1101 - AILTON

Sem ter encontrado uma fonte que, de forma fidedigna, contasse o seu percurso desportivo no Brasil, certo é que Ailton Ballesteros chegaria a Portugal na campanha de 1974/75 e vindo do maranhense Sampaio Corrêa.
Já no FC Porto e tendo sido apresentado como um reforço sonante, a sua integração acabaria por ficar aquém dos resultados projectados com a sua contratação. Com o seu conterrâneo Aimoré Moreira a liderar os “Azuis e Brancos” no primeiro terço da referida temporada, as oportunidades dadas ao médio seriam quase nulas. Porém, com entrada de Monteiro da Costa para o comando técnico, a realidade do jogador iria alterar-se um pouco. Ainda assim e tendo em conta a sua utilização, a verdade é que Ailton demoraria a impor-se como um elemento de uma preponderância indiscutível. Essa realidade reverter-se-ia na última campanha no Estádio das Antas e como um elemento capaz de produzir um pouco mais do que o suficiente, o atleta tornar-se-ia num nome relevante no plantel e uma peça importante na vitória da Taça de Portugal de 1976/77.
No Verão de 1977, à procura de melhores condições contratuais, Ailton aceitaria a proposta do Presidente João Rocha e tomaria a decisão de trocar o FC Porto pelo Sporting. Em Alvalade continuaria a manter-se como um atleta, mesmo longe do virtuosismo de alguns colegas, capaz de conseguir ser relevante para o equilíbrio do grupo de trabalho. De “Leão” ao peito também venceria a Taça de Portugal. Logo na campanha de chegada ao emblema de Lisboa, o esquerdino seria chamado a disputar a final e a finalíssima da “Prova Rainha” e frente à antiga equipa, entraria de início na partida que entregaria o troféu às estantes leoninas.
A 3ª conquista em Portugal aconteceria ao serviço do Boavista. Aliás, o seu regresso à cidade do Porto e a entrada no Estádio do Bessa entregariam Ailton, em termos individuais, às melhores épocas passadas em terras lusas. Sob a alçada de Mário Lino, começaria logo por vencer a Supertaça de 1979/80. Contribuiria também para as boas prestações no Campeonato Nacional e para a qualificação e participação dos “Axadrezados” nas provas europeias. Seguir-se-ia, já no ocaso da sua carreira, o Varzim. Com o emblema poveiro, o médio brasileiro cumpriria a 9ª campanha no escalão máximo luso e chegaria às 163 partidas primodivisionárias.

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