Por sugestão de Akös Teszler, à altura treinador do FC Porto, chegaria à “Cidade Invicta”, para reforçar o lugar à baliza dos “Azuis e Brancos de 1924/25, o guarda-redes húngaro Mihály Siska. Com 18 anos e vindo do Vasas de Budapeste, a contratação do jovem atleta imediatamente daria azo a uma acesa polémica. Numa altura em que o futebol português era ainda alimentado por um romântico amadorismo, o pagamento de 1000 escudos mensais ao futebolista haveria de inflamar tanto as hostes de adeptos, como algumas facções da imprensa.
Retirando as celeumas relatadas, as exibições do guardião, em jeito uníssono, depressa fariam de si um dos grandes pilares dos desempenhos colectivos. A estreia num jogo oficial dar-se-ia numa partida do “regional” portuense e logo como uma particularidade digna de registo. Nessa primeira jornada, o FC Porto calharia bater-se com o Progresso. O resultado de 6-1, em jeito de rescaldo, daria à vitória dos “Dragões” um toque de evidente superioridade. Contudo, o sexto e derradeiro golo dos “Azuis e Brancos” tornar-se-ia noutro ponto de destaque do referido embate, pois, na sequência de uma jogada corrida, o mesmo seria concretizado pelo guarda-redes magiar.
Para além da aludida conquista do Campeonato do Porto, e da repetição da vitória nas 8 edições seguintes, o seu palmarés acabaria enriquecido com o triunfo do FC Porto em 2 Campeonatos de Portugal, o primeiro realizado na campanha da sua chegada ao contexto desportivo luso e o segundo nas disputas calendarizadas para a época de 1931/32. No entanto, muito para além dos troféus ganhos nas 9 campanhas em que carregaria ao peito a insígnia portista, a sua fama alimentar-se-ia das excepcionais prestações que, de desafio em desafio, conseguiria erigir. Essas exibições, resultados de qualidades extraordinárias para o desempenho das funções de “keeper”, valer-lhe-iam o epíteto de “meio-team”. Tal importância, mesmo sem ter alcançado qualquer internacionalização pelo seu país, levá-lo-ia a ser aferido como um dos melhores da Europa na sua posição e a ser chamado a jogo pela selecção do Porto.
Tendo a sua naturalização acontecido em 1926, Mihály passaria a responder pelo nome Miguel. Porém, mesmo com o novo “passaporte”, a sua entrada nos planos da equipa nacional portuguesa acabaria também por nunca ocorrer. O que aconteceria, e de forma natural, seria a sua inscrição em vários capítulos da história do FC Porto. Apesar da carreira interrompida pela doença, Siska continuaria ligado ao devir do clube e da modalidade. Afastado das lides de futebolista no final da temporada de 1932/33, anos mais tarde assumiria o cargo de treinador-principal. Com o encetar de funções a suceder em 1935, nas funções de “timoneiro”, ao incutir vontade lutadora e instinto vencedor aos seus discípulos, levaria os “Azuis e Brancos” às vitórias nos Campeonatos Nacionais de 1938/39 e 1939/40. Mas a maleita que afectava a sua função pulmonar, acabaria, de forma idêntica, por subtrair à sua vida o banco de suplentes. Passaria, então, a trabalhar como funcionário-administrativo, na secretaria do FC Porto.
Já com uma festa de homenagem marcada, a 25 de Outubro de 1947 Siska viria a falecer vítima de um tumor nos pulmões. A partida realizar-se-ia na mesma, contando com a presença da equipa do Benfica e a receita do jogo, a rondar os 100 contos, reverteria para a subsistência da sua viúva.
Retirando as celeumas relatadas, as exibições do guardião, em jeito uníssono, depressa fariam de si um dos grandes pilares dos desempenhos colectivos. A estreia num jogo oficial dar-se-ia numa partida do “regional” portuense e logo como uma particularidade digna de registo. Nessa primeira jornada, o FC Porto calharia bater-se com o Progresso. O resultado de 6-1, em jeito de rescaldo, daria à vitória dos “Dragões” um toque de evidente superioridade. Contudo, o sexto e derradeiro golo dos “Azuis e Brancos” tornar-se-ia noutro ponto de destaque do referido embate, pois, na sequência de uma jogada corrida, o mesmo seria concretizado pelo guarda-redes magiar.
Para além da aludida conquista do Campeonato do Porto, e da repetição da vitória nas 8 edições seguintes, o seu palmarés acabaria enriquecido com o triunfo do FC Porto em 2 Campeonatos de Portugal, o primeiro realizado na campanha da sua chegada ao contexto desportivo luso e o segundo nas disputas calendarizadas para a época de 1931/32. No entanto, muito para além dos troféus ganhos nas 9 campanhas em que carregaria ao peito a insígnia portista, a sua fama alimentar-se-ia das excepcionais prestações que, de desafio em desafio, conseguiria erigir. Essas exibições, resultados de qualidades extraordinárias para o desempenho das funções de “keeper”, valer-lhe-iam o epíteto de “meio-team”. Tal importância, mesmo sem ter alcançado qualquer internacionalização pelo seu país, levá-lo-ia a ser aferido como um dos melhores da Europa na sua posição e a ser chamado a jogo pela selecção do Porto.
Tendo a sua naturalização acontecido em 1926, Mihály passaria a responder pelo nome Miguel. Porém, mesmo com o novo “passaporte”, a sua entrada nos planos da equipa nacional portuguesa acabaria também por nunca ocorrer. O que aconteceria, e de forma natural, seria a sua inscrição em vários capítulos da história do FC Porto. Apesar da carreira interrompida pela doença, Siska continuaria ligado ao devir do clube e da modalidade. Afastado das lides de futebolista no final da temporada de 1932/33, anos mais tarde assumiria o cargo de treinador-principal. Com o encetar de funções a suceder em 1935, nas funções de “timoneiro”, ao incutir vontade lutadora e instinto vencedor aos seus discípulos, levaria os “Azuis e Brancos” às vitórias nos Campeonatos Nacionais de 1938/39 e 1939/40. Mas a maleita que afectava a sua função pulmonar, acabaria, de forma idêntica, por subtrair à sua vida o banco de suplentes. Passaria, então, a trabalhar como funcionário-administrativo, na secretaria do FC Porto.
Já com uma festa de homenagem marcada, a 25 de Outubro de 1947 Siska viria a falecer vítima de um tumor nos pulmões. A partida realizar-se-ia na mesma, contando com a presença da equipa do Benfica e a receita do jogo, a rondar os 100 contos, reverteria para a subsistência da sua viúva.
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