Com uma caminhada formativa que, muito mais do que prometer, pareceu logo querer confirmar em si um futuro risonho, os primeiros anos de Raúl Meireles nas “escolas” do Boavista encaminhá-lo-iam para os trabalhos das jovens selecções nacionais. Com passagem por diversos escalões, a sua presença nos sub-16, com a vitória no Euro 2000, dar-lhe-ia o primeiro grande título. Seguir-se-iam as chamadas aos patamares seguintes e, já nos sub-21, a conquista da edição de 2003 do Torneio de Toulon.
Claro está que, por altura dessa última vitória, já o médio tinha iniciado o seu trilho enquanto sénior. Depois de terminada a formação nos “Axadrezados” e dos dois anos passados, a título de empréstimo, na divisão de honra e no Desportivo das Aves, o regresso ao Bessa confirmá-lo-ia como um praticante preparado para embates bem mais desafiantes. Ao assumir-se como titular nessa temporada de 2003/04, seria o FC Porto que, no final da referida campanha, tomaria a decisão de apostar na sua contratação.
Com a presença nos Jogos Olímpicos de Atenas a atrasar a sua integração, também a instabilidade vivida na sua época de estreia no Dragão, com a presença de 3 treinadores diferentes, afectaria as prestações do médio. Já no ano seguinte, a entrada de Co Adriaanse para o comando técnico dos “Azuis e Brancos” voltaria a trazer algumas dificuldades ao jogador. Só na segunda metade da temporada de 2005/06 é que o centrocampista passaria a marcar presença em campo, com regularidade. Porém, ainda nesse ano, seria acrescentado ao seu currículo a conquista do Campeonato Nacional. Com esse triunfo, o FC Porto daria início a uma caminhada que, com mais 3 vitórias nos 3 anos seguintes, traria aos escaparates do clube, e ao palmarés de Raúl Meireles, a glória do “Tetra”.
As vitórias em mais 3 Taças de Portugal e 3 Supertaças, o estatuto de internacional “A” conquistado a partir de 2006 e a presença no Euro 2008 e Mundial 2010, proporcionariam a Raúl Meireles inflacionar o seu já alto valor. Na sua peugada apareceriam então os grandes colossos europeus. A escolha do médio, já depois de encetada a temporada de 2010/11, recairia pelo ingresso no Liverpool. No conjunto de Merseyside assumiria um papel de relevância. Contudo, o apelo de André Villas-Boas, já no começo da campanha seguinte, faria com que mudasse de camisola. A defender as cores do Chelsea, e mesmo com a saída do treinador português, o médio manter-se-ia como uma das peças fulcrais na estratégia do grupo londrino. Conservando a titularidade ao longo da época, a sua importância seria crucial na conquista da Taça de Inglaterra e, apesar de ter falhado a final, na vitória na Champions League.
Surpreendentemente, e mais uma vez com a temporada já a decorrer, Raúl Meireles deixaria os “Blues” para abraçar a proposta do Fenerbahçe. Apesar da mudança poder querer significar alguma quebra de rendimento, o médio continuaria a mostrar como intactas todas as suas habilidades. Sendo um jogador importante na construção ofensiva e defensiva, manter-se-ia, mesmo após a sua mudança para a Turquia, como um elemento importante para a equipa nacional. Por Portugal, depois da participação no Euro 2012, segurar-se-ia como uma opção mais do que válida para o seleccionador Paulo Bento. Com as cores lusas participou ainda no Mundial de 2014, averbando para a sua carreira um total de 76 internacionalizações.
No emblema de Istambul viveria os derradeiros anos da carreira e, por inerência, venceria também os últimos troféus. 1 Campeonato, 1 Taça e 1 Supertaça da Turquia, não seriam, no entanto, suficientes para inspirar a sua continuidade na modalidade. Ao terminar o contrato com o Fenerbahçe em 2016, Raúl Meireles afastar-se-ia, de vez, do universo competitivo – “Tudo o que envolve o futebol começou a fazer-me um pouco de confusão e comecei a ficar um pouco cansado por isso mesmo (…). Eu já disse a muita gente que nunca me vão ver no futebol, mas depois às vezes ponho-me a pensar e eu não sei o que vou sentir daqui a uns anos”*.
