1402 - LUÍS PEREIRA

Com a formação dividida entre as “escolas” do Limianos e as do FC Porto, seria no emblema do Douro Litoral que Luís Pereira seria promovido ao escalão sénior. Antes desse importante passo, surgiria ainda a convocatória aos juniores a trabalhar sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Com José Maria Canhoto encarregue do referido escalão, a 29 de Março de 1967, numa partida frente à congénere francesa, o atleta, ao lado de nomes como Raul Águas ou Vítor Batista, enriqueceria o seu currículo com 1 internacionalização. Não muito tempo depois, com a entrada na equipa principal “azul e branca” a acontecer na temporada de 1967/68, José Maria Pedroto transformar-se-ia no treinador a levar o médio-ofensivo à estreia na 1ª divisão. Porém, apesar de ser tido como um praticante de enorme potencial, a verdade é que na aludida campanha, tal como na seguinte, o jovem jogador não conseguiria muitas oportunidades para entrar em campo. Seguir-se-iam o empréstimo ao Famalicão, a chamada ao Serviço Militar Obrigatório, a incorporação no contingente a viajar para Angola e o tempo passado com as cores do Benfica de Luanda.
Fontes há que referem o seu regresso a Portugal novamente pela porta do Famalicão. Sem não ter consigo confirmar tal informação, o que é certo é sua integração no plantel de 1971/72 do Tirsense. No entanto, a nova experiência na 1ª divisão teria, individualmente, o mesmo resultado do período passado nas Antas, ou seja, o centrocampista acabaria por ser pouco utilizado. Já a grande mudança na sua caminhada profissional surgiria com mais uma transferência. No Riopele a partir da campanha 1973/74, Luís Pereira, dentro de campo, assumir-se-ia como o verdadeiro cérebro de uma caminhada que teria o seu ápice numa inédita presença na 1ª divisão. Com o conjunto da Pousada de Saramagos a atingir o patamar máximo na temporada de 1977/78, o médio-ofensivo tornar-se-ia num dos nomes, ao lado de Vitorino e Teixeira, a disputar todas as 30 jornadas do Campeonato Nacional. Infelizmente, apesar do bom desempenho do jogador, o conjunto minhoto não cumpriria os objectivos colectivos e, um ano volvido sobre a promoção, regressaria ao degrau secundário.
Após mais uma época no Riopele, Luís Pereira prosseguiria a sua carreira no União de Lamas. Já o retorno ao convívio com os “grandes”, aconteceria uns anos mais tarde e numa altura em que representava a colectividade a jogar em casa no Estádio Vidal Pinheiro. Com a entrada no Salgueiros a acontecer em 1981/82, o médio voltaria a contribuir para nova subida. No escalão máximo, mesmo num troço do seu trajecto profissional já sublinhado pela veterania, o atleta, na edição de 1982/83 do Campeonato Nacional, conseguiria assumir-se como um dos pilares da equipa portuense. Em Paranhos, tendo perdido alguma preponderância no delinear do esquema táctico, ainda cumpriria outro ano. De seguida, como os capítulos finais de uma caminhada competitiva, emergiriam ainda o São Pedro da Cova, o Gondomar e o “pendurar das chuteiras” com o termo da temporada de 1986/87.

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