Formado no Dínamo de Tirana, a rápida ascensão na equipa da capital albanesa levá-lo-ia a ser tido como uma das promessas mais valiosas do seu país. Para provar tal potencial nada melhor que a estreia na selecção principal. Com apenas 16 anos de idade, Eduard Abazaj seria chamado ao apuramento para o Mundial de 1986, onde, numa partida frente à Grécia, conseguiria a sua primeira internacionalização.
Depois dessa partida inicial, o defesa teria que esperar sensivelmente 4 anos e meio para conseguir jogar novamente pela Albânia. Pelo clube, a sua evolução corroboraria tudo aquilo que dele havia sido dito. Podendo posicionar à esquerda e no centro do sector mais recuado, Abazaj, com o passar dos jogos, conseguiria tornar-se num dos elementos mais importantes das estratégias tácticas da sua equipa. Muito mais do que a polivalência mostrada dentro de campo, o jovem atleta apresentaria outras características que aumentariam o seu valor. Aguerrido, disciplinado e com uma técnica superior a muitos da sua posição, o jogador veria o seu valor crescer.
O que também elevaria a sua cotação, seriam os títulos conquistados colectivamente. Sendo o Dínamo de Tirana uma das potências do futebol albanês, seria com alguma naturalidade que a glória chegaria ao seu trajecto. As vitória na Liga de 1985/86, na Taça de 1988/89, e, principalmente, a “dobradinha” ganha em 1989/90, acabariam por servir de incentivo a uma nova mudança. Com o antigo Bloco de Leste mais permissivo a movimentações, o Hajduk Split, na temporada de 1990/91, decidir-se-ia pela sua contratação. No emblema croata, que à data ainda concorria no contexto competitivo da Jugoslávia, conseguiria conquistar um lugar. Mais uma vez, os troféus iriam enriquecer o seu currículo. O 1º lugar em 1992, tomado naquela que viria a ser a 1ª edição da Liga croata, seria apoiado por mais 1 Taça e 2 Supertaças. Com tudo isso, o defesa estabelecer-se-ia como um dos nomes habituais nas convocatórias da selecção e uma das grandes estrelas do seu país.
O interesse de outros emblemas, e de outros campeonatos, serviriam também para asseverar o seu valor. Antes ainda da chegada a Portugal, certos registos dão-nos conta que o defesa poderá ter tido experiências noutros países. Uma curta passagem pelos austríacos do Grazer AK, segundo o que é veiculado por algumas fontes, terá sido precedida pelo “namoro” com o Benfica. Sendo fiel a referida informação, o emblema da “Luz”, depois de contratar o jogador, tê-lo-á cedido aos croatas do HNK Sibenik. Mesmo com todas essas dúvidas, o certo é que Abazaj faria a pré-temporada de 1994/95 com as “Águias”. Rezam algumas crónicas que o excesso de extracomunitários e a recusa a um casamento “arranjado” terão inviabilizado a sua continuidade nos “Encarnados”. Todavia, o jogador haveria de desmentir tais boatos – “Quando cheguei a Portugal, assinei pelo Benfica, mas não fiquei por opção própria. Tinha contrato e fui convidado a ficar, mas o Benfica tinha quatro jogadores estrangeiros e surgiu o Boavista, portanto preferi ser emprestado. Não me arrependo”*.
A boa temporada nos “Axadrezados” levaria o Manchester City a investir na sua contratação. No entanto, a passagem por Inglaterra seria curta e infrutífera. Sem hipóteses de jogar, o atleta acabaria, já a meio da temporada de 1995/96, por vestir as cores da Académica. No emblema de Coimbra, viveria os melhores anos do seu período em Portugal. Mantendo-se ao longo de 4 campanhas como titular, Abazaj ajudaria à subida da “Briosa” em 1997/98. Com o regresso à 1ª divisão, e sem nunca baixar o nível exibicional, o internacional encetaria a derradeira etapa da carreira como futebolista. Depois dos conimbricenses, tempo ainda para uma “perninha” nos “regionais” com a camisola dos Marialvas, e ainda o regresso ao seu país. No Shkumbini teria também a primeira experiência como treinador. Nas referidas funções, e já de volta ao nosso país, haveria de, igualmente, ganhar currículo. Clubes de menor monta e o trabalho com jovens marcariam essa fase. Hoje em dia, Abazaj vive um pouco desligado do desporto e, tendo fixado residência em Coimbra, gere um café.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 13/10/2008, em https://maisfutebol.iol.pt
Depois dessa partida inicial, o defesa teria que esperar sensivelmente 4 anos e meio para conseguir jogar novamente pela Albânia. Pelo clube, a sua evolução corroboraria tudo aquilo que dele havia sido dito. Podendo posicionar à esquerda e no centro do sector mais recuado, Abazaj, com o passar dos jogos, conseguiria tornar-se num dos elementos mais importantes das estratégias tácticas da sua equipa. Muito mais do que a polivalência mostrada dentro de campo, o jovem atleta apresentaria outras características que aumentariam o seu valor. Aguerrido, disciplinado e com uma técnica superior a muitos da sua posição, o jogador veria o seu valor crescer.
