1541 - TARIK SEKTIOUI

Formado no Maghreb Fès, seria já no decorrer da primeira época como sénior, feita no referido emblema marroquino, que Tarik Sektioui viveria um dos grandes momentos da sua carreira desportiva. Muito para além da presença na selecção de Marrocos que, no final da campanha de 1996/97, disputaria e atingiria os oitavos-de-final do Campeonato do Mundo sub-20, o extremo, uns meses antes, seria igualmente chamado às pelejas do African U21 Championship de 1997. No certame organizado no seu país natal, o jovem atleta seria eleito o Melhor Jogador da competição e ajudaria, como a figura maior da sua equipa, à vitória no importante torneio.
O destaque merecido na última competição aludida faria com que emblemas de outra monta aferissem o jovem praticante como um intérprete de enorme potencial. Tal cobiça levaria o atacante a viajar até à Europa, onde rubricaria um contrato com os gauleses do Auxerre. Porém, a época de 1997/98, tal como a primeira metade da temporada seguinte, ficaria bem aquém das expectativas criadas em seu redor. Sem grande espaço no plantel a disputar a Ligue 1, a solução encontrada para a sua falta de utilização passaria pelo empréstimo e o extremo, como resultado de tal decisão, haveria de cumprir a primeira passagem por Portugal.
Após uma experiência discreta no Marítimo de 1998/99, o marroquino ingressaria no Neuchâtel Xamax. Curiosamente, tal como na época anterior, a segunda metade de 1999/00 levaria o avançado a envergar uma nova camisola. Como atleta do Willem II, mormente na temporada subsequente à da sua chegada aos Países Baixos, Tarik Sektioui começaria a patentear índices exibicionais próximos dos que haviam feito de si uma grande promessa. Tais prestações, sempre no escalão maior, transformá-lo-iam numa das boas figuras a actuar na Eredivisie. Já a transferência para o AZ Alkmaar transportá-lo-ia para outro patamar competitivo e logo na campanha de chegada ao novo emblema, onde passaria a ser treinado por Co Adriaanse, o jogador ajudaria o grupo de trabalho a atingir as meias-finais da edição de 2004/05 da Taça UEFA, ronda na qual os neerlandeses seriam eliminados pelo Sporting.
O final da campanha seguinte, passada sob o comando de Louis van Gaal e com Stjin Schaars como parceiro de balneário, traria ao jogador a 2ª posição do AZ Alkmaar no Campeonato de 2005/06 e a oportunidade de vogar na direcção de outro país. Nesse sentido, ao aceitar o desafio lançado pelo FC Porto, Tarik Sektioui, para a temporada de 2006/07, juntar-se-ia ao seu antigo técnico, Co Adriaanse. No entanto, os primeiros meses na “Cidade Invicta”, agravada a situação do marroquino pelo precoce despedimento do treinador, transformariam a transferência do atacante numa enorme decepção. Mais uma vez, a solução passaria por um empréstimo, o qual devolveria o extremo aos Países Baixos. Ainda assim, a opção pelo regresso às competições neerlandesas, nomeadamente com as cores do RKC Waalwijk, revelar-se-ia a mais acertada, pois Jesualdo Ferreira, após ter abdicado do jogador, dar-lhe-ia a oportunidade para acompanhar os “Dragões” na pré-temporada de 2007/08. Ora, contrariamente ao ocorrido anteriormente, o atleta, muito mais do que conquistar um lugar na equipa, conseguiria afirmar-se como um dos nomes com presença habitual no “onze” dos “Azuis e Brancos”. Essa preponderância fá-lo-ia ser uma das figuras das proezas alcançadas nesse novo retorno a Portugal e o avançado, ao juntar os títulos ganhos durante todo o período cumprido como membro da colectividade nortenha, passaria a contar no palmarés com as vitórias em 3 Campeonatos Nacionais e 1 Taça de Portugal.
Para ser rigoroso, há que referir a temporada de 2008/09 como de modesto proveito para Tarik Sektioui. Tais números fariam com que a ligação do extremo ao FC Porto terminasse com o fim da mencionada campanha. No seguimento da partida de Portugal, com o atacante a entrar nas derradeiras etapas da caminhada competitiva, o Ajman dos Emiratos Árabes Unidos e o regresso ao Maghreb Fès, ao serviço do qual venceria a CAF Confederation Cup de 2010/11, marcariam os seus dois últimos anos como futebolista.
Após “pendurar as chuteiras”, Tarik Sektioui manter-se-ia ligado ao futebol. Ao assumir-se como treinador, o antigo atacante demonstraria bons resultados. Principalmente ao serviço de equipas do seu país natal, entre as quais também podemos incluir o WAF, o Athletic Tétouan ou o Union Touarga, os títulos começariam a chegar ao seu currículo. Todavia, muito mais do que as vitórias na Coupe de Trône de 2016 ou na CAF Confederation Cup de 2019/20, troféus tomados respectivamente à frente do Maghreb Fès e do RS Berkane, há que sublinhar o trabalho efectuado com a selecção sub-23 de Marrocos, com a qual conquistaria a Medalha de Bronze nos Jogos Olímpicos de 2024.

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