*retirado do artigo publicado em https://tribunaexpresso.pt, a 08/10/2019
Claro está que, por altura dessa última vitória, já o médio tinha iniciado o seu trilho enquanto sénior. Depois de terminada a formação nos “Axadrezados” e dos dois anos passados, a título de empréstimo, na divisão de honra e no Desportivo das Aves, o regresso ao Bessa confirmá-lo-ia como um praticante preparado para embates bem mais desafiantes. Ao assumir-se como titular nessa temporada de 2003/04, seria o FC Porto que, no final da referida campanha, tomaria a decisão de apostar na sua contratação.
Com a presença nos Jogos Olímpicos de Atenas a atrasar a sua integração, também a instabilidade vivida na sua época de estreia no Dragão, com a presença de 3 treinadores diferentes, afectaria as prestações do médio. Já no ano seguinte, a entrada de Co Adriaanse para o comando técnico dos “Azuis e Brancos” voltaria a trazer algumas dificuldades ao jogador. Só na segunda metade da temporada de 2005/06 é que o centrocampista passaria a marcar presença em campo, com regularidade. Porém, ainda nesse ano, seria acrescentado ao seu currículo a conquista do Campeonato Nacional. Com esse triunfo, o FC Porto daria início a uma caminhada que, com mais 3 vitórias nos 3 anos seguintes, traria aos escaparates do clube, e ao palmarés de Raúl Meireles, a glória do “Tetra”.
As vitórias em mais 3 Taças de Portugal e 3 Supertaças, o estatuto de internacional “A” conquistado a partir de 2006 e a presença no Euro 2008 e Mundial 2010, proporcionariam a Raúl Meireles inflacionar o seu já alto valor. Na sua peugada apareceriam então os grandes colossos europeus. A escolha do médio, já depois de encetada a temporada de 2010/11, recairia pelo ingresso no Liverpool. No conjunto de Merseyside assumiria um papel de relevância. Contudo, o apelo de André Villas-Boas, já no começo da campanha seguinte, faria com que mudasse de camisola. A defender as cores do Chelsea, e mesmo com a saída do treinador português, o médio manter-se-ia como uma das peças fulcrais na estratégia do grupo londrino. Conservando a titularidade ao longo da época, a sua importância seria crucial na conquista da Taça de Inglaterra e, apesar de ter falhado a final, na vitória na Champions League.
Surpreendentemente, e mais uma vez com a temporada já a decorrer, Raúl Meireles deixaria os “Blues” para abraçar a proposta do Fenerbahçe. Apesar da mudança poder querer significar alguma quebra de rendimento, o médio continuaria a mostrar como intactas todas as suas habilidades. Sendo um jogador importante na construção ofensiva e defensiva, manter-se-ia, mesmo após a sua mudança para a Turquia, como um elemento importante para a equipa nacional. Por Portugal, depois da participação no Euro 2012, segurar-se-ia como uma opção mais do que válida para o seleccionador Paulo Bento. Com as cores lusas participou ainda no Mundial de 2014, averbando para a sua carreira um total de 76 internacionalizações.
No emblema de Istambul viveria os derradeiros anos da carreira e, por inerência, venceria também os últimos troféus. 1 Campeonato, 1 Taça e 1 Supertaça da Turquia, não seriam, no entanto, suficientes para inspirar a sua continuidade na modalidade. Ao terminar o contrato com o Fenerbahçe em 2016, Raúl Meireles afastar-se-ia, de vez, do universo competitivo – “Tudo o que envolve o futebol começou a fazer-me um pouco de confusão e comecei a ficar um pouco cansado por isso mesmo (…). Eu já disse a muita gente que nunca me vão ver no futebol, mas depois às vezes ponho-me a pensar e eu não sei o que vou sentir daqui a uns anos”*.
*retirado do artigo publicado em https://tribunaexpresso.pt, a 08/10/2019
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