Natural do Barreiro, seria na CUF que Quim Monteiro faria a transição para o patamar sénior. Chamado a jogo na 15ª ronda do Campeonato Nacional pela dupla técnica Anselmo Fernandez e João Mário, o jovem atleta, durante a campanha de estreia na 1ª divisão, só por mais uma vez conseguiria marcar presença em campo. Com poucas oportunidades, após essa temporada de 1966/67, o extremo-esquerdo decidiria dar um novo rumo à, ainda curta, carreira. No entanto, a mudança para a Académica de Coimbra orientada por Mário Wilson, não daria ao atacante muitas mais participações. Depois de um ano na “Cidade dos Estudantes”, seguir-se-ia a Guerra Colonial, o destacamento para Angola e as 2 épocas a envergar as cores do Sporting de Luanda.
O regresso à metrópole levá-lo-ia a percorrer a famosa Azinhaga dos Alfinetes. Com entrada no Oriental na temporada de 1972/73, o extremo-esquerdo sublinharia as capacidades que delem já vinham a ser aferidas como excelentes. Dotado de uma técnica acima da média, a rapidez com que ganharia um lugar no coração dos adeptos do popular emblema lisboeta, seria a mesma velocidade que transformaria as suas exibições num dos pilares da subida do clube ao escalão máximo. Nas 2 campanhas seguintes, ambas primodivisionárias, ganharia, pela curiosidade das semelhanças faciais e qualidades desportivas, o apelido de “Cruyff de Marvila” – “Um dia, no regresso a casa, estava a ler o jornal no barco e vi uma fotografia minha ao lado da dele. Fiquei muito espantado ao ver aquilo. E eles lá faziam a comparação. Eu acho que era parecido só em termos físicos, porque como jogador... ele era craque e eu era um jogador normal”*.
Muito mais do que uma alcunha, Quim, nos anos passados no Estádio Engenheiro Carlos Salema, alimentaria a cobiça das agremiações de maior monta. Falar-se-ia no Benfica, no Sporting, mas seria o FC Porto a aproximar-se mais de uma possível contratação. A mudança para um dos “grandes” nunca viria a concretizar-se. Já a saída do Oriental, onde chegaria a envergar a braçadeira de capitão, sim. Empurrado pela descida de divisão do emblema “alfacinha” no final da campanha de 1974/75, o atacante canhoto mudar-se-ia para o Estoril Praia. Deixaria o bairro de Marvila com 55 partidas disputadas na 1ª divisão, número que ainda faz dele o 10º jogador com mais jornadas disputadas pelo emblema no patamar maior do futebol luso.
Na Amoreira, onde continuaria a conciliar o trabalho de bancário, o avançado passaria outras 3 temporadas no escalão máximo. Com excepção da campanha do meio, também nos “Canarinhos” assumiria um papel de relevância. Todavia, com o termo da temporada de 1977/78, o que até aí já tinha alcançado não asseguraria ao atleta a continuidade na 1ª divisão. A mudança para o Sacavenense, emblema que viria a tornar-se no mais representativo da sua caminhada competitiva, afastá-lo-ia para sempre dos palcos principais do futebol nacional. Manter-se-ia no referido emblema durante meia-dúzia de campanhas e, com o final da época de 1983/84, decidiria ser a altura certa para “pendurar as chuteiras”.
*retirado do artigo de Sara Marques, publicado em https://maisfutebol.iol.pt, a 23/04/2014
O regresso à metrópole levá-lo-ia a percorrer a famosa Azinhaga dos Alfinetes. Com entrada no Oriental na temporada de 1972/73, o extremo-esquerdo sublinharia as capacidades que delem já vinham a ser aferidas como excelentes. Dotado de uma técnica acima da média, a rapidez com que ganharia um lugar no coração dos adeptos do popular emblema lisboeta, seria a mesma velocidade que transformaria as suas exibições num dos pilares da subida do clube ao escalão máximo. Nas 2 campanhas seguintes, ambas primodivisionárias, ganharia, pela curiosidade das semelhanças faciais e qualidades desportivas, o apelido de “Cruyff de Marvila” – “Um dia, no regresso a casa, estava a ler o jornal no barco e vi uma fotografia minha ao lado da dele. Fiquei muito espantado ao ver aquilo. E eles lá faziam a comparação. Eu acho que era parecido só em termos físicos, porque como jogador... ele era craque e eu era um jogador normal”*.
Muito mais do que uma alcunha, Quim, nos anos passados no Estádio Engenheiro Carlos Salema, alimentaria a cobiça das agremiações de maior monta. Falar-se-ia no Benfica, no Sporting, mas seria o FC Porto a aproximar-se mais de uma possível contratação. A mudança para um dos “grandes” nunca viria a concretizar-se. Já a saída do Oriental, onde chegaria a envergar a braçadeira de capitão, sim. Empurrado pela descida de divisão do emblema “alfacinha” no final da campanha de 1974/75, o atacante canhoto mudar-se-ia para o Estoril Praia. Deixaria o bairro de Marvila com 55 partidas disputadas na 1ª divisão, número que ainda faz dele o 10º jogador com mais jornadas disputadas pelo emblema no patamar maior do futebol luso.
Na Amoreira, onde continuaria a conciliar o trabalho de bancário, o avançado passaria outras 3 temporadas no escalão máximo. Com excepção da campanha do meio, também nos “Canarinhos” assumiria um papel de relevância. Todavia, com o termo da temporada de 1977/78, o que até aí já tinha alcançado não asseguraria ao atleta a continuidade na 1ª divisão. A mudança para o Sacavenense, emblema que viria a tornar-se no mais representativo da sua caminhada competitiva, afastá-lo-ia para sempre dos palcos principais do futebol nacional. Manter-se-ia no referido emblema durante meia-dúzia de campanhas e, com o final da época de 1983/84, decidiria ser a altura certa para “pendurar as chuteiras”.
*retirado do artigo de Sara Marques, publicado em https://maisfutebol.iol.pt, a 23/04/2014
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