1299 - JOSÉ AUGUSTO

Natural da Guiné-Bissau, seria nas “escolas” do Vitória Sport Clube que José Augusto terminaria o percurso formativo. Ainda no emblema de Guimarães, o defesa, que também podia posicionar mais adiantado no terreno de jogo, teria a oportunidade de subir ao patamar sénior. Lançado pelo treinador Mário Imbelloni na temporada de 1979/80, a presença de elementos com maior traquejo no plantel, haveria de dificultar a afirmação do jovem atleta. Aliás, as épocas seguintes, mesmo com várias mudanças no comando técnico vimaranense, não seriam muito pródigas para a sua evolução e, no final da campanha de 1981/82, o jogador deixaria a “Cidade Berço”.
Com poucas partidas disputadas durante os primeiros anos da carreira, a transferência para o Desportivo de Chaves, mesmo que a disputar os patamares inferiores, daria ao jogador mais oportunidades para melhor nutrir as capacidades futebolísticas. Ainda assim, seria necessária outra mudança para que, de forma mais concreta, conseguisse dar corpo à sua qualidade. No Desportivo das Aves a partir da temporada de 1984/85, José Augusto transformar-se-ia numa das figuras do plantel e, logo nessa campanha de arranque com o listado alvo-rubro, acabaria por inscrever o seu nome na história do emblema sediado no concelho de Santo Tirso.
Como elemento do plantel que venceria a edição de 1984/85 do Campeonato Nacional da 2ª divisão, o jogador seria igualmente um dos responsáveis pela primeira subida do emblema da Vila das Aves ao patamar maior do futebol português. Já no desenrolar da época cumprida entre os “grandes”, José Augusto manter-se-ia como uma das principais figuras do grupo de trabalho à guarda do Professor Neca. Contudo, a presença do defesa em 22 partidas da principal prova do calendário nacional, seria insuficiente para impedir a despromoção do clube. Também para o jogador, a descida seria “fatal”, pois, a partir dessa data, não mais regressaria ao escalão máximo. Ainda assim, as suas exibições seriam suficientes para mantê-lo no plantel e as 4 campanhas cumpridas com os “Avenses” fariam da colectividade uma das mais representativas da sua caminhada como futebolista.
Seguir-se-iam, numa carreira a entrar na última fase, as passagens pelo Olhanense, União de Leiria, as 4 temporadas com as cores da Associação Desportiva de Fafe e, ao ainda serviço da agremiação minhota, o fim do trajecto como desportista no termo da campanha de 1993/94. Todavia, o “pendurar as chuteiras” não significaria para o antigo defesa o afastamento definitivo da modalidade. Como técnico, José Augusto já carrega uma longa experiência. Reconhecido pelo seu trabalho como adjunto de Manuel Machado, foram inúmeros os emblemas pelos quais passaria. Nesse sentido, destaque para os anos com o Moreirense, Vitória Sport Clube, Académica de Coimbra, Nacional da Madeira ou com os gregos do Aris de Salónica. Há também que referir as épocas em que, na condição de treinador-principal, esteve à frente do Caçadores das Taipas.

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