1284 - FRANCISCO CALÓ

Promissor elemento das “escolas” do Sporting, o destaque merecido pelas suas exibições, levá-lo-ia, ainda durante esse período formativo, a ser chamado aos trabalhos das jovens selecções nacionais. Com a “camisola das quinas” jogaria as edições de 1964 e 1965 do Torneio Internacional de Juniores da UEFA. Nesse âmbito, o maior destaque consegui-lo-ia na disputa do primeiro dos dois referidos certames. Na competição organizada nos Países Baixos, Francisco Caló, numa equipa orientado pelo treinador Marco Linhares, entraria em campo em todas as partidas e ajudaria Portugal à conquista do terceiro lugar do pódio.
Com a sua chegada aos seniores leoninos a acontecer na temporada de 1965/66, o jovem defesa deparar-se-ia com uma forte concorrência para ocupar um lugar no centro do sector mais recuado. Num plantel que contava com José Carlos e Alexandre Baptista, poucas seriam as presenças de Francisco Caló em jogo. Ainda assim, depois da estreia sob a batuta de Otto Glória, as oportunidades conseguidas naquela que é a principal competição lusa de futebol, permitir-lhe-iam, logo na primeira época a jogar na equipa principal, listar o seu nome no rol de atletas vencedores do Campeonato Nacional.
As duas épocas seguintes não trariam um cenário muito diferente para o defesa-central. Com poucas partidas disputadas de “verde e branco”, a solução para alimentar correctamente a sua evolução surgiria, no desenrolar da campanha de 1968/69, com o empréstimo ao União de Tomar. Com a temporada ao serviço da agremiação nabantina, o jogador, sem deixar de competir no escalão principal do futebol português, finalmente conseguiria confirmar as qualidades que tinham feito dele uma das maiores promessas do universo leonino. Como um atleta dono de uma estampa física possante e capaz de marcações ferozes, Francisco Caló, com o argentino Oscar Tellechea como treinador, afirmar-se-ia como um dos titulares da colectividade ribatejana e, como prémio por tão boa prestação, asseguraria o regresso a Alvalade.
De volta ao Sporting, já com Fernando Vaz ao leme dos destinos técnicos do “Leão”, Francisco Caló conseguiria impor-se como uma das principais figuras das estratégias delineadas pelo aludido treinador. Como um dos elementos com presença regular no “onze” inicial, o defesa tornar-se-ia de fulcral importância para as conquistas do Campeonato Nacional de 1969/70 e da vitória na Taça de Portugal do ano seguinte. Curiosamente, mesmo como figura central de tais feitos, só mais tarde é que conseguiria merecer a convocatória para a selecção principal. Depois de também ter representado as “esperanças” lusas, a disputa de uma das jornadas referentes à Fase de Qualificação para o Euro 72, transformar-se-ia num merecido prémio. Chamado por José Gomes Silva para a peleja frente à Escócia, a partida agendada para o Hampden Park a 13 de Outubro de 1971, daria ao atleta a sua internacionalização “A”.
Depois do completo ocaso verificado durante a temporada de 1972/73, Francisco Caló deixaria o Sporting para ingressar no Atlético. Naquele que seria o único ano da sua carreira passado no patamar secundário, o defesa ajudaria o emblema do bairro “alfacinha” de Alcântara a regressar ao convívio dos “grandes”. Ainda jogaria outra época na Tapadinha e, mantendo a presença na 1ª divisão, faria uma derradeira campanha já com as cores do Estoril Praia. Finda a época esgrimida ao serviço dos “Canarinhos”, o atleta, com apenas 29 anos de idade, decidiria terminar a caminhada enquanto futebolista.

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