1281 - VÍTOR DUARTE

Apesar de integrado na primodivisionária Académica de 1978/79, a verdade é que Vítor Duarte, no plantel sénior comandado por Juca, não conseguiria alcançar qualquer oportunidade para jogar. Seguir-se-iam os escalões inferiores e, logo nas duas épocas imediatas à experiência com a “Briosa”, “Os Marialvas” e o Recreio de Águeda. Já de regresso à “Cidade dos Estudantes”, o defesa-central passaria a representar o emblema que acabaria por catapultar a sua carreira competitiva. As 4 temporadas de bom plano com a camisola da União de Coimbra, ainda que a disputar a 2ª divisão, seriam suficientes para empurrar o seu nome para os principais escaparates do desporto nacional e a caminho de um dos “grandes” do futebol português.
Mesmo sem grandes créditos naquela que é a principal competição lusa, os responsáveis do Benfica veriam em Vítor Duarte uma boa aposta para fortalecer o plantel construído para a campanha de 1985/86. Como um intérprete possante e aguerrido, a sua contratação teria como principal objectivo dar mais uma opção a uma defesa que já contava com nomes como Oliveira, António Bastos Lopes ou o jovem Samuel. Na realidade, a forte concorrência por um lugar no centro do sector mais recuado das “Águias”, não daria grande espaço ao recém-chegado elemento. Num grupo de trabalho comandado pelo técnico inglês John Mortimore, o jogador apenas conseguiria entrar em campo numa das partidas referentes à disputa do Campeonato Nacional e por essa razão, finda a época, aceitaria dar outro rumo à carreira.
No Farense de 1986/87, mas, principalmente, no Sporting de Braga da época seguinte, Vítor Duarte afirmar-se-ia como um futebolista de indubitável cariz primodivisionário. Aliás, a passagem pelo referido emblema minhoto transformar-se-ia, em termos pessoais, na experiência mais prolífera da sua caminhada profissional. Sempre como um dos pilares do estratagema táctico montado pelos diferentes treinadores, mantida a titularidade durante as 4 temporadas com os “Guerreiros”, o defesa consagrar-se-ia como um dos bons elementos a actuar nos principais palcos do futebol nacional.
Já ultrapassados os 30 anos de idade, o Beira-Mar surgiria na sua caminhada como a derradeira experiência do atleta no patamar maior. Apesar de modesta a temporada de entrada no Estádio Mário Duarte, a campanha seguinte, a de 1992/93, mostraria Vítor Duarte como um elemento fulcral no alinhamento inicial do emblema auri-negro e, nesse sentido, na plenitude das suas capacidades competitivas. Por essa razão, avaliado como uma figura preponderante na manobra táctica, a surpresa chegaria com o fim da ligação à colectividade aveirense. Seguir-se-ia o regresso às margens do Mondego e as temporadas passadas ao serviço da Académica e da União de Coimbra.
Num trajecto cujas 8 temporadas a actuar no escalão máximo serviriam para demonstrar a qualidade das exibições do defesa-central, o fim da carreira de Vítor Duarte enquanto futebolista, chegaria com o termo da temporada de 1996/97 e após um ano em que envergaria as divisas do Lousanense.

Sem comentários: