1274 - AMÍLCAR

Com a formação concluída no Oriental, seria no popular emblema “alfacinha” que Amílcar subiria ao patamar sénior. Com a campanha seguinte, já na temporada de 1973/74, o jovem futebolista, com a promoção da equipa ao escalão máximo, conseguiria também estrear-se na 1ª divisão. Apesar de pouco experiente, a verdade é que a grande montra do futebol português em nada intimidaria o defesa. Lançado no escalão máximo pelo treinador Pedro Gomes, o central rapidamente conseguiria segurar um lugar no “onze”. Ao conservar o estatuto de titular também na época subsequente, o prémio para as boas exibições chegaria com a chamada à selecção, nomeadamente aos trabalhos das “esperanças” lusas.
O encetar da temporada de 1975/76 revelaria Amílcar com as cores do Estoril Praia. Ao manter-se na 1ª divisão, o defesa, sempre a demonstrar uma evolução francamente positiva, consagrar-se-ia como um dos bons intérpretes a disputar as principais provas nacionais. Sem nunca abandonar o escalão máximo e como um dos pilares da estratégia montada pelos diversos treinadores contratados pelos “Canarinhos”, os 4 anos de bom nível vividos ao serviço do conjunto da Linha de Cascais, serviriam, ainda mais, para valorizar o atleta.
Seguir-se-ia no seu trajecto desportivo um dos emblemas mais importantes da carreira do defesa-central. No Belenenses a partir da temporada de 1979/80, seriam as 2 campanhas disputadas pela agremiação da “Cruz de Cristo” que catapultariam Amílcar para um patamar apenas alcançado por uma elite de praticantes. Depois de cimentado no sector mais recuado do desenho táctico, peça fundamental para qualquer um dos técnicos com quem trabalharia no Restelo, o atleta acabaria convocado a vestir a mais importante “camisola das quinas”. Chamado a jogo por Juca, seu antigo treinador nos “Azuis”, a estreia pela principal selecção portuguesa aconteceria a 20 de Junho de 1981, no Estádio das Antas. No decorrer desse “amigável” frente à Espanha, entraria para o lugar de Eurico Gomes e, desse modo, enriqueceria o currículo com 1 internacionalização “A”.
Apesar da indubitável importância do Belenenses na caminhada de Amílcar, o Portimonense, onde chegaria a envergar a braçadeira de capitão, tornar-se-ia no emblema mais representativo da sua ligação ao futebol. Depois de ter estado com um pé no Sporting Clube de Portugal, a “operação relâmpago” perpetrada pelos dirigentes da aludida colectividade algarvia, desviaria o jogador, no Verão de 1981, para o sul do país. Inserido num plante cheio de craques, casos de Joaquim Murça, Carlos Alhinho, Valter Costa, Norton de Matos ou Carlos Coelho, e orientado por um promissor e ambicioso Artur Jorge, mais uma vez, o defesa iria impor-se como um dos melhores elementos do plantel e, por conseguinte, do panorama desportivo em Portugal.
O regresso ao Estoril Praia na temporada de 1983/84 marcaria o fim da sua senda primodivisionária. Após 11 campanhas no convívio com os “grandes”, o atleta passaria a disputar os escalões secundários. O Estrela da Amadora e o Silves, em partes iguais, marcariam os últimos 4 anos do defesa como futebolista. Já o referido emblema algarvio, onde acabaria por “pendurar as chuteiras” em 1987/88, daria igualmente ensejo a outras funções dentro da modalidade. Ao dar aí os primeiros passos como treinador, Amílcar Fonseca alimentaria a carreira ao trabalhar em emblemas da região. Quarteirense, Imortal, Lagoa e Louletano também fariam parte dessa experiência. No entanto, seriam os anos passados nas equipas técnicas do Portimonense que mais importância trariam ao seu trajecto como técnico.

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