1513 - JOÃO CARLOS PEREIRA

Extremo, João Carlos Pereira formar-se-ia no Marinhense. Após ser promovido a sénior no decorrer da campanha de 1983/84, as indicações deixadas seriam de tal forma positivas que, mesmo tendo apenas disputado os escalões secundários, o avançado começaria a gerar cobiça entre emblemas de maior monta. Atentos ao seu crescimento, seriam os responsáveis pela Académica de Coimbra a apostar na sua contratação. Com a chegada à “Cidade dos Estudantes” a acontecer na temporada de 1985/86, o jovem jogador passaria a trabalhar sob a alçada de Vítor Manuel. No entanto, a entrada no patamar primodivisionário faria com que o atleta não conseguisse as oportunidades necessárias para demonstrar o potencial exibido anteriormente e ao jogar pouco nas duas épocas a exibir-se pela “Briosa”, a mudança de rumo acabaria por emergir como a melhor solução para a sua, ainda curta, carreira.
O ingresso no plantel de 1987/88 do Moreirense, onde permaneceria durante um par de campanhas, significaria para o avançado, não só o regresso à 2ª divisão, mas a despedida, enquanto praticante, do patamar máximo do futebol português. Antes de voltar a representar o Marinhense, o jogador, numa caminhada a tornar-se um pouco errante, vestiria ainda, na temporada de 1989/90, a camisola do Trofense. Depois, como já destapado, surgiria o emblema da “Cidade dos Vidreiros” a preceder mais uma passagem pela agremiação sediada em Moreira de Cónegos. Daí em diante, João Carlos Pereira instalar-se-ia em definitivo na Beira Litoral e os anos seguintes cumpri-los-ia entre Mirense, Leiria e Marrazes e a terceira e ultima experiência a envergar a insígnia do Atlético Clube Marinhense.
Ao “pendurar as chuteiras” numa idade relativamente nova para um jogador profissional de futebol, os 32 anos de idade exibidos no termo da época de 1996/97, ainda deixariam imenso espaço para que o antigo extremo continuasse a alimentar a paixão pela modalidade. Nesse sentido, não demoraria muito tempo para que assumisse outras funções e já como treinador começaria, quase de forma inevitável, pelo Marinhense. Alguns anos após o referido arranque e numa altura que também já tinha passado pelo comando do Sporting de Pombal, surgiria a oportunidade que viria a lançá-lo para a berlinda. De regresso à Académica de Coimbra em 2003/04, primeiro como adjunto de Vítor Oliveira para, com a saída deste, assumir as rédeas da equipa principal, João Carlos Pereira teria nos anos seguintes as temporadas mais proveitosas como técnico. Para além da experiência à frente da “Briosa”, ainda em contexto primodivisionário, passaria também pelo Nacional da Madeira de 2004/05 e, com um interregno competitivo no mais alto escalão luso a levá-lo ao Moreirense, aos kuwaitianos do Al-Tadhamon e ao Estoril Praia, pelo plantel de 2009/10 do Belenenses.
Daí em diante a carreira de João Carlos Pereira far-se-ia mormente por emblemas estrangeiros. Os suíços do Servette e do Grasshoppers, intercalados pela longa experiência como Coordenador-Geral vivida no Aspire Qatar, ainda dariam espaço para dois regressos à Académica de Coimbra. Já em Maio de 2024, mais uma vez, decidir-se-ia a mudar de rumo e após vencer as eleições no Marinhense, assumir-se-ia como Presidente da colectividade onde, há mais de 4 décadas e meia, tinha despontado para o futebol.

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