O FC Porto dar-lhe-ia notabilidade suficiente para que da Federação Portuguesa de Futebol surgisse a oportunidade de vestir a camisola das selecções jovens. Num percurso que, entre todos os escalões representados, daria ao jogador mais de 3 dezenas de internacionalizações, Luís Miguel viveria o apogeu no Mundial sub-20 de 1991.
Por uma infeliz curiosidade, seria também no torneio organizado em Portugal que o médio-ala esquerdo passaria pelo momento que, de forma significativa, iria mudar o rumo da sua vida desportiva. Já aleijado no pé esquerdo, a partida frente à Coreia, a contar para a 3ª ronda da fase de grupos, acabaria por agravar a lesão. Pouco tempo depois, a 30 de Junho, um Estádio da “Luz” a transbordar de público, consagrá-lo-ia como campeão do mundo de sub-20. Porém, Luís Miguel sairia de Lisboa derrotado e com o infortúnio vivido uns dias antes, a sentenciar a sua, ainda curta, carreira.
Mas se por altura do referido Mundial, Luís Miguel vestia as cores do Rio Ave, a nova época e um novo empréstimo pô-lo-iam na rota do Gil Vicente. A estreia na 1ª divisão, nessa temporada de 1991/92, poderia ter servido para alimentar a ilusão de um percurso profissional ambicioso. Todavia, a verdade depressa destaparia uma realidade bem diferente. Ao ser operado à fractura no escafóide, o recobro atirá-lo-ia para um calvário de vários meses afastado dos relvados. Para degradar ainda mais a sua já frágil situação, o final dessa campanha serviria para, de uma forma muito cínica, piorar a sua condição física.
Recuperado das mazelas, o médio seria chamado para jogar a edição de 1992 do Torneio de Toulon. No entanto, a convocatória e a posterior vitória de Portugal, vistas como um verdadeiro tónico para uma esperança depauperada por tão grave lesão, serviria apenas para mitigar um pesadelo que viria a tornar-se bem maior – “Pois é. Na altura de dar o salto, fiquei pelo caminho. No Gil Vicente estive parado 8 meses e, depois do Torneio de Toulon, mais 22 meses de paragem, quando tinha tudo acertado com o Belenenses. Felizmente, o FC Porto, a quem estava ligado contratualmente, sempre me ajudou”*.
O ressurgimento do problema físico desviá-lo-ia, de uma forma definitiva, de um percurso que, durante largos anos, muitos tinham projectado como auspicioso. Daí em diante, o seu trajecto cingir-se-ia aos escalões secundários. O União de Lamas e o Cucujães acabariam, desse modo, por tornar-se nos dois emblemas mais representativos de uma carreira de futebolista que, ainda assim, duraria para além da passagem do milénio.
Depois, e já numa altura em que trabalhava para uma empresa transformadora de cortiça, Luís Miguel decidir-se-ia por frequentar o Curso de Treinadores de 1º Nível. Como técnico, o antigo médio tem trilhado o seu caminho pelos patamares inferiores do futebol português e, para a temporada de 2020/21, já foi dado como o novo timoneiro do União de Lamas.
*retirado do artigo de Paulo Montes, publicado na revista “A fantástica viagem da geração de ouro” (Edição “A Bola”)
Por uma infeliz curiosidade, seria também no torneio organizado em Portugal que o médio-ala esquerdo passaria pelo momento que, de forma significativa, iria mudar o rumo da sua vida desportiva. Já aleijado no pé esquerdo, a partida frente à Coreia, a contar para a 3ª ronda da fase de grupos, acabaria por agravar a lesão. Pouco tempo depois, a 30 de Junho, um Estádio da “Luz” a transbordar de público, consagrá-lo-ia como campeão do mundo de sub-20. Porém, Luís Miguel sairia de Lisboa derrotado e com o infortúnio vivido uns dias antes, a sentenciar a sua, ainda curta, carreira.
Mas se por altura do referido Mundial, Luís Miguel vestia as cores do Rio Ave, a nova época e um novo empréstimo pô-lo-iam na rota do Gil Vicente. A estreia na 1ª divisão, nessa temporada de 1991/92, poderia ter servido para alimentar a ilusão de um percurso profissional ambicioso. Todavia, a verdade depressa destaparia uma realidade bem diferente. Ao ser operado à fractura no escafóide, o recobro atirá-lo-ia para um calvário de vários meses afastado dos relvados. Para degradar ainda mais a sua já frágil situação, o final dessa campanha serviria para, de uma forma muito cínica, piorar a sua condição física.
Recuperado das mazelas, o médio seria chamado para jogar a edição de 1992 do Torneio de Toulon. No entanto, a convocatória e a posterior vitória de Portugal, vistas como um verdadeiro tónico para uma esperança depauperada por tão grave lesão, serviria apenas para mitigar um pesadelo que viria a tornar-se bem maior – “Pois é. Na altura de dar o salto, fiquei pelo caminho. No Gil Vicente estive parado 8 meses e, depois do Torneio de Toulon, mais 22 meses de paragem, quando tinha tudo acertado com o Belenenses. Felizmente, o FC Porto, a quem estava ligado contratualmente, sempre me ajudou”*.
O ressurgimento do problema físico desviá-lo-ia, de uma forma definitiva, de um percurso que, durante largos anos, muitos tinham projectado como auspicioso. Daí em diante, o seu trajecto cingir-se-ia aos escalões secundários. O União de Lamas e o Cucujães acabariam, desse modo, por tornar-se nos dois emblemas mais representativos de uma carreira de futebolista que, ainda assim, duraria para além da passagem do milénio.
Depois, e já numa altura em que trabalhava para uma empresa transformadora de cortiça, Luís Miguel decidir-se-ia por frequentar o Curso de Treinadores de 1º Nível. Como técnico, o antigo médio tem trilhado o seu caminho pelos patamares inferiores do futebol português e, para a temporada de 2020/21, já foi dado como o novo timoneiro do União de Lamas.
*retirado do artigo de Paulo Montes, publicado na revista “A fantástica viagem da geração de ouro” (Edição “A Bola”)
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