1630 - GRANCHAROV

Com a primeira aparição sénior a ocorrer na temporada de 1973/74, Nikolay Atanasov Grancharov iniciaria essa fase da carreira na disputa do escalão máximo da Bulgária. Mantendo-se com as cores do Cherno More por um par de campanhas, desde logo o defesa-central começaria a despertar a cobiça de emblemas de maior monta e numa altura em que já tinha envergado, nos escalões de formação, a camisola do seu país, surgiria o interesse do Levski de Sófia.
Com a mudança para a colectividade sediada na capital a ocorrer na época de 1975/76, Grancharov, após o encetar da nova ligação clubística pela mão do treinador Ivan Vutsov, não demoraria muito tempo para que assumisse um papel de relevância no seio do plantel. Tal importância ficaria bem vincada na temporada a seguir à sua entrada nos “Sinite”, com a convocatória à principal selecção búlgara. Com as cores do seu país, chamado a jogo pela dupla Hristo Mladenov/Yoncho Arsov, o defesa-central estrear-se-ia a 22 de Setembro de 1976. Essa partida frente à congénere da Turquia serviria de arranque a um trajecto que o levaria a totalizar um conjunto de 22 internacionalizações “A” pelas cores da sua bandeira. Ainda assim, mesmo tendo em conta o número de desafios efectuados, ao jogador faltaria a presença num dos grandes certames de futebol e o melhor que conseguiria alcançar seria a presença na Taça dos Balcãs.
Mesmo não tendo atingido um grande feito colectivo com a camisola da selecção, o seu percurso ao serviço do Levski de Sófia dar-lhe-ia o direito a comemorar a conquista de diversos títulos. O primeiro, na época de entrada no clube, seria a edição de 1975/76 da Taça Soviética. Voltando a marcar presença nas derradeiras pelejas da competição, as campanhas de 1976/77 e de 1978/79 também acrescentariam o referido troféu ao seu currículo. Para embelezar ainda mais o caminho do defesa-central, as duas últimas épocas mencionadas, atribuindo-lhe ao palmarés um par de “dobradinhas”, corresponderiam igualmente a duas vitórias no Campeonato Nacional. Para finalizar o campo das glórias, tenho ainda de fazer referência àquela que, por essa altura, era considerada como a segunda taça no calendário futebolístico do país, ou seja, falta-me mencionar o triunfo de Grancharov na Taça da Bulgária de 1981/82.
Com o percurso cheio de momentos altos e com a abertura do antigo Bloco de Leste a possíveis mudanças de atletas para emblemas do Ocidente, o jogador arriscaria fazer o derradeiro trecho do seu percurso competitivo em Portugal. Com a entrada no Farense a apresentá-lo como reforço para a temporada de 1983/84, o defesa-central passaria a trabalhar sob a intendência de um treinador bem conhecido da sua carreira, o antigo seleccionador búlgaro Hristo Mladenov. Integrado num conjunto a contar com grandes nomes, como Meszaros, Carlos Alhinho, José Rafael, Alexandre Alhinho, Mário Wilson ou Jorge Jesus, Grancharov conseguiria conquistar um lugar no centro do sector mais recuado do emblema algarvio. Tendo sido, à custa da titularidade, um dos principais pilares da almejada manutenção, existem fontes a garantirem a sua continuidade nos “Leões de Faro”. A verdade é que não encontrei qualquer registo de jogos cumpridos pelo internacional nas provas agendadas para 1984/85. Por essa razão, é impossível asseverar o prolongamento da sua caminhada desportiva ou, em sentido oposto, o final da mesma.

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