1373 - HUGO SARMENTO


Já com o percurso formativo terminado, seria também no Estrela de Vendas Novas que, na campanha de 1951/52, Hugo Sarmento acabaria por subir ao escalão sénior. Com o emblema alentejano a disputar a 2ª divisão, o extremo-direito depressa conseguiria destacar-se dos demais companheiros de equipa e tal seria o destaque merecido que, mesmo longe dos principais palcos do futebol luso, o jovem praticante acabaria por merecer a atenção de uma das mais poderosas colectividades nacionais.
 Com a transferência para o Sporting a ocorrer na temporada de 1953/54, Hugo Sarmento, mesmo sem grande estaleca competitiva, conseguiria, logo na época de chegada a Lisboa, convencer o treinador Joseph Szabo da sua utilidade para o “onze” leonino. Num grupo de trabalho onde ainda marcavam presença alguns dos “Cinco Violinos”, o atacante, surpreendentemente, passaria a ocupar a vaga deixada pela saída do mítico Jesus Correia.
Como um dos elementos mais utilizados no plantel, o avançado tornar-se-ia de fulcral importância para a vitória no Campeonato Nacional de 1953/54. Salvo raras excepções, como viria a acontecer na temporada de 1955/56, Hugo Sarmento manter-se-ia como um dos habituais titulares do “Leão”. Mesmo nessa campanha, ao ser chamado por Alejandro Scopelli a entrar em campo na primeira partida de sempre da Taça dos Clubes Campeões Europeus, o extremo-direito acabaria por inscrever o seu nome nos anais do clube e do futebol mundial.
Outro momento de relevância na sua caminhada desportiva, seria a estreia com as cores de Portugal. Apesar de nunca ter conseguido presença alguma numa peleja da equipa principal, o avançado haveria de ser arrolado para um desafio do conjunto “B” e a 24 de Março de 1957, num jogo frente à França, somaria uma internacionalização com a “camisola das quinas”.
Como um dos elementos mais preponderantes dos diferentes grupos de trabalho do Sporting, Hugo Sarmento, na dezena de temporadas em que vestiria o listado verde e branco dos “Leões”, ajudaria à obtenção de vários títulos. Para além do já mencionado, também as vitórias nos Campeonatos de 1957/58 e de 1961/62, tal como a conquista da Taça de Portugal de 1962/63, fariam parte do seu palmarés. Porém, depois de 218 jogos oficiais contabilizados pela agremiação “alfacinha”, a sua ligação com o clube chegaria ao fim. Seguir-se-ia, com o atleta já a vogar pelos escalões secundários, a chegada ao Sporting da Covilhã de 1963/64, com a passagem pela colectividade beirã a registar um par de anos. De seguida surgiriam na sua caminhada competitiva, o Torres Novas e, numa carreira que terminaria com o fim da campanha de 1968/69, os Ferroviários do Entroncamento.

Sem comentários: