Após passar por uma série de clubes nos primeiros anos da carreira, seria já como atleta do Volta Redonda que Maciel, em 2001 e numa partida frente ao Flamengo, acabaria observado por José Mourinho. Agradado com a sua velocidade e capacidade de decisão, o treinador aconselharia a contratação do extremo à União de Leiria. Já do lado de cá do Atlântico e depois de ultrapassado um pequeno imprevisto, o atacante rubricaria a ligação que daria início à sua passagem por Portugal – “Tínhamos combinado dez mil euros mensais, mas o Leiria afinal só me queria pagar cinco mil. Desci, saí da sala – onde estava o Mourinho, o senhor João Bartolomeu e o Derlei também – e de repente sinto o mister Mourinho a vir atrás de mim. «Olha, se jogas tanto como dizes, assinas o contrato agora e em dezembro de certeza que o clube renova contigo e aumenta a verba»”*.
A disputar o Campeonato Nacional a partir da temporada de 2001/02, Maciel continuaria a desenvolver as características que tinham maravilhado o “Special One”. Ao destacar-se na equipa da Beira Litoral que terminaria a campanha de 2002/03 nos lugares de acesso às provas europeias, o atacante começaria a ser cobiçado por clubes de ambições maiores. Já com o Benfica na corrida, José Mourinho, entretanto a treinar o FC Porto, convenceria o jogador a mudar-se para a “Cidade Invicta”. Entraria no plantel “azul e branco” a meio da temporada de 2003/04 e depois de, na primeira metade da época, ter, pela União de Leiria, disputado a Taça UEFA. Tal facto impediria o extremo de, pelos “Dragões”, participar na “Champions”. Todavia, e sem fazer qualquer minuto na campanha que terminaria em Gelsenkirchen com a vitória portista, o atacante seria também um dos atletas condecorados – “Fiquei triste por não jogar, mas o presidente falou comigo e até me deu uma medalha de vencedor, tal como a da Taça Intercontinental”**.
Com José Mourinho no Chelsea, surgiria a oportunidade de Maciel ir jogar para o emblema londrino. Contudo, o facto de ser extracomunitário e de não ter qualquer internacionalização pelo Brasil, inviabilizaria a transferência. Para alimentar o azar, a entrada do espanhol Victor Fernandez para o comando técnico do FC Porto tiraria protagonismo ao atleta. Sem praticamente jogar, nem o facto de ter sido uma peça fulcral na conquista da edição de 2003/04 do Campeonato Nacional salvaria o atacante da saída. Por empréstimo, os anos seguintes passá-los-ia com as cores do Atlético Paranaense, União de Leiria e Sporting de Braga.
Desvinculado do FC Porto, o extremo encetaria uma terceira passagem pela “Cidade do Lis”, para, no final dessa temporada de 2007/08, acabar transferido para os gregos do Xanthi. Aliás, aí começaria uma senda deveras errante. Já de volta ao Brasil, Maciel daria início a um périplo muito idêntico àquele que tinha trilhado no começo da carreira. Depois de vestir um número quase incontável de camisolas, seria com as cores do Cabofriense que, em 2015, daria por terminada a caminhada como futebolista.
Mesmo depois de largar os “gramados”, o avançado não conseguiria afastar-se da bola. Já como atleta federado de futevolei, o antigo avançado, ao brilhar na areia, continuaria a manter-se em boa forma.
*retirado da entrevista conduzida por Pedro Jorge da Cunha e publicada a 08/04/2021, em https://maisfutebol.iol.pt
**retirado da entrevista publicada a 09/12/2013, em www.record.pt
A disputar o Campeonato Nacional a partir da temporada de 2001/02, Maciel continuaria a desenvolver as características que tinham maravilhado o “Special One”. Ao destacar-se na equipa da Beira Litoral que terminaria a campanha de 2002/03 nos lugares de acesso às provas europeias, o atacante começaria a ser cobiçado por clubes de ambições maiores. Já com o Benfica na corrida, José Mourinho, entretanto a treinar o FC Porto, convenceria o jogador a mudar-se para a “Cidade Invicta”. Entraria no plantel “azul e branco” a meio da temporada de 2003/04 e depois de, na primeira metade da época, ter, pela União de Leiria, disputado a Taça UEFA. Tal facto impediria o extremo de, pelos “Dragões”, participar na “Champions”. Todavia, e sem fazer qualquer minuto na campanha que terminaria em Gelsenkirchen com a vitória portista, o atacante seria também um dos atletas condecorados – “Fiquei triste por não jogar, mas o presidente falou comigo e até me deu uma medalha de vencedor, tal como a da Taça Intercontinental”**.
Com José Mourinho no Chelsea, surgiria a oportunidade de Maciel ir jogar para o emblema londrino. Contudo, o facto de ser extracomunitário e de não ter qualquer internacionalização pelo Brasil, inviabilizaria a transferência. Para alimentar o azar, a entrada do espanhol Victor Fernandez para o comando técnico do FC Porto tiraria protagonismo ao atleta. Sem praticamente jogar, nem o facto de ter sido uma peça fulcral na conquista da edição de 2003/04 do Campeonato Nacional salvaria o atacante da saída. Por empréstimo, os anos seguintes passá-los-ia com as cores do Atlético Paranaense, União de Leiria e Sporting de Braga.
Desvinculado do FC Porto, o extremo encetaria uma terceira passagem pela “Cidade do Lis”, para, no final dessa temporada de 2007/08, acabar transferido para os gregos do Xanthi. Aliás, aí começaria uma senda deveras errante. Já de volta ao Brasil, Maciel daria início a um périplo muito idêntico àquele que tinha trilhado no começo da carreira. Depois de vestir um número quase incontável de camisolas, seria com as cores do Cabofriense que, em 2015, daria por terminada a caminhada como futebolista.
Mesmo depois de largar os “gramados”, o avançado não conseguiria afastar-se da bola. Já como atleta federado de futevolei, o antigo avançado, ao brilhar na areia, continuaria a manter-se em boa forma.
*retirado da entrevista conduzida por Pedro Jorge da Cunha e publicada a 08/04/2021, em https://maisfutebol.iol.pt
**retirado da entrevista publicada a 09/12/2013, em www.record.pt
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