Seria descoberto pelo Vasco da Gama durante uma partida entre as selecções jovens de Brasília e do Rio de Janeiro. Acabaria a formação nas “escolas” do emblema “carioca” e, resultado de uma evolução positiva, depressa começaria a apontar para outros destinos. A oportunidade, contava apenas com 19 anos de idade, surgiria na temporada de 1982/83. De Portugal surgiria o convite do Sporting de Braga e a mudança sublinharia uma atleta de um virtuosismo estonteante.
Na colectividade minhota, a velocidade, apurada nos tempos em que praticava atletismo, o drible fácil, que permitia a Wando ultrapassar os adversários, rapidamente dariam ao extremo-canhoto um lugar no desenho táctico dos “Arsenalistas”. Orientado pelo treinador Juca, o atacante terminaria a campanha de estreia em Portugal como um dos atletas mais utilizados no plantel e marcaria presença em ambas as partidas da Supertaça, perdida para o Sporting. A época seguinte serviria, tendo o jogador participado em todas as jornadas do Campeonato Nacional, para asseverar a sua ascensão. Tal crescimento abrir-lhe-ia as portas de um novo desafio e o Estádio “da Luz” tornar-se-ia na sua nova “casa”.
Com o desafio de substituir Fernando Chalana, entretanto transferido para o Bordeaux, a temporada de 1984/85, mesmo com uma boa frequência em presenças em campo, serviria para a adaptação de Wando a uma realidade competitiva mais exigente. Já bem ajustado, o avançado, com inscrição regular no “onze” titular, continuaria a dar o seu contributo para a conquista de novos títulos. Nesse sentido, as 4 épocas de “águia ao peito”, seriam bem proveitosas. Logo na campanha de chegada a Lisboa, o esquerdino ajudaria à conquista da Taça de Portugal. Disputaria e conquistaria as duas edições seguintes da “Prova Rainha” e, em 1986/87, com a vitória no Campeonato, gravaria a “dobradinha” no palmarés pessoal. Porém, seria o derradeiro ano passado com o Benfica que acabaria por oferecer à sua carreira um dos momentos mais gloriosos. A presença na final de 1987/88 da Taça dos Clubes Campeões Europeus, mesmo perdida para ao PSV Eindhoven, inscrever-se-ia na sua caminhada como um marco e o desempate por grandes penalidades tornar-se-ia num capítulo inolvidável – “Estávamos sentados e o Veloso falou: «Eu vou lá, dou uma paradinha, o guarda-redes vai para um canto e eu chuto para o outro.» E eu disse: «Vai, Veloso, vai!» Eu não queria era bater! «Vai, Veloso…" O Álvaro fez coro: «Vai, Veloso, vai!» E o Veloso foi: fez uma paradinha, mas o guarda-redes não se mexeu; ele chutou e o Van Breukelen defendeu a bola”*.
Seguir-se-ia, no trajecto do atleta, uma fase mais errante e, com isso, a passagem por diversos emblemas. Ainda em Portugal, Wando vestiria as camisolas do Vitória de Setúbal, Marítimo e, após uma “ponte” feita no Calheta, viria a experiência ao serviço dos turcos do Konyaspor. Depois, consumar-se-ia o regresso ao Brasil, a passagem pelo XV de Jaú e o terminar da caminhada enquanto desportista profissional. Com o fim da carreira, Wando transformar-se-ia num agente multifacetado. Investe no ramo imobiliário, abriria uma creche, inauguraria uma escola de futebol, passaria a colaborar com vários clubes na prospecção de novos talentos e ainda ajuda à gestão da carreira de jovens atletas.
*retirado da entrevista conduzida por João Sanches, publicada a 07/02/2019, em www.slbenfica.pt
Na colectividade minhota, a velocidade, apurada nos tempos em que praticava atletismo, o drible fácil, que permitia a Wando ultrapassar os adversários, rapidamente dariam ao extremo-canhoto um lugar no desenho táctico dos “Arsenalistas”. Orientado pelo treinador Juca, o atacante terminaria a campanha de estreia em Portugal como um dos atletas mais utilizados no plantel e marcaria presença em ambas as partidas da Supertaça, perdida para o Sporting. A época seguinte serviria, tendo o jogador participado em todas as jornadas do Campeonato Nacional, para asseverar a sua ascensão. Tal crescimento abrir-lhe-ia as portas de um novo desafio e o Estádio “da Luz” tornar-se-ia na sua nova “casa”.
Com o desafio de substituir Fernando Chalana, entretanto transferido para o Bordeaux, a temporada de 1984/85, mesmo com uma boa frequência em presenças em campo, serviria para a adaptação de Wando a uma realidade competitiva mais exigente. Já bem ajustado, o avançado, com inscrição regular no “onze” titular, continuaria a dar o seu contributo para a conquista de novos títulos. Nesse sentido, as 4 épocas de “águia ao peito”, seriam bem proveitosas. Logo na campanha de chegada a Lisboa, o esquerdino ajudaria à conquista da Taça de Portugal. Disputaria e conquistaria as duas edições seguintes da “Prova Rainha” e, em 1986/87, com a vitória no Campeonato, gravaria a “dobradinha” no palmarés pessoal. Porém, seria o derradeiro ano passado com o Benfica que acabaria por oferecer à sua carreira um dos momentos mais gloriosos. A presença na final de 1987/88 da Taça dos Clubes Campeões Europeus, mesmo perdida para ao PSV Eindhoven, inscrever-se-ia na sua caminhada como um marco e o desempate por grandes penalidades tornar-se-ia num capítulo inolvidável – “Estávamos sentados e o Veloso falou: «Eu vou lá, dou uma paradinha, o guarda-redes vai para um canto e eu chuto para o outro.» E eu disse: «Vai, Veloso, vai!» Eu não queria era bater! «Vai, Veloso…" O Álvaro fez coro: «Vai, Veloso, vai!» E o Veloso foi: fez uma paradinha, mas o guarda-redes não se mexeu; ele chutou e o Van Breukelen defendeu a bola”*.
Seguir-se-ia, no trajecto do atleta, uma fase mais errante e, com isso, a passagem por diversos emblemas. Ainda em Portugal, Wando vestiria as camisolas do Vitória de Setúbal, Marítimo e, após uma “ponte” feita no Calheta, viria a experiência ao serviço dos turcos do Konyaspor. Depois, consumar-se-ia o regresso ao Brasil, a passagem pelo XV de Jaú e o terminar da caminhada enquanto desportista profissional. Com o fim da carreira, Wando transformar-se-ia num agente multifacetado. Investe no ramo imobiliário, abriria uma creche, inauguraria uma escola de futebol, passaria a colaborar com vários clubes na prospecção de novos talentos e ainda ajuda à gestão da carreira de jovens atletas.
*retirado da entrevista conduzida por João Sanches, publicada a 07/02/2019, em www.slbenfica.pt
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