De quando em vez surge um jogador que, no repto de escrever a sua biografia, emerge à minha vista como um verdadeiro desafio ou, melhor dizendo, como uma meta praticamente impossível de cruzar! Alguns, logo à partida, consigo adivinhá-los com tais dificuldades. Porém, neste caso foi bem diferente e tendo em conta a importância que teve para o histórico emblema que o lançou e até para as jovens selecções portuguesas, nunca pensei em Manuel Moreira como uma enorme luta! Bem, é melhor começar a história…
Ao sobressair nas “escolas” do Leixões, o defesa, no último ano de formação, acabaria chamado pelo seleccionador David Sequerra para disputar o Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1961. No certame organizado em Portugal, juntar-se-ia a um grupo de jovens atletas onde é fácil destacar nomes como os de Peres, Serafim, Carriço, Oliveira Duarte ou Simões. Comandado no campo pelo treinador José Maria Pedroto, Moreira acabaria por ser um dos mais utlizados durante a competição. Já com o conjunto nacional a marcar presença na final frente à Polónia, a sua presença no sector mais recuado da equipa ajudaria à inviolabilidade da baliza lusa e, em favor da “camisola das quinas”, aos 4-0 do placard final.
A presença no referido torneio, onde somaria 4 jogos, elevá-lo-ia ao estatuto de grande promessa saída das camadas formativas do Leixões. Na época imediatamente a seguir à vitória de Portugal, a de 1961/62, Moreira acabaria promovido à equipa principal matosinhense e logo com o predicado de primeiro futebolista internacional do clube. Por coincidência, a subida a sénior coincidiria com a estreia do emblema nas competições europeias. Num plantel com grandes nomes, casos de Raul Machado, Jacinto, Osvaldo Silva ou Jaburú, a verdade é que, inicialmente, as presenças em campo escasseariam. Ainda assim, o técnico argentino Filpo Nuñez daria algum espaço ao defesa e, espantem-se!, ao jogador seria dada a oportunidade de participar nas duas partidas da Taça dos Vencedores das Taças frente aos romenos do Progresul de Bucareste.
A evolução demonstrada com o listado vermelho e branco da camisola do Leixões revelá-lo-ia, progressivamente, como um elemento de muita utilidade ao plantel. Com o trajecto trilhado a levá-lo somente às disputas primodivisionárias, Moreira teria na temporada de 1967/68 um dos melhores anos da carreira. Já a envergar a braçadeira de “capitão” e como um dos mais utilizados durante a referida campanha, o defesa posicionar-se-ia como um dos principais esteios das manobras tácticas da equipa comandada por António Teixeira. Curiosamente, quando tudo parecia indicar o contrário, o jogador começaria a eclipsar-se. Tal seria o “desaparecimento” que, depois de uma época de 1968/69 bem modesta e, ainda assim, com presença na Taça das Cidades com Feira, já não mais consegui acompanhar o seu rasto!
Custa-me a acreditar, mas pode ser possível, que o atleta, perto de completar apenas 26 anos de idade, tenha desistido do percurso desportivo! O que aconteceu de verdade, não sei! Tentei perceber, e esta parece-me a solução mais lógica para todo este “mistério”, a hipótese do defesa ter optado por prosseguir a carreira num emblema de um escalão inferior. Não muito usual para a época, também coloquei o pressuposto de uma contratação por parte de uma colectividade estrangeira. Em ambos os casos e depois de muito procurar, nada consegui apurar! Deixo-vos com a questão por responder e com a esperança de um dia deslindar o enigma!
Ao sobressair nas “escolas” do Leixões, o defesa, no último ano de formação, acabaria chamado pelo seleccionador David Sequerra para disputar o Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1961. No certame organizado em Portugal, juntar-se-ia a um grupo de jovens atletas onde é fácil destacar nomes como os de Peres, Serafim, Carriço, Oliveira Duarte ou Simões. Comandado no campo pelo treinador José Maria Pedroto, Moreira acabaria por ser um dos mais utlizados durante a competição. Já com o conjunto nacional a marcar presença na final frente à Polónia, a sua presença no sector mais recuado da equipa ajudaria à inviolabilidade da baliza lusa e, em favor da “camisola das quinas”, aos 4-0 do placard final.
A presença no referido torneio, onde somaria 4 jogos, elevá-lo-ia ao estatuto de grande promessa saída das camadas formativas do Leixões. Na época imediatamente a seguir à vitória de Portugal, a de 1961/62, Moreira acabaria promovido à equipa principal matosinhense e logo com o predicado de primeiro futebolista internacional do clube. Por coincidência, a subida a sénior coincidiria com a estreia do emblema nas competições europeias. Num plantel com grandes nomes, casos de Raul Machado, Jacinto, Osvaldo Silva ou Jaburú, a verdade é que, inicialmente, as presenças em campo escasseariam. Ainda assim, o técnico argentino Filpo Nuñez daria algum espaço ao defesa e, espantem-se!, ao jogador seria dada a oportunidade de participar nas duas partidas da Taça dos Vencedores das Taças frente aos romenos do Progresul de Bucareste.
A evolução demonstrada com o listado vermelho e branco da camisola do Leixões revelá-lo-ia, progressivamente, como um elemento de muita utilidade ao plantel. Com o trajecto trilhado a levá-lo somente às disputas primodivisionárias, Moreira teria na temporada de 1967/68 um dos melhores anos da carreira. Já a envergar a braçadeira de “capitão” e como um dos mais utilizados durante a referida campanha, o defesa posicionar-se-ia como um dos principais esteios das manobras tácticas da equipa comandada por António Teixeira. Curiosamente, quando tudo parecia indicar o contrário, o jogador começaria a eclipsar-se. Tal seria o “desaparecimento” que, depois de uma época de 1968/69 bem modesta e, ainda assim, com presença na Taça das Cidades com Feira, já não mais consegui acompanhar o seu rasto!
Custa-me a acreditar, mas pode ser possível, que o atleta, perto de completar apenas 26 anos de idade, tenha desistido do percurso desportivo! O que aconteceu de verdade, não sei! Tentei perceber, e esta parece-me a solução mais lógica para todo este “mistério”, a hipótese do defesa ter optado por prosseguir a carreira num emblema de um escalão inferior. Não muito usual para a época, também coloquei o pressuposto de uma contratação por parte de uma colectividade estrangeira. Em ambos os casos e depois de muito procurar, nada consegui apurar! Deixo-vos com a questão por responder e com a esperança de um dia deslindar o enigma!
2 comentários:
A 1ª selecção portuguesa a vencer um certame internacional foi em 1958 a Seleção Militar que venceu o torneio Internacional Militar das Nações da NATO.
Depois da nossa "conversa" no Facebook, estive a ler no seu blog o artigo sobre a selecção militar.
Vou deixar aqui o link, para que todos possam ter o prazer da informação que disponibiliza.
https://memoriaporto.blogspot.com/2018/11/sexagenario-da-vitoria-do-torneio.html
Abraço,
Bruno Vitória
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