
voltaria a competir.
Passando, desde aí, a ser
escalonado com regularidade, 2007 transformar-se-ia em ano para nova mudança.
Colorado Rapids e New York Red Bulls tornar-se-iam no “intermezzo” para a sua
ligação com os Chivas USA. Naquela que acabaria por tornar-se na última equipa enquanto
jogador, o guardião, ao voltar a vencer em 2009 o Prémio de Melhor Guarda-Redes
do ano, conseguiria recuperar a glória individual.
O final da temporada de
2011 representaria também o fim da sua carreira enquanto futebolista. Ainda
assim, ficaria ligado à modalidade, mas como técnico. Nas funções de treinador
de guarda-redes, Zach Thornton haveria de começar pela sua antiga universidade
para, em 2015, passar a fazer parte dos quadros do DC United.
*Retirado
do artigo de Irene Palma, publicado a 1 de Fevereiro de 2004, em
https://maisfutebol.iol.pt/
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