O que também elevaria a sua cotação, seriam os títulos conquistados colectivamente. Sendo o Dínamo de Tirana uma das potências do futebol albanês, seria com alguma naturalidade que a glória chegaria ao seu trajecto. As vitória na Liga de 1985/86, na Taça de 1988/89, e, principalmente, a “dobradinha” ganha em 1989/90, acabariam por servir de incentivo a uma nova mudança. Com o antigo Bloco de Leste mais permissivo a movimentações, o Hajduk Split, na temporada de 1990/91, decidir-se-ia pela sua contratação. No emblema croata, que à data ainda concorria no contexto competitivo da Jugoslávia, conseguiria conquistar um lugar. Mais uma vez, os troféus iriam enriquecer o seu currículo. O 1º lugar em 1992, tomado naquela que viria a ser a 1ª edição da Liga croata, seria apoiado por mais 1 Taça e 2 Supertaças. Com tudo isso, o defesa estabelecer-se-ia como um dos nomes habituais nas convocatórias da selecção e uma das grandes estrelas do seu país.
O interesse de outros emblemas, e de outros campeonatos, serviriam também para asseverar o seu valor. Antes ainda da chegada a Portugal, certos registos dão-nos conta que o defesa poderá ter tido experiências noutros países. Uma curta passagem pelos austríacos do Grazer AK, segundo o que é veiculado por algumas fontes, terá sido precedida pelo “namoro” com o Benfica. Sendo fiel a referida informação, o emblema da “Luz”, depois de contratar o jogador, tê-lo-á cedido aos croatas do HNK Sibenik. Mesmo com todas essas dúvidas, o certo é que Abazaj faria a pré-temporada de 1994/95 com as “Águias”. Rezam algumas crónicas que o excesso de extracomunitários e a recusa a um casamento “arranjado” terão inviabilizado a sua continuidade nos “Encarnados”. Todavia, o jogador haveria de desmentir tais boatos – “Quando cheguei a Portugal, assinei pelo Benfica, mas não fiquei por opção própria. Tinha contrato e fui convidado a ficar, mas o Benfica tinha quatro jogadores estrangeiros e surgiu o Boavista, portanto preferi ser emprestado. Não me arrependo”*.
A boa temporada nos “Axadrezados” levaria o Manchester City a investir na sua contratação. No entanto, a passagem por Inglaterra seria curta e infrutífera. Sem hipóteses de jogar, o atleta acabaria, já a meio da temporada de 1995/96, por vestir as cores da Académica. No emblema de Coimbra, viveria os melhores anos do seu período em Portugal. Mantendo-se ao longo de 4 campanhas como titular, Abazaj ajudaria à subida da “Briosa” em 1997/98. Com o regresso à 1ª divisão, e sem nunca baixar o nível exibicional, o internacional encetaria a derradeira etapa da carreira como futebolista. Depois dos conimbricenses, tempo ainda para uma “perninha” nos “regionais” com a camisola dos Marialvas, e ainda o regresso ao seu país. No Shkumbini teria também a primeira experiência como treinador. Nas referidas funções, e já de volta ao nosso país, haveria de, igualmente, ganhar currículo. Clubes de menor monta e o trabalho com jovens marcariam essa fase. Hoje em dia, Abazaj vive um pouco desligado do desporto e, tendo fixado residência em Coimbra, gere um café.
*retirado do artigo de Vítor Hugo Alvarenga, publicado a 13/10/2008, em https://maisfutebol.iol.pt
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