1032 - VIVAS


Com a sua formação a terminar no União de Lamas, seria naquele que é o emblema da sua terra natal que Alberto Vivas faria a transição para o patamar sénior. Tendo dado esse passo na temporada de 1974/75, a estreia do defesa no degrau maior do futebol nacional ainda demoraria alguns anos a chegar.
Depois de 7 campanhas a vestir o negro-rubro do emblema de Santa Maria de Lamas, o momento de dar o salto de escalão chegaria com a troca de clube. A viagem que o apresentaria à 1ª divisão, apesar de não levar o jogador para muito longe, transportá-lo-ia para um contexto competitivo diferente. Num Sporting de Espinho comandado por Manuel José, por razão do traquejo apaiolado na etapa anterior à sua chegada, Vivas rapidamente conseguiria afirmar-se como um elemento válido para o plantel. No entanto, e com a entrada no Estádio Comendador Manuel Violas a acontecer na temporada de 1981/82, seria a contratação de Álvaro Carolino para treinador que o cimentaria no “onze” inicial.
O novo timoneiro, com a ligação pelos “Tigres” a ser rubricada no defeso de 1982, para além de ajudar o defesa a consolidar-se na equipa, teria também um papel importante na sua definição como um atleta de cariz primodivisionário. Para tal, muito contribuiria aquele que viria a ser o projecto seguinte na carreira do treinador. Ora, o Desportivo de Chaves chegaria à vida de Vivas, muito por culpa de Álvaro Carolino. Agradado com as suas qualidades, seria por indicação do referido treinador que o atleta acabaria por mudar-se para Trás-Os-Montes. Nos flavienses, já sob o comando de Raúl Águas, ajudaria o conjunto a chegar pela primeira vez à 1ª divisão. No entanto, a subida ao escalão máximo não seria o único grande momento vivido na cidade transmontana. Em 1986/87, na 3ª época a envergar a camisola azul-grená, o lateral seria um dos nomes que, ao contribuir para o 5º lugar alcançado no final desse campeonato, empurraria o clube para a inesquecível disputa das competições europeias.
Infelizmente, a campanha de 1986/87, a tal do Desportivo de Chaves na Taça UEFA, tornar-se-ia bem ingrata para Vivas. Sem ser utilizado, muito mais do que falhar as pelejas europeias, a falta de jogos levá-lo-ia a deixar o clube. Pior ainda, o fim da ligação entre o clube e o atleta marcaria também o fim do trajecto do lateral na 1ª divisão. Seguir-se-ia o regresso aos escalões secundários. O Olhanense, no derradeiro capítulo da sua carreira, tornar-se-ia no emblema mais importante. Mesmo afastado dos palcos maiores do futebol português, ainda assim, as 4 temporadas passadas no Algarve trariam algumas curiosidades. Uma delas, em 1991/92, seria a curta experiência como treinador. Contudo, essa passagem pelo comando técnico não extinguiria o seu trajecto como futebolista. O fim viria apenas na época seguinte e com o retorno ao União de Lamas.

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