Apesar de um pouco injustiçado por uma memória colectiva, em tantos aspectos, fraca, Abrantes Mendes, com uma extensa e aguerrida dedicação ao clube, terá de ser visto como um dos grandes símbolos da história do Sporting Clube de Portugal. Com o laço aos “Leões”, para além da inicial faceta de adepto, a começar como futebolista das camadas jovens, aquele que ficaria conhecido como o “Avançado Doutor”, inscreveria o seu nome nos anais da colectividade lisboeta, nas mais variadas formas.
Já desvendados os primeiros passos, a ligação com o futebol seria, de longe, a mais marcante entre Abrantes Mendes e o emblema leonino. Com a estreia na categoria principal a acontecer na segunda metade da década de 1920*, o atacante, rapidamente, passaria a ser tido como um dos principais elementos do plantel “verde e branco”. Logo na época de 1926/27, o extremo-direito marcaria presença em todas as partidas oficiais disputadas pelo Sporting. Daí em diante, as suas exibições seriam de fulcral importância para os sucessos do colectivo. Em termos de títulos, nesses anos em que conseguiria destacar-se como titular, há que fazer referência às conquistas do Campeonato de Lisboa de 1927/28 e de 1930/31. Mais tarde, já numa fase diferente do seu trajecto competitivo, o avançado também deixaria o cunho nas vitórias do Campeonato de Portugal de 1935/36, do Campeonato de Lisboa de 1936/37 e do Campeonato de Lisboa de 1938/39.
Como tem vindo a ser destapado no galgar deste texto, a carreira desportiva de Abrantes Mendes teria duas fases distintas. Na primeira, mais intensa, para além de acumular participações no futebol e em diferentes disciplinas do atletismo, o extremo-direito chegaria à selecção nacional e, com a “camisola das quinas”, conseguiria 2 internacionalizações. Já a segunda parte dessa caminhada e a intermitência que a caracterizaria, ficaria marcada pela convivência do futebol com os afazeres da sua vida profissional que, após a conclusão do Curso de Direito, haveriam de retirar ao jogador uma boa fatia das horas disponíveis.
Com o tempo mais limitado, ainda assim faria questão de manter bem acesa a paixão pelo clube. Mesmo depois de retirado da prática do futebol, onde alguns registos dão conta, nesses derradeiros anos, das suas participações com as cores do Carcavelinhos e “reservas” do Sporting, a sua ligação passaria a alimentar-se de outras formas. Como “olheiro”, diz-se dele a responsabilidade pela descoberta e contratação de uma outra lenda leonina, o avançado João Martins. Como técnico, passaria pelos escalões de formação, pelas tarefas de adjunto da primeira categoria e ao assumir as funções de treinador-principal, levaria os “Leões” à vitória na Taça de Portugal de 1945/46.
Porém, seria como dirigente dos “Verde e Branco” que viveria uma das histórias mais curiosas. Para além de ser o Secretário-Técnico da equipa que, na época de 1963/64, viria a ganhar a Taça dos Vencedores das Taças, Abrantes Mendes ficaria ligado à tentativa de “compra” de um dos maiores astros de sempre da modalidade. Conta-se que no início de 1964, terá viajado até ao Brasil para um encontro com os responsáveis do Santos. Com Pelé a atravessar uma fase polémica no emblema sediado no Estado de São Paulo, a conjuntura terá sido interpretada como a ideal para a contratação do internacional “canarinho”. Contudo, as boas exibições do avançado em partidas disputadas por essa altura, fariam com que a proposta do Sporting fosse recusada e o emissário regressasse a Lisboa de “mãos vazias”.
*No livro “Almanaque do Leão” – Rui Miguel Tovar; Topbooks; 2016 – na página 734, encontra-se uma referência à estreia de Abrantes Mendes, como sendo a “25/10/1925 (Vit. Setúbal, 2-0 no Campo Grande)”. Já na página 100 da mesma publicação, onde é esmiuçada a informação sobre a dita partida, o nome do avançado não consta, aparecendo a primeira referência à sua participação num jogo, a 17 de Outubro de 1926 (pag. 104).
Já desvendados os primeiros passos, a ligação com o futebol seria, de longe, a mais marcante entre Abrantes Mendes e o emblema leonino. Com a estreia na categoria principal a acontecer na segunda metade da década de 1920*, o atacante, rapidamente, passaria a ser tido como um dos principais elementos do plantel “verde e branco”. Logo na época de 1926/27, o extremo-direito marcaria presença em todas as partidas oficiais disputadas pelo Sporting. Daí em diante, as suas exibições seriam de fulcral importância para os sucessos do colectivo. Em termos de títulos, nesses anos em que conseguiria destacar-se como titular, há que fazer referência às conquistas do Campeonato de Lisboa de 1927/28 e de 1930/31. Mais tarde, já numa fase diferente do seu trajecto competitivo, o avançado também deixaria o cunho nas vitórias do Campeonato de Portugal de 1935/36, do Campeonato de Lisboa de 1936/37 e do Campeonato de Lisboa de 1938/39.
Como tem vindo a ser destapado no galgar deste texto, a carreira desportiva de Abrantes Mendes teria duas fases distintas. Na primeira, mais intensa, para além de acumular participações no futebol e em diferentes disciplinas do atletismo, o extremo-direito chegaria à selecção nacional e, com a “camisola das quinas”, conseguiria 2 internacionalizações. Já a segunda parte dessa caminhada e a intermitência que a caracterizaria, ficaria marcada pela convivência do futebol com os afazeres da sua vida profissional que, após a conclusão do Curso de Direito, haveriam de retirar ao jogador uma boa fatia das horas disponíveis.
Com o tempo mais limitado, ainda assim faria questão de manter bem acesa a paixão pelo clube. Mesmo depois de retirado da prática do futebol, onde alguns registos dão conta, nesses derradeiros anos, das suas participações com as cores do Carcavelinhos e “reservas” do Sporting, a sua ligação passaria a alimentar-se de outras formas. Como “olheiro”, diz-se dele a responsabilidade pela descoberta e contratação de uma outra lenda leonina, o avançado João Martins. Como técnico, passaria pelos escalões de formação, pelas tarefas de adjunto da primeira categoria e ao assumir as funções de treinador-principal, levaria os “Leões” à vitória na Taça de Portugal de 1945/46.
Porém, seria como dirigente dos “Verde e Branco” que viveria uma das histórias mais curiosas. Para além de ser o Secretário-Técnico da equipa que, na época de 1963/64, viria a ganhar a Taça dos Vencedores das Taças, Abrantes Mendes ficaria ligado à tentativa de “compra” de um dos maiores astros de sempre da modalidade. Conta-se que no início de 1964, terá viajado até ao Brasil para um encontro com os responsáveis do Santos. Com Pelé a atravessar uma fase polémica no emblema sediado no Estado de São Paulo, a conjuntura terá sido interpretada como a ideal para a contratação do internacional “canarinho”. Contudo, as boas exibições do avançado em partidas disputadas por essa altura, fariam com que a proposta do Sporting fosse recusada e o emissário regressasse a Lisboa de “mãos vazias”.
*No livro “Almanaque do Leão” – Rui Miguel Tovar; Topbooks; 2016 – na página 734, encontra-se uma referência à estreia de Abrantes Mendes, como sendo a “25/10/1925 (Vit. Setúbal, 2-0 no Campo Grande)”. Já na página 100 da mesma publicação, onde é esmiuçada a informação sobre a dita partida, o nome do avançado não consta, aparecendo a primeira referência à sua participação num jogo, a 17 de Outubro de 1926 (pag. 104).
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