Descoberto pelo Torreense por conta das suas habilidades no futebol de salão, Jorge Roçadas, atleta de propensões ofensivas, depressa começaria a destacar-se nas camadas jovens do emblema sediado na Região do Oeste. No entanto, com o padrasto a conseguir para ele um emprego na construção da refinaria de Sines, a decisão de mudar de residência levá-lo-ia a trocar de colectividade. Com qualidades intrínsecas para a prática da modalidade, os responsáveis pelo Vasco da Gama acabariam por abrir-lhe as portas do clube. Com o seu ingresso a acontecer na segunda metade da década de 70, o Alentejo litoral, sem fugir à militância nos escalões inferiores, tornar-se-ia, nos anos subsequentes, na sua nova casa.
Em 1981/82, o Portimonense acolhê-lo-ia como um dos reforços para a nova campanha. A disputar a divisão maior do futebol português, Roçadas, mesmo com uma primeira temporada ainda que um pouco discreta, não precisaria de muito mais tempo para conseguir afirmar-se como um dos bons intérpretes do conjunto “alvinegro”. As suas prestações, 2 anos após a chegada ao Barlavento, levaria o técnico Manuel de Oliveira, antigo treinador do médio-ofensivo no referido clube algarvio, a apostar na sua contratação dessa feita para o Vitória Futebol Clube. A ligação do atleta ao emblema da cidade de Setúbal, com a época de 1985/86, ao serviço do Marítimo, a marcar um intervalo nesse laço, serviria para elevar o seu valor. Com a cotação em alta, chegariam as oportunidades de, pelas categorias de sub-21 e de olímpicos, envergar a “camisola das quinas”. Por outro lado, o crescente estatuto auferido dentro do plantel “sadino”, faria com que a braçadeira de “capitão” fosse entregue à sua responsabilidade.
Outro aspecto curioso da experiência em Setúbal, seria o apreço que acabaria por granjear de Malcolm Allison. Esse respeito, ou admiração, levaria o treinador a tentar colocá-lo num dos principais emblemas britânicos. A ideia consumar-se-ia na temporada de 1989/90 e com o Sheffield Wednesday a receber o jogador. Porém, a passagem pelo principal patamar inglês não correria de feição. Após algumas participações na equipa de “reservas” e com a época ainda a dar os primeiros passos, Ron Atkinson, o “manager” dos “Owls”, dispensaria o atleta. Ainda assim, a passagem por “Terras de Sua Majestade” não ficaria por aqui e “Big Mal” abrir-lhe-ia as portas do modesto Fisher Athletic, a colectividade que, por essa altura, o antigo técnico do Vitória Futebol Clube orientava.
O regresso a Portugal, longe daquilo que a sua caminhada desportiva faria adivinhar, não levaria Roçadas de volta aos emblemas primodivisionários. Com a oportunidade a emergir dos escalões inferiores, União de Santiago e a irmanação, bem mais longa, com a Sanjoanense, assinalariam os anos seguintes. Já numa fase marcadamente descendente no seu percurso competitivo, viria o contrato com o São Roque e o fim da carreira com a entrada na metade final da década de 90.
1192 -ROÇADAS
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