Duílio Dias, para além de herdar o nome, haveria de dar os primeiros passos no futebol ao serviço do emblema que já tinha notabilizado o seu pai. No entanto, ao contrário do progenitor, famoso pelos golos, seria no centro da defesa que, durante largos anos, haveria de mostrar os seus dotes desportivos.
Depois de completar a formação no Coritiba, seria também no conjunto do Paraná que o jovem jogador, na segunda metade da década de 70, faria a transição para o escalão sénior. Durante as temporadas passadas com a camisola do “Coxa” ajudaria à vitória nas edições de 1976, 1978 e 1979 do Campeonato Estadual. Os títulos conquistados catapultariam a sua carreira e seguir-se-iam as experiências na Portuguesa dos Desportos e no América do Rio de Janeiro. No entanto, seria noutro emblema “carioca” que Duílio, a partir da campanha de 1983, viveria os melhores anos do seu percurso profissional.
Apesar da entrada num plantel com nomes bem conhecidos do público português, casos de Ricardo Gomes e Branco, Duílio conseguiria impor-se no Fluminense. Como um defesa possante e com habilidade para os livres-directos, a sua presença regular no “onze” “tricolor” seria decisiva para que a equipa alcançasse importantes troféus. Porém, após a conquista do Campeonato Carioca de 1983 e 1984 e do “Brasileirão” de 1984 dar-se-ia a separação entre o atleta e o clube – “Eu era o capitão da equipa, tinha recebido duas convocatórias para a selecção do Brasil, mas continuava a ser um dos jogadores com o salário mais baixo. Falei com presidente, disse que havia a proposta de um clube grande e que precisava de fazer o meu pé-de-meia. Senti que o Fluminense só valorizava os avançados, os extremos e os médios atacantes. Era o momento certo para sair”*.
Seguir-se-ia o Sporting. Contudo, a adaptação ao futebol europeu faria com que o atleta, tapado por Venâncio e Morato, demorasse um pouco mais a impor-se. Com a temporada de estreia em Portugal a correr de forma discreta, aos poucos, o defesa conseguiria ganhar um lugar na equipa leonina. Nesse percurso e depois da chegada em 1985/86, a Supertaça de 1987/88 pautar-se-ia como o único título do central nos 3 anos passados em Alvalade. Ainda assim, Duílio viveria a glória de um dos episódios míticos da história dos “Leões”. Convocado pelo técnico Manuel José para a 14ª ronda de 1986/87, o jogador marcaria presença na vitória frente ao Benfica por 7-1 – “Entrei nesse dérbi, joguei os últimos 25 minutos. Estava 5-1 quando entrei. Participei nos últimos dois golos e tenho a certeza de que se o jogo durasse mais dez minutos seriam oito, nove ou dez”*.
Com a entrada de Jorge Gonçalves para a presidência do Sporting, Duílio seria dispensado. Escolheria o Estrela da Amadora para prosseguir a carreira e em boa hora o faria. Já a cumprir a segunda temporada com o conjunto da Linha de Sintra, ajudaria o clube a atingir o derradeiro desafio da Taça de Portugal. Ao jogar de início na final e na finalíssima, para além de contribuir para a inédita vitória do seu emblema, a condição de capitão de equipa faria com que fosse ele a receber e a erguer o troféu na tribuna do Estádio do Jamor.
No que restaria da sua carreira em Portugal, e a militar nos escalões secundários, tempo ainda para vestir as camisolas da Ovarense e do Portimonense. No regresso ao seu país, depois de terminada a carreira como futebolista, Duílio passaria a dedicar-se às tarefas de técnico. Com passagens pelos portugueses do Machico, e por equipas do Cazaquistão e do Kuwait, tem sido no Brasil que tem trilhado grande parte do seu percurso como treinador. Hoje em dia (2021), já a trabalhar nas “escolas” do clube desde 2018, é o Coordenador de Formação do Fluminense.
