Filho de um antigo jogador de futebol, David Julius conseguiria do pai não só o mesmo nome, como as primeiras chuteiras e o óbvio gosto pela modalidade. Mesmo enfrentando a resistência da mãe, que tudo faria para impedir o rebento de seguir tal paixão, a verdade é que todo o esforço feito nesse sentido seria infrutífero e o Gold Fields transformar-se-ia no primeiro emblema do jovem praticante.
Com o desaparecimento do referido clube, o médio ingressaria no Blue Haway. Ao caracterizar-se por um atleta de enorme robustez, resistência e com uma técnica apuradíssima, rapidamente conseguiria ser chamado à selecção Joanesburgo. Com as cores da sua terra natal, acabaria por ir jogar contra a congénere da Cidade do Cabo. Contudo, a partida, mais do que correr mal, terminaria em enorme polémica. Com o conjunto do nordeste da África do Sul a ser humilhado, logo foi levantado um inquérito à paupérrima exibição. O relatório iria apontar o dedo a alguns dos seus colegas de clube. Conclusão: atletas irradiados, clube suspenso e os restantes jogadores libertados das obrigações com a castigada agremiação.
Com a necessidade de encontrar uma solução para a carreira, surgiria a oportunidade de, ao lado de outros futebolistas, criar uma nova colectividade. O Yorkshires, apesar da recente fundação, depressa tomaria uma grandeza incrível e, logo no ano de estreia, sagrar-se-ia campeão no “regional” do Transvaal. Com David Julius a pautar-se como um dos elementos de maior destaque na nova equipa, as chamadas à selecção de Joanesburgo continuariam a surgir com naturalidade. Na sequência de um desses momentos, dessa feita no âmbito de um torneio entre as diferentes regiões do país, as exibições do centrocampista levá-lo-iam à equipa nacional. Pela África do Sul vincaria a sua valia. Entre 4 internacionalizações e como prémio da exemplar postura revelada dentro de campo, o médio chegaria a envergar a braçadeira de “capitão”.
No galgar das diferentes etapas do seu percurso competitivo, a selecção de Joanesburgo iria, mais uma vez, desempenhar um papel de enorme importância. Numa digressão em Moçambique, o atleta seria observado por alguém com ligações ao Belenenses. Depois de uma resposta positiva à pergunta sobre uma hipotética transferência para o emblema lisboeta, o acidental “olheiro” entraria em contacto com os da “Cruz de Cristo”. Para grande espanto, de Portugal viria a indicação que não havia interesse algum na contratação do jogador. Com a surpreendente recusa, seria a mesma pessoa a indicá-lo ao Sporting de Lourenço Marques que, em Fevereiro de 1957, abriria as portas ao craque sul-africano.
Com as exibições a destaca-lo dos demais colegas de equipa, em Junho de 1957 dar-se-ia a sua transferência para o Sporting Clube de Portugal. Em Alvalade depressa alcançaria um lugar no “onze” titular. As suas qualidades, aliadas a uma polivalência que dava David Julius apto para desempenhar funções na defesa ou em várias posições do sector intermediário, fariam dele um importante elemento no conjunto leonino. Como um dos mais chamados à equipa inicial, o atleta, logo na temporada de chegada, ajudaria à vitória no Campeonato Nacional. Seguir-se-iam no seu e no palmarés do clube, o Campeonato de 1961/62, a Taça de Portugal do ano seguinte e, para terminar, a inolvidável conquista da edição de 1963/64 da Taça dos Vencedores das Taças.
Pelo meio, obtida a nacionalidade portuguesa, o jogador, rebaptizado como David Júlio, passaria a envergar a “camisola das quinas”. A par do seu colega no Sporting, o defesa Lúcio, o médio transformar-se-ia no primeiro atleta naturalizado a jogar pela equipa nacional lusa. Sob a alçada de José Maria Antunes estrear-se-ia num amigável frente à República Federal da Alemanha. Depois de encetar caminho por Portugal na partida disputada a 27 de Abril de 1960, seguir-se-iam outras chamadas que, até 1962, iriam colorir a sua carreira com mais 4 internacionalizações.
Na metade inicial da 7 época ao serviço dos “Leões”, o médio decidir-se-ia pela saída. Com o derradeiro jogo de verde e branco a ser disputado em Novembro de 1963, o futebolista partiria em direcção aos Estados Unidos da América. Nem mesmo ao fixar-se do outro lado do Atlântico, David Júlio deixaria esmorecer a paixão pelo futebol e, já na condição de treinador-jogador, representaria ainda o Philadelphia Ukrainians.
PS: existem referências, que não consegui confirmar, da sua passagem pelos sul-africanos do Hearts FC.
Com o desaparecimento do referido clube, o médio ingressaria no Blue Haway. Ao caracterizar-se por um atleta de enorme robustez, resistência e com uma técnica apuradíssima, rapidamente conseguiria ser chamado à selecção Joanesburgo. Com as cores da sua terra natal, acabaria por ir jogar contra a congénere da Cidade do Cabo. Contudo, a partida, mais do que correr mal, terminaria em enorme polémica. Com o conjunto do nordeste da África do Sul a ser humilhado, logo foi levantado um inquérito à paupérrima exibição. O relatório iria apontar o dedo a alguns dos seus colegas de clube. Conclusão: atletas irradiados, clube suspenso e os restantes jogadores libertados das obrigações com a castigada agremiação.
Com a necessidade de encontrar uma solução para a carreira, surgiria a oportunidade de, ao lado de outros futebolistas, criar uma nova colectividade. O Yorkshires, apesar da recente fundação, depressa tomaria uma grandeza incrível e, logo no ano de estreia, sagrar-se-ia campeão no “regional” do Transvaal. Com David Julius a pautar-se como um dos elementos de maior destaque na nova equipa, as chamadas à selecção de Joanesburgo continuariam a surgir com naturalidade. Na sequência de um desses momentos, dessa feita no âmbito de um torneio entre as diferentes regiões do país, as exibições do centrocampista levá-lo-iam à equipa nacional. Pela África do Sul vincaria a sua valia. Entre 4 internacionalizações e como prémio da exemplar postura revelada dentro de campo, o médio chegaria a envergar a braçadeira de “capitão”.
No galgar das diferentes etapas do seu percurso competitivo, a selecção de Joanesburgo iria, mais uma vez, desempenhar um papel de enorme importância. Numa digressão em Moçambique, o atleta seria observado por alguém com ligações ao Belenenses. Depois de uma resposta positiva à pergunta sobre uma hipotética transferência para o emblema lisboeta, o acidental “olheiro” entraria em contacto com os da “Cruz de Cristo”. Para grande espanto, de Portugal viria a indicação que não havia interesse algum na contratação do jogador. Com a surpreendente recusa, seria a mesma pessoa a indicá-lo ao Sporting de Lourenço Marques que, em Fevereiro de 1957, abriria as portas ao craque sul-africano.
Com as exibições a destaca-lo dos demais colegas de equipa, em Junho de 1957 dar-se-ia a sua transferência para o Sporting Clube de Portugal. Em Alvalade depressa alcançaria um lugar no “onze” titular. As suas qualidades, aliadas a uma polivalência que dava David Julius apto para desempenhar funções na defesa ou em várias posições do sector intermediário, fariam dele um importante elemento no conjunto leonino. Como um dos mais chamados à equipa inicial, o atleta, logo na temporada de chegada, ajudaria à vitória no Campeonato Nacional. Seguir-se-iam no seu e no palmarés do clube, o Campeonato de 1961/62, a Taça de Portugal do ano seguinte e, para terminar, a inolvidável conquista da edição de 1963/64 da Taça dos Vencedores das Taças.
Pelo meio, obtida a nacionalidade portuguesa, o jogador, rebaptizado como David Júlio, passaria a envergar a “camisola das quinas”. A par do seu colega no Sporting, o defesa Lúcio, o médio transformar-se-ia no primeiro atleta naturalizado a jogar pela equipa nacional lusa. Sob a alçada de José Maria Antunes estrear-se-ia num amigável frente à República Federal da Alemanha. Depois de encetar caminho por Portugal na partida disputada a 27 de Abril de 1960, seguir-se-iam outras chamadas que, até 1962, iriam colorir a sua carreira com mais 4 internacionalizações.
Na metade inicial da 7 época ao serviço dos “Leões”, o médio decidir-se-ia pela saída. Com o derradeiro jogo de verde e branco a ser disputado em Novembro de 1963, o futebolista partiria em direcção aos Estados Unidos da América. Nem mesmo ao fixar-se do outro lado do Atlântico, David Júlio deixaria esmorecer a paixão pelo futebol e, já na condição de treinador-jogador, representaria ainda o Philadelphia Ukrainians.
PS: existem referências, que não consegui confirmar, da sua passagem pelos sul-africanos do Hearts FC.
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