1631 - ARTUR JORGE


Formado pelo Vitória Sport Clube, seria ainda com idade de júnior que Artur Jorge Fernandes Ferreira, pela mão de António Oliveira, conseguiria estrear-se pelos seniores. Ainda nessa época de 1987/88, e nas seguintes, o avançado-centro, muito devido à concorrência de nomes como Kipulu, Décio, N’Kama ou Ebongué, poucas oportunidades conseguiria para aparecer na ficha de jogo. Só voltaria a surgir em campo na temporada 1989/90, chamado pelo brasileiro Paulo Autuori. A falta de utilização levá-lo-ia, ao serviço de outras colectividades, a procurar uma solução para alimentar o seu crescimento e a campanha de 1990/91 encetaria, no trajecto competitivo do atacante, uma boa série de empréstimos.
Depois do Benfica e Castelo Branco, do Varzim e de um regresso a Guimarães na temporada de 1992/93, seriam o Vila Real e o Desportivo das Aves os emblemas a antecederem um novo retorno à “Cidade Berço”. No entanto, tal como anteriormente, a época de 1994/95 acabaria a mutar-se em mais uma cedência. Nesse contexto, ainda que a manter-se nas disputas dos escalões secundários, o Sporting de Espinho, muito mais do que uma agremiação de passagem, transformar-se-ia no grupo de trabalho mais representativo da sua experiência enquanto futebolista. Nesse aspecto, após a entrada no Estádio Comendador Manuel Violas, o avançado-centro rapidamente assumiria um papel de protagonista e logo na época de 1995/96 contribuiria para o 3º posto na tabela classificativa da divisão de Honra e para a consequente subida ao escalão máximo.
Já no convívio com os “grandes”, numa equipa a contar, também para o miolo do sector ofensivo, com Artur Jorge Vicente, a temporada começaria sob a intendência técnica de Zinho. Porém, os “Tigres da Costa Verde” não conseguiriam a estabilidade necessária aos objectivos traçados e numa campanha onde Artur Jorge haveria de assumir o papel de titular, o 16º lugar devolveria o Sporting de Espinho aos escalões inferiores. Apesar da descida, o avançado decidiria manter-se fiel ao clube, prolongando a sua ligação por um total de 6 anos. No que diz respeito ao regresso ao patamar máximo do futebol luso, apesar de ter integrado projectos que viriam a conseguir a tão almejada promoção, casos do Varzim de 2000/01 e do Moreirense de 2001/02, a verdade é que o atacante não mais voltaria a pisar tais palcos.
A aproximar-se do fim da caminhada enquanto desportista, Artur Jorge, num trajecto a tornar-se um pouco mais errante, para além dos dois últimos emblemas referidos no parágrafo anterior, teria ainda a oportunidade de envergar outras camisolas. Esse desígnio levá-lo-ia, então, a representar os planteis do Sporting de Espinho, do Lixa, do Vizela e, numa carreira também ela cheia de regressos, voltaria a Moreira de Cónegos, onde, com o termo das provas agendadas para 2007/08, tomaria a decisão de “pendurar as chuteiras”.

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