1401 - FRANCISCO SILVA

Seria já como internacional que Francisco Silva chegaria à principal equipa do Vitória Futebol Clube. Com a “camisola das quinas”, o defesa estrear-se-ia no escalão actualmente conhecido como sub-18. Depois desse “amigável” frente a França, disputado a 11 de Novembro de 1975, o jovem atleta continuaria a merecer a confiança dos diferentes técnicos a trabalhar sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse sentido, o jogador, com o emblema de Portugal, ainda teria a oportunidade de passar por outros patamares competitivos e conseguiria, numa soma que iria levá-lo até aos “Esperanças”, um total de 23 desafios feitos com as cores lusas.
No que respeita ao percurso clubístico, tal como desvendado no parágrafo anterior, Francisco Silva estrear-se-ia nos seniores com o listado verde e branco dos “Sadinos”. Nessa temporada de 1977/78, apesar de ter sido lançado por Fernando Vaz, seria já com Carlos Cardoso como treinador que o defesa acabaria por ser utilizado com maior regularidade. Nas épocas seguintes, as suas entradas em campo aumentariam de número progressivamente. Com o patente crescimento, o jogador passaria a ser aferido como um dos esteios do sector mais recuado da colectividade setubalense e conseguiria somar ao currículo muitas jornadas cumpridas na 1ª divisão. Porém, apesar de promissores os anos iniciais, a verdade é que o atleta, a partir de certa altura, começaria a ter menos preponderância no seio do plantel e decidiria, talvez à procura do fulgor perdido, mudar de rumo.
Na Académica a partir da campanha de 1984/85, Francisco Silva, muito para além de recuperar a titularidade, manter-se-ia como um atleta a disputar aquele que é o mais importante escalão do futebol português. Os dois primeiros anos na cidade de Coimbra serviriam, um pouco mais, para sublinhá-lo como um atleta de indubitável natureza primodivisionária. Porém, esse período pródigo em termos individuais seria interrompido por uma insistente lesão. Afectado por uma grave pubalgia e com o departamento médico da “Briosa” a ser incapaz de debelar a maleita, o defesa passaria a totalidade da época de 1986/87 sem somar qualquer minuto em campo e, finda a referida temporada, o atleta deixaria os “Estudantes”.
A restante carreira de Francisco Silva, por certo afectada pela lesão sofrida, deixaria de ter o brilho anteriormente apresentado. Mesmo assim, muito para além do percurso que viria a percorrer, o jogador ainda conseguiria participar em momentos de grande importância para as colectividades que passaria a representar. Um dos bons exemplos vivê-lo-ia com a época cumprida ao serviço da Associação Desportiva de Fafe. Na agremiação minhota, o defesa integraria o plantel de 1987/88 e, nesse sentido, faria parte do grupo de trabalho que, pela primeira vez na história da colectividade, conseguiria a promoção ao Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Infelizmente para o jogador, a subida dos fafenses não significaria o seu regresso ao convívio com os “grandes”. Aliás, com a saída da Académica de Coimbra, Francisco Silva não mais regressaria ao degrau maior do futebol luso. Após o ano passado no Minho, o jogador entraria numa fase diferente da caminhada competitiva, exclusivamente dedicada aos patamares inferiores. Barreirense, Vasco da Gama de Sines, Torres Novas, Mineiro Aljustrelense e, como capítulo final de uma caminhada que, em mais de década e meia, incluiria uma dezena de temporadas na 1ª divisão, o Cova da Piedade transformar-se-ia no último emblema a incluir no currículo do defesa.
Com o fim da carreira de futebolista, Francisco Silva não abandonaria a modalidade. Com um percurso dedicado as funções de treinador, o destaque terá de ir para a sua colaboração com as camadas jovens de um dos mais populares emblemas da cidade de Setúbal, o Comércio e Indústria.

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