*retirado da entrevista de Pedro Jorge da Cunha, publicada em https://maisfutebol.iol.pt, a 24/09/2020
Depois de completar a formação no Coritiba, seria também no conjunto do Paraná que o jovem jogador, na segunda metade da década de 70, faria a transição para o escalão sénior. Durante as temporadas passadas com a camisola do “Coxa” ajudaria à vitória nas edições de 1976, 1978 e 1979 do Campeonato Estadual. Os títulos conquistados catapultariam a sua carreira e seguir-se-iam as experiências na Portuguesa dos Desportos e no América do Rio de Janeiro. No entanto, seria noutro emblema “carioca” que Duílio, a partir da campanha de 1983, viveria os melhores anos do seu percurso profissional.
Apesar da entrada num plantel com nomes bem conhecidos do público português, casos de Ricardo Gomes e Branco, Duílio conseguiria impor-se no Fluminense. Como um defesa possante e com habilidade para os livres-directos, a sua presença regular no “onze” “tricolor” seria decisiva para que a equipa alcançasse importantes troféus. Porém, após a conquista do Campeonato Carioca de 1983 e 1984 e do “Brasileirão” de 1984 dar-se-ia a separação entre o atleta e o clube – “Eu era o capitão da equipa, tinha recebido duas convocatórias para a selecção do Brasil, mas continuava a ser um dos jogadores com o salário mais baixo. Falei com presidente, disse que havia a proposta de um clube grande e que precisava de fazer o meu pé-de-meia. Senti que o Fluminense só valorizava os avançados, os extremos e os médios atacantes. Era o momento certo para sair”*.
Seguir-se-ia o Sporting. Contudo, a adaptação ao futebol europeu faria com que o atleta, tapado por Venâncio e Morato, demorasse um pouco mais a impor-se. Com a temporada de estreia em Portugal a correr de forma discreta, aos poucos, o defesa conseguiria ganhar um lugar na equipa leonina. Nesse percurso e depois da chegada em 1985/86, a Supertaça de 1987/88 pautar-se-ia como o único título do central nos 3 anos passados em Alvalade. Ainda assim, Duílio viveria a glória de um dos episódios míticos da história dos “Leões”. Convocado pelo técnico Manuel José para a 14ª ronda de 1986/87, o jogador marcaria presença na vitória frente ao Benfica por 7-1 – “Entrei nesse dérbi, joguei os últimos 25 minutos. Estava 5-1 quando entrei. Participei nos últimos dois golos e tenho a certeza de que se o jogo durasse mais dez minutos seriam oito, nove ou dez”*.
Com a entrada de Jorge Gonçalves para a presidência do Sporting, Duílio seria dispensado. Escolheria o Estrela da Amadora para prosseguir a carreira e em boa hora o faria. Já a cumprir a segunda temporada com o conjunto da Linha de Sintra, ajudaria o clube a atingir o derradeiro desafio da Taça de Portugal. Ao jogar de início na final e na finalíssima, para além de contribuir para a inédita vitória do seu emblema, a condição de capitão de equipa faria com que fosse ele a receber e a erguer o troféu na tribuna do Estádio do Jamor.
No que restaria da sua carreira em Portugal, e a militar nos escalões secundários, tempo ainda para vestir as camisolas da Ovarense e do Portimonense. No regresso ao seu país, depois de terminada a carreira como futebolista, Duílio passaria a dedicar-se às tarefas de técnico. Com passagens pelos portugueses do Machico, e por equipas do Cazaquistão e do Kuwait, tem sido no Brasil que tem trilhado grande parte do seu percurso como treinador. Hoje em dia (2021), já a trabalhar nas “escolas” do clube desde 2018, é o Coordenador de Formação do Fluminense.
*retirado da entrevista de Pedro Jorge da Cunha, publicada em https://maisfutebol.iol.pt, a 24/09/2020
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