1629 - PAIVA

Com a formação terminada nas “escolas” do Marítimo, seria nos “Leões do Almirante Reis” que Marco Paulo Paiva Rocha, no decorrer da campanha de 1990/91 faria a transição para as provas de índole sénior. Chamado ao conjunto principal por Ferreira da Costa, o médio defensivo, após a partida do referido técnico e com a chegada ao comando dos “Insulares” do brasileiro Paulo Autuori, depressa conseguiria consolidar-se como um dos elementos mais importantes dos esquemas tácticos idealizados para as pelejas dos “Verde-rubro”.
Não só como um dos titulares do Marítimo, mas igualmente a sobressair-se como uma das grandes figuras da formação funchalense, Paiva seria chamado aos trabalhos dos grupos sob a alçada da Federação Portuguesa de Futebol. Incluído nos planos dos sub-21, o “trinco”, a 14 de Novembro de 1991, faria a estreia, no mencionado escalão, num desafio de preparação agendado frente a Angola. Depois dessa partida comandada pelo treinador Nelo Vingada, o jogador continuaria a merecer a confiança dos responsáveis técnicos da selecção e viria, por mais algumas vezes, a ser convocado a envergar a “camisola das quinas”. Nessa caminhada, a incluir um somatório de 7 jogos feitos pelos “esperanças” e a abranger também a participação na edição de 1993 do Torneio Internacional de Toulon, o médio-defensivo teria ainda a oportunidade de representar a equipa “A”. Numa altura em que já vestia as cores do Vitória Sport Clube, Humberto Coelho chamá-lo-ia para um “amigável” e frente a Moçambique, a 19 de Agosto de 1998, o atleta adicionaria ao currículo 1 internacionalização pelo principal conjunto de Portugal.
Com as cores do Marítimo, Paiva manter-se-ia, ao longo de 4 temporadas, como um dos principais pilares da equipa. Nesse contexto, seria uma das caras a ajudar o emblema da Madeira a atingir o 5º posto na tabela classificativa do Campeonato Nacional da 1ª divisão de 1992/93. Tal feito, levaria o emblema sediado na cidade do Funchal a conseguir a qualificação para as provas de cariz continental. Já na disputa da Taça UEFA de 1993/94, o jogador, chamado à contenda por Edinho, participaria naquela que viria a tornar-se na ronda de estreia dos “Insulares” em competições além-fronteiras. Tamanha preponderância faria com que emblemas de outra monta começassem a interessar-se pela sua contratação. O Benfica seria a colectividade a convencer o atleta a mudar-se. No entanto, após ter participado, pelas “Águias”, na pré-temporada de 1994/95, o “trinco” seria dispensado por Artur Jorge e, emprestado ao Famalicão, acabaria a disputar a divisão de Honra.
Incluído no negócio da ida de Hassan para a Luz, Paiva, na campanha de 1995/96, daria continuidade à carreira ao serviço do Farense. No Algarve, mais uma vez à custa de uma estreia nas provas continentais, o atleta inscreveria o seu nome na história de outro clube. Comandado pelo catalão Paco Fortes, disputaria a Taça UEFA, numa ronda a contar também com o Olympique de Lyon. Seguir-se-ia mais uma temporada em que, para além de cimentar o estatuto de elemento primodivisionário, ainda conseguiria afirmar-se como um dos praticantes mais apetecíveis a jogar na sua posição. Essa aferição levá-lo-ia a nova transferência e a mudança para o Vitória Sport Clube dar-lhe-ia um novo impulso ao trajecto enquanto desportista.
No Minho a partir de 1997/98, um dos marcos alcançados pelo jogador, como já aludido neste texto, seria a internacionalização “A” por Portugal. Ainda nos anos a representar os “Conquistadores”, o médio-defensivo daria o seu contributo para diferentes momentos na história colectiva do clube, com principal realce para o 3º lugar no Campeonato Nacional, alcançado na temporada da sua chegada à “Cidade Berço”, ou para as qualificações para as provas sob a intendência da UEFA. Nesse contexto, onde poderei afirmar as 4 épocas por si passadas em Guimarães como o período mais consistente da sua carreira, a surpresa da sua partida apanharia desprevenido até o mais atento. De seguida, apresentado no Santa Clara como reforço do plantel de 2000/01, o atleta encetaria em Ponta Delgada o último trecho cumprido entre os “grandes”. Já com a descida da agremiação micaelense, a época de 2003/04 daria azo ao regresso de Paiva aos escalões secundários. Nesse cenário competitivo, naqueles que viriam a tornar-se nos últimos capítulos da sua caminhada como futebolista, o “trinco”, após envergar as camisolas do Maia, do União da Madeira e do Machico, decidir-se-ia pelo fim da senda competitiva, com o termo das provas agendadas para 2009/10.
Logo de seguida assumiria o comando técnico do Machico, numa carreira como técnico que, alguns anos depois, levá-lo-ia também a aceitar um cargo na estrutura de formação do Marítimo.

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